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2025: Transformações, oportunidades e desafios na distribuição de investimentos

2025: Transformações, oportunidades e desafios na distribuição de investimentos

2025: Transformações, oportunidades e desafios na distribuição de investimentos

guilherme-assis 2025: Transformações, oportunidades e desafios na distribuição de investimentos
guilherme-assis 2025: Transformações, oportunidades e desafios na distribuição de investimentos
Apesar de um contexto macroeconômico desafiador, há sinais claros de que veremos uma continuidade na evolução das regulações e tecnologias voltadas à distribuição de investimentos À medida que avançamos para 2025, o cenário de investimentos no Brasil promete ser marcado por evoluções estruturais importantes, tanto do ponto de vista regulatório quanto tecnológico. Apesar de um contexto macroeconômico desafiador — com um novo Banco Central entrando e enfrentando questões fiscais, de crédito e de confiança — há sinais claros de que veremos uma continuidade na evolução das regulações e tecnologias voltadas à distribuição de investimentos. Isso inclui o amadurecimento de normas como a CVM 178/179 (voltada aos assessores e à transparência), a CVM 175 (fundos), a CVM 209/210 (portabilidade de investimentos), além do avanço do Open Finance. Tudo isso aponta para um ano de intenso dinamismo e impacto direto na experiência do cliente/investidor.
Continuidade da inovação regulatória e do Open Finance
Nos últimos anos, foram criadas bases sólidas para uma maior integração entre agentes do mercado, plataformas e investidores finais. Em 2025, veremos a consolidação dessas bases com foco cada vez maior em eficiência, transparência e educação do investidor. As regulações já citadas — que incluem a possibilidade de portabilidade de investimentos e maior clareza no papel do assessor — reforçam um movimento de maior autonomia do cliente, que poderá escolher em quais instituições e produtos alocar seus recursos de forma mais fluida e transparente.
O Open Finance também segue em evolução, promovendo a abertura e integração de dados entre instituições financeiras. Hoje, ele já proporciona mais facilidade de acesso às informações, o que deve se intensificar com seu amadurecimento. É bem provável que, em 2025, tenhamos iniciativas mais concretas relacionadas à consolidação de portfólios em múltiplas instituições, impulsionando um mercado de “investimentos automáticos” no médio prazo, possivelmente a partir de 2027.

Fee-Based: uma nova fronteira competitiva
Outra tendência já visível é o crescimento dos modelos fee-based — cobrança direta de uma taxa de consultoria ou assessoria, em vez de depender exclusivamente de comissões sobre produtos. Esse modelo vem ganhando tração e, pela primeira vez, parece atrair capital relevante de diferentes players interessados em investir em estruturas focadas em consultoria independente.
À medida que o modelo fee-based amadurece, instituições financeiras e escritórios de assessoria terão de se adaptar, incorporando tecnologias e processos que suportem essa transição. Vemos crescer e nascer, por exemplo, áreas voltadas a Wealth Services, reforçando a ideia de atendimento customizado, combinado a ferramentas que melhorem a experiência e a escalabilidade do serviço de investimento. Para os profissionais de investimentos (advisors), essa é uma oportunidade única para crescimento.
IA e a escalabilidade do profissional de investimentos
O uso de Inteligência Artificial (IA) também desponta como um fator-chave para 2025. Ferramentas de análise preditiva, recomendação de portfólio e até mesmo atendimento customizado deverão ganhar mais espaço, oferecendo maior escalabilidade para os profissionais de investimentos. Do ponto de vista do investidor, a IA poderá tornar a experiência mais ágil, com sugestões e alertas personalizados sobre oportunidades.
Nesse sentido, a adoção de IA traz duas consequências centrais:
1. Eficiência operacional: redução de custos e melhoria de processos internos, possibilitando que os profissionais de investimento foquem em análises mais complexas e na construção de relacionamento com o cliente.
2. Experiência do cliente: recomendações mais assertivas e maior clareza nas decisões de investimento tendem a fidelizar o investidor e melhorar a alocação de recursos.
O ano de 2025 promete ser marcado pelo amadurecimento de inovações que vêm sendo construídas ao longo dos últimos anos. Regulamentações mais claras, adoção crescente de tecnologias avançadas e a evolução dos modelos de negócios, como o fee-based, apontam para um setor de distribuição de investimentos em franca transformação.
Apesar do cenário macro adverso, essas mudanças estruturais podem favorecer quem estiver disposto a se adaptar rapidamente, oferecendo serviços mais transparentes, eficientes e centrados no cliente. Para instituições financeiras e profissionais de investimento, há espaço para aprofundar o relacionamento, ampliar a escala e explorar novas oportunidades de negócio — sobretudo na confluência entre tecnologia, educação financeira e melhoria contínua da experiência do investidor.
Guilherme Assis é cofundador e CEO do Gorila.
Guilherme Assis
Divulgação

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