O melhor investimento do Brasil, e talvez do planeta
Enquanto o noticiário financeiro se contorce em torno do câmbio, da Selic, dos juros americanos e da crise fiscal, uma janela histórica de oportunidade segue oportunidade — e ignorada por muitos. Trata-se do Tesouro IPCA+, que hoje oferece uma taxa real superior a 7% ao ano. Sim, você leu visível: 7% ao ano supra da inflação. Poucos ativos no mundo – arrisco expressar nenhum – oferecem essa combinação de previsibilidade, proteção e retorno real.
Essa é, sem excesso, uma das assimetrias mais gritantes do mercado brasílico nos últimos anos. E quem entende o funcionamento dessa engrenagem percebe: não é só uma boa oportunidade, é uma construção sólida de patrimônio com risco mínimo dentro da moeda.
A força dos juros reais compostos
Vamos ao substancial, com números. Se você investir R$ 100 milénio hoje em um Tesouro IPCA+ pagando 7% reais ao ano, e carregar esse título por 20 anos, seu patrimônio final — já descontada a inflação — será de aproximadamente R$ 386 milénio. Isso significa multiplicar seu poder de compra por quase quatro vezes. Simplesmente impressionante!
Essa taxa, repito, é real. Ou seja, o valor final preserva todo seu poder aquisitivo frente à inflação do período. Voce consegue comprar quatro vezes mais do que comprava na estação do investimento! É dissemelhante de utilizar em alguma coisa que rende 14% ao ano nominal — o que parece supimpa, mas se a inflação for de 10%, o lucro real é somente 3,6%.
É cá que muita gente se perde: o que importa é o lucro real, não o nominal. Apesar de muitos brasileiros terem essa noção na cabeça me parece que poucos têm aproveitado essa janela atual.
O menor risco é o da moeda em que você vive
Um ponto pouco discutido no Brasil é que, para quem investe em reais e vive com despesas em reais, o título de menor risco é o emitido pelo próprio Tesouro Vernáculo. Ele, em conjunto com o Banco Meão, define a moeda, controla a taxa de juros e garante o pagamento. Qualquer outro emissor, seja banco ou empresa, carrega mais risco do que o governo na sua própria moeda, é cá onde vejo pouco incentivo para transmigrar para outro investimento. IPCA+7% já é muito juros e com um risco de crédito muito grave!
Evidente, o risco-país existe. Mas ele está encastoado nos prêmios pagos por esses títulos. E é exatamente por isso que hoje conseguimos travar IPCA+ 7%: o mercado embute nos preços dos ativos instabilidade fiscal, soído político e incerteza de médio prazo. Para o investidor de longo prazo, essa é a simetria perfeita: riscos que parecem grandes no limitado prazo, mas que se diluem ao longo de décadas.
Mas… o IPCA realmente reflete a inflação do meu dia a dia?
Essa é uma sátira válida, que ouço bastante e que precisa ser endereçada. O IPCA — Índice de Preços ao Consumidor Espaçoso — é a principal métrica solene de inflação no Brasil. Mas uma vez que todo índice, ele tem limitações. A cesta do IPCA reflete o consumo médio de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Se você tem renda superior a essa filete, consome mais serviços do que produtos, ou vive em uma cidade onde o dispêndio de vida cresceu mais rápido do que a média, é verosímil que sua inflação pessoal seja maior do que a medida solene.
No entanto, o IPCA ainda é o melhor termômetro de longo prazo para proteger patrimônio. Ele é amplamente aceito, auditado, transparente e, o mais importante, serve uma vez que base para a política monetária. Ou seja, quando o IPCA sobe, o Banco Meão reage — e o seu Tesouro IPCA+ também corrige o valor investido. É uma proteção imperfeita, mas extremamente eficiente.
Ou por outra, o IPCA não sofre intervenções políticas diretas, ao contrário de moedas que podem ser desvalorizadas por decreto. Ele pode ser respondido tecnicamente, mas não manipulado à vontade.
Inflação: risco ou oportunidade?
Sendo o Brasil um país com histórico de inflação elevada e instabilidade fiscal, o pior erro que você pode cometer é ignorar a inflação nos seus investimentos. E o melhor movimento que você pode fazer é investir a uma taxa real elevada enquanto ela está disponível.
É cá que entra a grande sacada do Tesouro IPCA+: ele transforma a inflação, de inimiga, em aliada. Cada ponto percentual de IPCA que você lê no jornal se transforma em mais rendimento no seu título.
Difícil saber. Estamos claramente em um mundo com maior instabilidade econômica e política, haja visto a quantidade de guerras comerciais e militares que estamos presenciando. Mas minha aposta cá é que esse prêmio de IPCA+ 7% ao ano é tambem um revérbero de um cenário brasílico específico: risco fiscal proeminente, suspeição no busto, soído político e falta de âncoras confiáveis. Se houver qualquer sinal concreto de ajuste — mesmo tímido — esse prêmio começa a desabar.
E cá entra a lógica que todo investidor deve ter em mente: é exatamente quando o soído está cimalha que se fazem os melhores negócios. Esperar “o momento visível” geralmente significa perder o bonde.
Desfecho: o melhor investimento não é o mais sofisticado e sim o mais sólido.
O Tesouro IPCA+ é, hoje, a melhor construção de longo prazo disponível ao investidor brasílico. Rende supra da inflação, tem liquidez, previsibilidade e grave risco. É o tipo de investimento que permite olhar para o porvir com tranquilidade, sem depender de apostas especulativas ou promessas de rentabilidade milagrosa.
Costumo redigir com frequência sobre tecnologia, blockchain, stablecoins e a reconfiguração estrutural do sistema financeiro global. E continuo firme na crença de que manter uma pequena parcela da carteira exposta a criptoativos é, hoje, uma decisão estratégica — não por tendência, mas por diversificação inteligente. No entanto, quando falamos da maior segmento do capital investido, às vezes a melhor escolha está justamente no caminho mais simples — e atingível a todos. E esse é exatamente o caso do Tesouro IPCA+.
Dito isso, vale um adendo importante: para quem tem uma cesta de consumo mais concentrada em serviços — uma vez que saúde, ensino ou viagens internacionais — manter uma parcela da carteira dolarizada pode fazer bastante sentido. E cá, por que não considerar stablecoins uma vez que opção prática e atingível? Variar não é somente uma estratégia de proteção, é uma resposta racional à dificuldade do mundo em que vivemos.
O momento atual oferece uma combinação rara: previsibilidade no caos. Aproveitar isso é, supra de tudo, uma questão de visão.
Gustavo Cunha é fundador da Fintrender.com
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