Vale a pena investir a restituição do Imposto de Renda? Veja quanto rende R$ 3 milénio aplicados

Segundo Paula Bazzo, coordenadora da percentagem de informação e marketing da Planejar, investir o valor da restituição pode ser uma estratégia eficiente para ampliar o patrimônio e prometer ganhos financeiros ao longo do tempo, mormente quando há disciplina e planejamento envolvidos.

Para mostrar isso na prática, a profissional elaborou simulações para diferentes cenários, que demonstram o efeito dos juros compostos e a prestígio da persistência nos aportes para o sucesso financeiro. A simulação utilizou um cenário de emprego conservadora, que rende 100% do CDI, com taxa média histórica de 10,75% ao ano.

Segundo a simulação, com um investimento único de R$ 3 milénio, em 20 anos o tributário teria R$23.120,43, valores brutos antes do desconto do Imposto de Renda.

Quando o tributário realiza aportes anuais recorrentes de mesmo valor, os números mais do que dobram na metade do tempo: R$ 54.894,32 em 10 anos e R$ 207.287,25 em 20 anos, considerando o valor amontoado dos aportes. “Esse desenvolvimento destaca o poder da disciplina e da regularidade no investimento, que transformam pequenos valores em um patrimônio considerável”, diz Bazzo.

Em um cenário mais robusto, com aportes anuais de R$ 13 milénio (sendo R$ 3 milénio da restituição e R$ 10 milénio aportes mensais extras), o patrimônio pode chegar a R$ 237.875,41 em 10 anos e a R$ 898.244,73 em 20 anos.

“Mais do que infligir o valor da restituição pontualmente, é fundamental pensar em uma estratégia de investimento de longo prazo, que conecte esses recursos a aportes regulares, disciplina financeira e objetivos claros”, destaca a profissional. Assim, o valor que poderia ser usado somente para um consolação momentâneo torna-se um catalisador para a construção de patrimônio, comenta ela.

A planejadora também ressalta que investir a restituição em ativos financeiros adequados, uma vez que planos de previdência privada, pode trazer vantagens tributárias e evitar o efeito do come-cotas, presente em alguns fundos de investimento. “Optar por uma estratégia que aproveite benefícios fiscais, mormente em aplicações mantidas por mais de dez anos, potencializa ainda mais o resultado final e ajuda na formação de uma suplente financeira consistente”, comenta.