MRV (MRVE3) sobe na bolsa depois anunciar novidade período para subsidiária Resia
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A MRV&Co (MRVE3) anunciou nesta sexta-feira (11) uma previsão de baixa ao valor recuperável (“impairment”) de US$ 144 milhões nos ativos da Resia, sua subsidiária americana. Na sessão desta sexta-feira (11), os papéis avançaram 3,05%, a R$ 6,09.
A Resia tem sido a maior responsável pela queima de caixa que a MRV&Co tem apresentado nos últimos trimestres, com resultados considerados inferior do esperado, enquanto a companhia vive um bom momento nas suas operações brasileiras, impulsionadas por melhoras no programa Minha Mansão, Minha Vida (MCMV). No entanto, segundo a gestão da MRV, o novo posicionamento da Resia será gerador de valor para a MRV&Co.
A companhia vinha falando, há meses, sobre a possibilidade de trazer um investidor para a Resia ou de realizar uma cisão da companhia. Por enquanto, porém, a empresa afirma que não haverá mudança na estrutura acionária do negócio. Isso poderá mudar quando a Resia estiver mais poderoso no seu novo ciclo de projetos, a partir de 2027.
A incorporadora havia anunciado, em dezembro, um projecto de desinvestimento e desalavancagem da Resia, que irá insistir até 2026. As perdas fazem segmento do processo de venda “diligente” de terrenos e prédios, segundo Rafael Menin, coexecutivo-chefe da holding. Ele participou de teleconferência com investidores nesta manhã.
Diferentemente do protótipo principal de atuação da MRV&Co no Brasil, a Resia não vende seus apartamentos. Ela constrói os prédios, coloca as unidades para locação e, depois que o projeto atingiu o patamar de segurança, vende o prédio inteiro para investidores — é o protótipo sabido uma vez que “multifamily”, generalidade nos Estados Unidos.
Segundo Menin, a Resia enfrentou dificuldades nos últimos anos com a pandemia, o aumento da inflação nos Estados Unidos e com uma expansão da sua produção geográfica, antes localizada no sul da Flórida. A Resia fez o movimento de atuar também em Atlanta, Dallas e Houston, e encontrou um mercado difícil principalmente no Texas.
“Mesmo com demanda poderoso, a oferta cresceu em velocidade mais subida, principalmente no Texas, e os aluguéis ficaram muito pressionados”, afirma, o que também atrapalha a atratividade dos projetos para investidores.
A empresa informou que vendeu dois empreendimentos desde o termo de 2024, tem outro já estabilizado e mais três em estabilização. “Temos segurança que os projetos serão locados até o termo do ano, mas não significa que serão vendidos levante ano ainda até o termo do ano”, afirma Menin. As vendas devem ocorrer até 2026. Ainda de concordância com o executivo, os terrenos da Resia também já estão em negociação.
A companhia está construindo um outro projeto, mas sob um protótipo “novo” de gestão, uma vez que explicou Menin e Ricardo Paixão, diretor-financeiro da holding. Nessa “novidade período”, a Resia passa a colocar menos capital nos projetos, conta com maior participação de investidores e também de financiamento à construção.
O prédio em obras tem 5% de capital da Resia, 44% de investidores e 51% de financiamento. Os executivos detalharam que esse financiamento não será consolidado no balanço da Resia, ou seja, não vai influenciar na alavancagem do negócio.
A empresa pretende iniciar um segundo projeto no terceiro ou quarto trimestre, se conseguir obter a estrutura de capital adequada ao novo protótipo da Resia.
Com as vendas, e descontando o “impairment”, é esperado que a dívida líquida do negócio americano recue de US$ 459 milhões para US$ 94 milhões. Isso deve trazer a relação de dívida líquida sobre patrimônio líquido da empresa para 53,7%, patamar que Menin afirma ser “ordinário” para o padrão nos EUA.
Teor publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.
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