Se inflação não voltar ao pausa da meta, BC vai publicar novidade epístola com justificativas
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O Banco Meão (BC) informou que, caso a inflação não retorne ao pausa de tolerância da meta a partir do final do primeiro trimestre de 2026, será necessário publicar uma novidade epístola explicando as razões de novo descumprimento da meta de 3%. O pausa de tolerância é de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para ordinário.
O BC divulgou ontem a epístola explicando o descumprimento da meta nos primeiros seis meses deste ano. A metodologia da meta contínua, que passou a vigorar neste ano, estabelece que a meta será considerada descumprida caso a inflação acumulada em 12 meses fique fora do pausa de tolerância por seis meses consecutivos. Esse cenário ocorreu de janeiro a junho deste ano.
O decreto da meta contínua ainda prevê que o BC deverá redigir uma novidade epístola caso a inflação não retorne para o pausa no prazo estipulado na epístola. No documento publicado ontem, o BC indicou que o retorno deve ocorrer no término do primeiro trimestre de 2026. Mas ainda restavam dúvidas se esse era o prazo para que, caso a meta fosse descumprida, uma novidade epístola tivesse que ser escrita.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, o BC esclareceu que “será necessário publicar novidade nota e epístola, caso esse retorno [à meta] não se concretize nesse horizonte”. Uma novidade epístola pode ser escrita também se o BC considerar necessário atualizar as medidas que serão tomadas para levar a inflação para a meta ou modificar o prazo. Essa possibilidade também consta no decreto da meta contínua.
A previsão da inflação dentro do pausa no término do primeiro trimestre de 2026 está em risca com as projeções do cenário de referência do Comitê de Política Monetária (Copom) publicadas no Relatório de Política Monetária no término de junho.
Nessas projeções, a inflação ficaria em 4,2% no final do primeiro trimestre de 2026 e se manteria dentro do pausa a partir desse período. As projeções do cenário de referência do BC utilizam a Selic do Boletim Focus e a taxa de câmbio segundo a Paridade do Poder de Compra (PPC).
Na nota divulgada nesta sexta, o BC ainda destacou trecho da epístola de ontem em que o Copom informou que as decisões são pautadas para que a convergência da inflação para a meta de 3% aconteça no quarto trimestre de 2026. No cenário de referência, a projeção era que a inflação ficasse em 3,6% nesse período. “O Copom avaliou que a transporte da política monetária está adequada e patível com a estratégia de convergência da inflação nesse horizonte”, disse a epístola de ontem.
Na epístola, o BC ainda destacou que o Copom avalia diversos cenários prospectivos para a inflação que consideram trajetórias diferentes da taxa Selic e de juros de mercado. Essa visão foi reforçada na nota desta sexta-feira.
“O BC mantém postura monetária que coloque a inflação na meta no horizonte relevante: as trajetórias de juros utilizadas internamente pelo Copom nas decisões de política monetária (que visam prometer a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante) não coincidem, necessariamente, com a trajetória da Selic do cenário de referência, que é extraída da pesquisa Focus”, explicou o BC na nota desta sexta.
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