Com queda, Banco do Brasil (BBAS3) lidera negociações no Ibovespa; Safra prevê resultado 'fraco'

Analistas do Banco Safra preveem mais um balanço mais fraco vindo do banco estatal, marcado, desta vez, por deterioração na carteira de crédito voltada para pequenos e médios negócios.

O Safra não espera uma melhora do crédito para o segmento agrícola, que foi a pedra no sapato do BB no primeiro trimestre, enquanto o valor da provisão para perdas deve aumentar de R$ 10,2 bilhões para R$ 14 bi.

Ao prever os resultados dos bancos, o Safra antecipa que as provisões de BB, Bradesco, Itaú e Santander contra riscos de inadimplência deve subir. Mas, no caso dos bancos privados, ela não deve chegar ao nível alarmante. A exceção, diz o Safra, é o Banco do Brasil.

“Acreditamos que o BB deve reportar resultado aquém das expectativas, oriundo de perdas na carteira de crédito para pequenos e médios empreendedores”, diz a equipe de analistas liderada por Daniel Vaz.

E o que esperar do lucro líquido do BB na temporada? O Safra aponta para uma risca final de R$ 4,6 bilhões, queda de 37% em relação ao resultado do primeiro trimestre.

Safra prefere Bradesco (BBDC4) para o segundo trimestre

Por outro lado, o time de estudo está mais otimista com o Bradesco para o segundo trimestre. O Safra vê com otimismo os números do banco, com incremento de lucro na base trimestral e melhor da receita do Bradesco com investimentos.

Mais uma vez, a separação de seguros do Bradesco deve sustentar os bons números. “A reorganização de carteira do banco, com subtracção de linhas de empréstimos mais datadas, além de melhora na margem de depósitos, devem aumentar o lucro líquido com investimentos em 3% em relação ao primeiro trimestre”, dizem os analistas do Safra em relatório.

O Safra tem recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e de compra para o papel preferencial do Bradesco (BBDC4).