FIPs serão abertos aos investidores pequenos, mas não são recomendados a qualquer um
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A Percentagem de Valores Mobiliários (CVM) deve penetrar neste ano os Fundos de Investimento em Participações (FIPs), que investem em participações societárias em empresas sem ações na bolsa, para os pequenos investidores. Os gestores apoiam, mas alertam que esses fundos são para poucos, porque os investidores não conseguem acessar o quantia de volta a qualquer hora e, assim porquê os ganhos, os prejuízos podem ser altos. Eles estão preocupados que a venda desses produtos seja feita para os investidores com objetivos e perfil adequados e não para qualquer um.
Até agora, os FIPs eram restritos aos investidores profissionais e qualificados, que têm no mínimo R$ 1 milhão em investimentos. Esses fundos, na prática mais conhecidos porquê fundos de “private equity” e “venture capital” ou “investimentos alternativos”, compram participações societárias em companhias em desenvolvimento, que têm potencial de prolongamento cima. O objetivo é vender essas participações com lucro no porvir. No caso dos fundos de “venture capital”, as empresas geralmente são startups.
O valor mínimo de investimento nos FIPs é cima: começa em R$ 10 milénio às vezes, mas pode chegar à mansão dos milhões. A vantagem de investir é o bom potencial de retorno. Esses fundos podem realizar todo o processo de sazão das companhias, a ponto de levar algumas para a bolsa. Porém, eles se expõem a mais riscos e os prejuízos, assim porquê os ganhos, podem ser altos. E o mais importante: são ilíquidos, ou seja, não dá para racontar com o quantia de volta a qualquer hora.
A indústria de FIPs no Brasil cresceu muito nos últimos anos. O patrimônio líquido dobrou de 2021 a 2024 e alcançou R$ 1,1 trilhão, enquanto o número de fundos aumentou 44% e atingiu 1.875 FIPs, mostram os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a entidade que representa as gestoras de fundos.
A CVM encerrou em março uma consulta para debater com o mercado sobre uma novidade regra para modernizar os FIPs e deve abri-los para os pequenos investidores nos próximos meses. A teoria é dar a eles a possibilidade de assumir mais risco, desde que com algumas proteções.
O regulador propôs que os FIPs abertos aos pequenos investidores sejam obrigados a ser listados em bolsa e a contratar um professor de mercado, uma instituição cadastrada na B3 que se comprometa a manter ofertas de compra e venda de forma regular e contínua durante o pregão. Ou por outra, propôs que sejam proibidas as chamadas de capital, quando o gestor pede mais quantia aos cotistas para tapar uma despesa, possíveis perdas ou até para fazer um investimento novo.
A CVM propôs também que esses fundos devem adotar um regime de responsabilidade limitada. Isto é, caso o fundo registre perdas maiores que o seu patrimônio, a responsabilidade dos cotistas será limitada ao valor da sua participação.
A Anbima apoia a iniciativa de permitir o aproximação dos pequenos investidores a esses produtos, mas se preocupa com a venda, que precisa ser feita para os investidores certos, com o alerta que esses investimentos são para o longo prazo.
Os FIPs são um investimento de renda variável muito dissemelhante das ações em bolsa ou dos demais fundos de investimentos. Os fundos são fechados e, assim, os cotistas investem quando as ofertas abrem, mas resgatam o quantia somente quando acaba a sua duração ou quando o gestor vende a sua participação nos negócios e a liquidação do fundo é definida em plenário. Isso pode demorar anos ou até uma dez.
Uma vez que os FIPs são de longo prazo e a sustentação financeira das companhias investidas e dos seus projetos pode demorar para ser implementada, há uma baixíssima liquidez nesses produtos. Na prática, significa que o investidor não entra quando deseja, assim porquê não sai quando quer. Caso o investidor precisa vender as suas cotas antes do prazo de vencimento, é provável que não haja compradores e que seja impossível transformar o investimento em quantia na hora que o investidor deseja.
“Apoiamos a CVM nessa iniciativa. O mercado vive um momento de maturidade, em que não faz mais sentido restringir que os pequenos investidores acessem determinados produtos. Mas é evidente que a Anbima defende que salvaguardas para esse público sejam estabelecidas”, afirma Julya Wellisch, diretora da Anbima.
“Sugerimos que esses produtos sejam oferecidos somente para aqueles que estão dispostos de indumentária a permanecer por um tempo longo nesse investimento. Quem vende esses produtos precisa deixar muito evidente que os FIPs são ilíquidos”, diz.
Na consulta da CVM, a entidade pediu que não seja obrigatória listagem dos fundos em bolsa, que não garante a negociação e pode gerar no investidor uma sensação de liquidez falsa. Ou por outra, pediu que os FIPs distribuídos aos pequenos investidores possam manter a chamada de capital, mas que o aporte desses investidores seja realizado somente no momento da oferta.
Na estudo de Luiz Eugênio Figueiredo, vice-presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap), a franqueza dos FIPs aos pequenos investidores é interessante, mas ao mesmo tempo arriscada. Ele se preocupa também com a venda desses fundos, que deve ser feita somente para as pessoas com perfil e objetivos alinhados a essa classe de resultado.
“Sabemos que as instituições são agressivas para captar quantia e trazer novos clientes. Precisamos ver se as instituições atuarão de forma que não prejudique a classe de ativos”, afirma.
Figueiredo destaca que a franqueza dos FIPs aos pequenos poupadores está acontecendo em outros países também, mas tem sido feita com parcimônia, porque traz riscos com os quais essas pessoas não estão acostumadas a mourejar.
“A compra de FIPs exige muito planejamento e conhecimento. O investidor precisa entender esses fundos, os seus objetivos e o seu perfil para saber se esses investimentos alternativos cabem na sua carteira”, diz. “A forma de erigir uma carteira de FIPs é totalmente dissemelhante da forma de erigir uma carteira de ações ou de renda fixa. O investidor precisa manter uma disciplina de longo prazo, em vez de buscar o melhor momento para investir”, acrescenta.
Além desses fundos serem ilíquidos, Figueiredo labareda a atenção para o indumentária de que a variação dos retornos nesses produtos é muito grande. Isso quer expor que a diferença entre os fundos muito bons e os fundos muito ruins é maior nos FIPs do que nas demais classes de ativos. Ou seja, assim porquê o investidor pode ter um retorno óptimo, pode se machucar muito mais nesses fundos, em confrontação com outras carteiras.
Por esse motivo, o vice-presidente da Abvcap aconselha que os pequenos investidores acessem essa classe comprando fundos de fundos, produtos que investem em FIPs diferentes e diversificam mais o portfólio, selecionando as gestoras com zelo.
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