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Subida do IOF deve impactar a bolsa. Mas porvir dos ativos ainda não foi traçado

Subida do IOF deve impactar a bolsa. Mas porvir dos ativos ainda não foi traçado

Subida do IOF deve impactar a bolsa. Mas porvir dos ativos ainda não foi traçado

Subida do IOF deve impactar a bolsa. Mas porvir dos ativos ainda não foi traçado

Só se fala nela: a volta da subida do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Única taxa que poderia rivalizar com as ofensivas de Donald Trump contra o Brasil de hoje só poderia mesmo ser tributária.

Finalmente, se tem um pouco que comove mais que ameaças ao bolso do cidadão são as medidas que imediatamente apertam seu bolso.

Mas não necessariamente a ressuscitação do decreto do IOF será um pouco ruim ou seguramente bom para os ativos domésticos. E foi sobre esta tênue risco que caminhou a bolsa nesta quinta-feira (17).

  • O Ibovespa oscilou perto da segurança durante a sessão e fechou o dia em ligeiro subida, de 0,04%, nos 135.565 pontos. Nesta semana, a desvalorização do índice está acumulada em 0,46% e, no mês de julho, em 2,37%. Do primícias do ano até cá, a subida da carteira é de 12,7%.

Se, por um lado, o encarecimento do IOF que incide sobre operações de crédito pode açodar o processo de resfriamento da inflação; por outro, o desgaste entre os poderes Executivo e Legislativo, que agora pode passar a acusar o Judiciário de assumir o lado do Planalto, elevam a sensação de risco no mercado doméstico.

  • A carteira do Ibovespa movimentou R$ 13,3 bilhões hoje, 20% inferior da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,6 bilhões.

O peso negativo da volta do IOF sob decisão do ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes não passou despercebido na bolsa hoje. Tanto minguando o já reduzido gosto de investidores ao risco quanto por impedir que o índice se firmasse em uma direção.

“O Ibovespa reagiu mais ao risco de deterioração nas relações entre os poderes do que impactos reais do aumento do IOF nas companhias, tendo em vista que a maior prenúncio do decreto eram os impactos no crédito referentes ao risco sacado para os bancos e o aumento do dispêndio desse crédito para as empresas”, avalia Matheus Amaral, perito em renda variável do Inter.

Ações de grandes bancos porquê Itaú e BTG ajudaram a segurar as pontas do Ibovespa hoje, mas o efeito não se espalhou pelo setor, com a queda dos papéis de Banco do Brasil e Bradesco (mais expostos ao risco de crédito, na visão do mercado).

  • Das 84 ações que fazem secção do Ibovespa atualmente, 46 desvalorizaram nesta sessão.

Outro ponto negativo na sessão foi a discussão de retroatividade da política de aumento do IOF, uma brecha deixada na decisão de Moraes. A medida, no entanto, geraria instabilidade jurídica e abriria um precedente perigoso para a cobrança desse tipo de tributos.

Qualquer conforto veio já quase no término do pregão, com a nota da Receita Federalista informando a não obrigatoriedade de recolhimento retroativo do IOF por secção de instituições financeiras e demais agentes dessa masmorra. A situação dos contribuintes, no entanto, ainda segue sob avaliação da autonomia.

O soído é lugar e contido, mas tem capacidade de manchar a imagem do país diante de investidores estrangeiros. Principalmente enquanto esses agentes começam a limpar das teses de investimentos locais o impacto causado pelo tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

O fundo de índice (ETF) EWZ, que acompanha o MSCI Brazil (a cesta de referência de ativos brasileiros no exterior) avançou 0,44% na bolsa de Novidade York (Nyse), enquanto o ETF que acompanha o índice de ativos dos mercados emergentes (EEM) escalou 0,57%.

  • O dólar mercantil recuou 0,26% contra o real, mas seguiu cotado em R$ 5,55. Na semana, a moeda americana está firme e, no reunido de julho, tem valorização de 2%. Do início do ano até cá, a moeda americana ficou 10,24% mais barata para o brasílio.

Aumento do IOF pode impactar a bolsa

O IOF é um tributo federalista pago por pessoas físicas e jurídicas que incide sobre diversas operações financeiras. Implementá-lo independe de uma tramitação burocrática dentro do governo, por isso, as instituições financeiras o temem.

Finalmente, se o governo federalista decide implementar IOF sobre qualquer resultado de investimento ou operação, basta decretá-lo. Esse movimento eleva a sensação de risco no mercado financeiro.

Mas o decreto não é mais uma novidade nem pegou ninguém de surpresa. Pelo contrário, a decisão de Moraes eliminou do decreto seu ponto mais crítico aos olhos do mercado financeiro: o risco sacado.

Basicamente, o aumento do IOF sobre linhas de crédito encarece o capital e funciona porquê novos parafusos de regulação da liquidez no mercado. Essa queda dos recursos oferecidos no mercado financeiro pressiona o consumo, um importante fator na formação da inflação.

Partindo desta visão, o incremento do IOF funcionaria porquê um sustentáculo da política monetária. Assim, a medida poderia perfurar o espaço para se antecipar o início dos cortes na Selic, atualmente esperados para o primícias de 2026.

Com a queda dos juros, o gosto ao risco seria engatilhado no mercado doméstico, o que atrairia um fluxo relevante de capital estrangeiro e lugar para a renda variável.

  • A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 seguiu em 14,94% ao ano. Prêmios em contratos de limitado prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
  • No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 foram de 13,70% para 13,59%ao ano.
  • Já para janeiro de 2036, a taxa subiu de 13,95% para 13,82% ao ano. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.

Em última instância, o governo estaria controlando o ritmo de prolongamento da sua dívida mais adiante. Mas aí as previsões já beiram o futurismo – e são papo mais para frente.

Comportamento das ações do Ibovespa em 17/7/2025

Código Nome Orifício Mínima Média Máxima Fechamento Var. %
PCAR3 P.ACUCAR – CBD ON 3,55 3,49 3,72 3,88 3,76 6,52
WEGE3 WEG ON 41,40 41,38 42,02 42,51 42,09 2,36
PRIO3 PETRORIO ON 43,24 42,58 43,26 43,89 43,30 2,15
BEEF3 MINERVA ON 5,31 5,30 5,39 5,49 5,40 1,89
SANB11 SANTANDER BR UNIT 27,80 27,63 27,98 28,20 28,20 1,81
DIRR3 DIRECIONAL ON 40,76 40,48 41,16 41,43 41,43 1,64
ITSA4 ITAUSA PN 10,49 10,46 10,63 10,73 10,66 1,62
BPAC11 BTGP BANCO UNT 40,70 40,39 41,31 41,92 41,71 1,61
RADL3 RAIA DROGASIL ON 13,80 13,58 13,96 14,11 14,01 1,52
ITUB4 ITAU UNIBANCO PN 35,21 35,19 35,60 35,84 35,72 1,51
MRVE3 MRV ON 5,94 5,89 5,98 6,02 6,02 1,35
PETZ3 PETZ ON 3,95 3,90 4,00 4,07 4,02 1,26
BRAV3 BRAVA ON 18,51 18,35 18,65 19,01 18,72 1,13
MGLU3 MAGAZINE LUIZA ON 8,14 8,02 8,16 8,23 8,20 1,11
RENT3 LOCALIZA ON 37,09 36,83 37,23 37,56 37,36 0,97
PSSA3 PORTO SEGURO ON 51,20 50,86 51,58 52,11 52,00 0,93
ALOS3 ALLOS ON 22,19 21,92 22,15 22,29 22,22 0,86
LREN3 LOJAS RENNER ON 18,58 18,31 18,55 18,72 18,72 0,86
CYRE3 CYRELA REALT ON 26,50 26,36 26,79 26,97 26,86 0,83
COGN3 COGNA ON 2,71 2,68 2,72 2,75 2,73 0,74
YDUQ3 YDUQS PART ON 14,21 13,98 14,23 14,38 14,37 0,70
RAIZ4 RAIZEN PN 1,52 1,50 1,51 1,53 1,52 0,66
HAPV3 HAPVIDA ON 33,26 32,87 33,40 33,67 33,67 0,51
AZZA3 AZZAS 2154 ON 36,15 35,90 36,31 36,57 36,39 0,50
MULT3 MULTIPLAN ON 25,86 25,69 26,00 26,14 26,07 0,50
USIM5 USIMINAS PNA 4,01 4,00 4,06 4,11 4,03 0,50
EQTL3 EQUATORIAL ON 34,41 33,98 34,40 34,63 34,53 0,49
B3SA3 B3 ON 13,68 13,54 13,67 13,75 13,74 0,44
CVCB3 CVC BRASIL ON 2,53 2,45 2,48 2,53 2,50 0,40
IRBR3 IRBBRASIL RE ON 44,70 44,13 44,66 45,04 45,04 0,40
MRFG3 MARFRIG ON 23,19 22,81 23,09 23,50 23,26 0,26
ELET6 ELETROBRAS PNB 42,71 42,45 42,78 43,03 42,91 0,19
KLBN11 KLABIN S/A UNT 19,04 18,89 19,12 19,26 19,09 0,16
SBSP3 SABESP ON 112,05 111,37 112,09 112,57 112,49 0,10
SMFT3 SMART FIT ON 22,43 22,16 22,52 22,72 22,59 0,04
BBDC3 BRADESCO ON 13,72 13,63 13,72 13,80 13,77 0,00
BRAP4 BRADESPAR PN 16,18 16,10 16,17 16,26 16,13 0,00
CXSE3 CAIXA SEGURI ON 14,13 13,90 14,00 14,15 14,05 0,00
BBSE3 BB SEGURIDADE ON 34,96 34,51 34,68 34,99 34,83 -0,03
SUZB3 SUZANO S.A. ON 50,60 50,14 50,59 50,97 50,50 -0,04
ELET3 ELETROBRAS ON 39,08 38,82 39,10 39,35 39,14 -0,05
STBP3 SANTOS BR PART ON 13,81 13,81 13,82 13,86 13,82 -0,07
RDOR3 REDE D OR ON 33,67 33,25 33,49 33,73 33,58 -0,09
AURE3 AUREN ON 9,01 8,78 8,88 9,04 8,99 -0,11
POMO4 MARCOPOLO PN 8,33 8,21 8,29 8,38 8,33 -0,12
EMBR3 EMBRAER ON 71,67 70,87 71,27 72,11 71,11 -0,13
ENGI11 ENERGISA UNT 46,00 45,25 45,67 46,00 45,75 -0,15
VALE3 VALE ON 54,40 54,12 54,44 54,79 54,30 -0,18
BBDC4 BRADESCO PN 16,03 15,88 15,98 16,09 16,03 -0,19
VIVT3 TELEF BRASIL ON 31,18 31,18 31,46 31,70 31,29 -0,19
FLRY3 FLEURY ON 12,82 12,70 12,80 12,89 12,78 -0,31
MOTV3 MOTIVA SA ON NM 13,00 12,90 12,99 13,12 12,96 -0,31
VIVA3 VIVARA ON 25,31 24,97 25,16 25,42 25,24 -0,32
TIMS3 TIM ON 20,75 20,58 20,68 20,81 20,68 -0,34
TOTS3 TOTVS ON 42,44 41,46 42,12 42,62 42,26 -0,38
CPLE6 COPEL PNB 12,08 11,82 11,93 12,12 12,00 -0,41
RECV3 PETRORECSA ON 13,92 13,77 13,84 13,96 13,92 -0,50
CMIG4 CEMIG PN 10,52 10,41 10,46 10,55 10,46 -0,57
TAEE11 TAESA UNIT 33,71 33,36 33,47 33,73 33,58 -0,62
IGTI11 IGUATEMI S.A UNT 22,25 21,94 22,03 22,25 22,00 -0,63
BBAS3 BRASIL ON 20,84 20,58 20,72 20,90 20,74 -0,67
PETR3 PETROBRAS ON 34,39 34,01 34,16 34,46 34,15 -0,70
VAMO3 VAMOS ON 3,99 3,91 3,94 4,00 3,95 -0,75
CMIN3 CSN MINERACAO ON 5,16 5,09 5,14 5,19 5,11 -0,78
CPFE3 CPFL ENERGIA ON 38,36 37,92 38,10 38,43 38,04 -0,81
BRFS3 BRF SA ON 20,76 20,51 20,66 20,84 20,59 -0,96
ENEV3 ENEVA ON 13,83 13,75 13,81 13,93 13,76 -1,01
EGIE3 ENGIE BRASIL ON 42,00 41,25 41,48 42,28 41,28 -1,01
PETR4 PETROBRAS PN 31,77 31,40 31,54 31,77 31,47 -1,01
NATU3 NATURA ON 9,79 9,42 9,60 9,83 9,65 -1,03
GGBR4 GERDAU PN 16,58 16,26 16,36 16,58 16,35 -1,09
SLCE3 SLC AGRICOLA ON 18,41 18,18 18,35 18,54 18,18 -1,09
CSAN3 COSAN ON 6,27 6,14 6,19 6,28 6,19 -1,12
SMTO3 SAO MARTINHO ON 17,86 17,42 17,65 18,08 17,66 -1,12
CSNA3 SID NACIONAL ON 8,02 7,81 7,92 8,05 7,91 -1,12
ISAE4 ISA ENERGIA PN 22,80 22,36 22,54 22,83 22,53 -1,18
ASAI3 ASSAI ON 10,22 9,94 10,02 10,24 10,06 -1,47
BRKM5 BRASKEM PNA 9,29 8,96 9,16 9,44 8,96 -1,54
ABEV3 AMBEV S/A ON 13,67 13,44 13,52 13,69 13,46 -1,61
RAIL3 RUMO S.A. ON 17,00 16,65 16,84 17,18 16,72 -1,65
GOAU4 GERDAU MET PN 9,15 9,03 9,08 9,20 9,07 -1,84
VBBR3 VIBRA ON 21,57 20,87 21,08 21,58 21,11 -2,22
UGPA3 ULTRAPAR ON 16,41 16,07 16,20 16,58 16,09 -2,25
HYPE3 HYPERA ON 27,90 26,69 27,06 27,91 26,73 -4,43

gettyimages-1154028355 Subida do IOF deve impactar a bolsa. Mas porvir dos ativos ainda não foi traçado
Estabilidade das fintechs de crédito — Foto: Getty Images

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