Riscos aumentaram com escalada das tensões comerciais, diz presidente do BCE

Entre os riscos para o prolongamento, ela destacou a escalada nas tensões comerciais e a piora no sentimento do mercado financeiro, que pode fazer com que as empresas e as famílias fiquem mais cautelosos quanto a gastos e investimentos. Lagarde também citou as tensões geopolíticas, com os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia e no Oriente Médio.

Por outro lado, “se as tensões comerciais e geopolíticas forem resolvidas, poderiam melhorar o sentimento e estimular a atividade”, ela afirmou. Ela também disse que a perspectiva de mais gastos com infraestrutura e resguardo no conjunto econômico devem concordar o prolongamento.

Sobre a inflação, ela ponderou que um euro mais potente e as tarifas podem ser riscos negativos. No entanto, os preços podem voltar a subir caso uma fragmentação da prisão global de suprimentos, causada pela guerra mercantil, impulsionar os custos de importação. “Um aumento nos gastos de resguardo e infraestrutura também podem aumentar a inflação no médio prazo”, ela citou.

Apesar disso, Lagarde reiterou diversas vezes durante a coletiva que a inflação está em risca com a meta de 2% ao ano da mando monetária e afirmou que o comitê de política monetária irá seguir com sua abordagem dependente de dados “reunião por reunião”, sem se comprometer com um caminho específico para a política monetária.

Nascente teor foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.