Graças à legislação dos EUA, dois ETFs negociados na B3 renderam mais de 50% em um mês

Segundo levantamento da Quantum Finance, em julho os ETFs ETHE11 (que segue o índice Nasdaq Ethereum Reference Price) e o QETH11 (que acompanha o CME CF Ether-Dollar Reference Rate) subiram 53,03% e 52,80%, respectivamente. O que eles têm em generalidade? Ambos têm porquê referência a movimentação da criptomoeda ethereum, que só perde em popularidade para o famoso bitcoin. Toda essa subida veio depois a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos revalidar o projeto divulgado porquê Genius Act, que estabelece diretrizes para o mercado de stablecoins no país.

As stablecoins, que passam a ter regras mais organizadas nos EUA, são uma categoria de criptomoedas que são lastreadas em um ativo real (porquê moedas ou commodities, por exemplo). É dissemelhante do que acontece no bitcoin ou na própria ethereum.

Mas logo, por que a ethereum subiu?

A subida veio porque a rede blockchain Ethereum é onde são negociadas as criptos de dólar. As maiores do mercado, Tether (USDT) e USD Coin (USDC) foram emitidas dentro dessa rede.

Trocando em miúdos: as stablecoins utilizam a rede Ethereum porquê infraestrutura para serem emitidas e transacionadas. A criptomoeda ether, nativa dessa rede, é usada para remunerar as taxas de operação nela. Isso significa, portanto, que quanto mais movimentação de stablecoins ocorre ali, maior tende a ser a demanda pelo ativo. Ainda que esses fundos ligados à criptomoeda tenham subido muito em julho, no ano até o mês pretérito eles registravam queda, ainda que sutis. O ETHE11 caia 0,95% e o QETH11 recuava 1,93%.

Já no ano até o dia 14 de agosto, depois a medida ser aprovada, eles subiam de forma considerável. O ETHE11 subia muro de 19% e o QETH11 em torno de 17,5%.

Mas além de determinar as variações recentes, o investidor também precisa estar sengo à liquidez desses ETFs. É importante olhar, por exemplo, o número de cotistas de cada um deles. Trocando em miúdos: se há poucos investidores, existem poucas pessoas comprando e vendendo as cotas, o que pode dificultar a vida de quem investiu e depois quer resgatar o numerário aplicado, mas não consegue por “falta de quem compre”.

Os ETFs de ethereum, no entanto, contam com um número significativo de investidores. Até o término de julho, o ETHE11 tinham 15,6 milénio cotistas e um patrimônio líquido de R$ 448,2 milhões. Já o QETH11 tinha 10,8 milénio investidores e R$ 168,2 milhões de patrimônio líquido.

Para se ter uma teoria, alguns dos ETFs com o maior número de cotistas da bolsa são o IVVB11, que acompanha o índice S&P 500, da bolsa americana e reúne muro de 175 milénio investidores; o HASH11, que acompanha o mercado de criptoativos e tem 127 milénio cotistas e o BOVA11, que segue o Ibovespa e tem 95 milénio investidores.


Quem mais subiu em julho?

Além dos ETFs ligados à criptomoeda, outros fundos que tiveram destaque em julho foram o BLOK11, que acompanha o desempenho dos ativos de contratos inteligentes, e subiu 48,30%. Esse fundo, no entanto, tinha muito menos cotistas até o término de julho, o que poderia comprometer sua liquidez. Ao todo, eram 349 investidores e um patrimônio líquido de R$ 23,2 milhões.

O XRPH11, que segue o preço de referência da criptomoeda XRP, da empresa Ripple, subiu 37,3% em julho. Esse ETF tinha 978 cotistas e patrimônio líquido de R$ 336,7 milhões em julho.

O WEB311, que também acompanha contratos inteligentes, subiu 36,82% no mês. Em julho, ele tinha 2,8 milénio investidores e patrimônio líquido de R$ 52,5 milénio.