Dólar fica seguro com aproximação entre Estados Unidos e China no radar

• O dólar fechou em ligeiro subida de 0,03%, sob a cotação de R$ 5,3203, em seguida oscilar entre a mínima de R$ 5,3180 e a máxima de R$ 5,3385 desde o início das negociações. Na semana, a moeda americana se desvalorizou 0,62% contra o real.
• Lá fora, o dólar também se fortalecia diante de divisas fortes. O índice DXY — que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, incluindo euro, iene e libra esterlina — subiu 0,30%, aos 97,65 pontos.

Esse movimento reflete uma procura global por segurança em meio a incertezas geopolíticas e à expectativa sobre os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos.

Apesar de mais esvaziada, a agenda desta sexta-feira é influenciada por um telefone entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping. Os dois mandatários avançaram na negociação para a compra das operações do TikTok nos Estados Unidos, já que a chinesa Byte Dance, dona da plataforma, sofreu sanções de uma lei federalista aprovada durante o governo Biden que proíbe sua atuação em solo americano.

Esta foi a primeira conversa direta entre os líderes. Além do TikTok, a guerra tarifária também será um dos assuntos a ser discutido em encontros entre Trump e Xi. Em postagem em rede social, Trump afirma que deve encontrar o presidente chinês na Coreia do Sul em outubro, para um evento do conjunto de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (EPAC, em inglês).

O dólar, que ganhava fôlego pela manhã, pendeu para a firmeza em seguida o telefone já que qualquer sinal de progressão ou tensão nas conversas pode mexer com o humor dos investidores. Uma aproximação entre os dois tende a reduzir a percepção de risco global e fortalecer moedas emergentes, uma vez que o real.

Nos EUA, o Congresso americano não avançou sobre projetos de aumento de financiamento ao governo, em guia ao partido Republicano, de Trump. O impasse ameaço o governo de entrar em colapso a partir de 1º de outubro, diz o jornal The New York Times.

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