Ações e BDR do Mercado Livre caem 12% na semana com competição mais acirrada no Brasil
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O prateado Mercado Livre sempre fez a sarau no Brasil quando se trata de expansão logística para nutrir seu gigante varejo no país. Mas, agora, com as plataformas asiáticas Shopee e Temu, além da estratégia mais agressiva da Amazon no Brasil para apressar vendas, o negócio eletrônico nunca foi tão competitivo. De concordância com o J.P. Morgan, o Mercado Livre provavelmente terá um lucro antes de juros e impostos (EBIT) inferior das projeções do mercado no terceiro trimestre. As ações despencaram 12% nesta semana.
As ações do Mercado Livre nos Estados Unidos caíram 3,29% nesta sexta-feira (3). Enquanto isso, por cá, os recibos depositários brasileiros (BDR) das ações listadas nos EUA recuaram 3,60%. Na semana, o BDR derreteu 12,46%.
Em relatório divulgado nesta sexta-feira, o banco americano rebaixa o preço-alvo das ações do Mercado Livre nos Estados Unidos de US$ 2.700 para US$ 2.600. O exegeta Marcelo Santos, do J.P.Morgan, aponta que a varejista terá de aumentar despesas para manter o ritmo de desenvolvimento, alguma coisa que o mercado ainda não analisou ao precificar o papel.
Outrossim, o EBIT do Mercado Livre deve decepcionar no terceiro trimestre, com resultado de US$ 750 milhões segundo o Morgan. O consenso é de US$ 813 milhões. Devem ser detratores no resultado a logística e as operações do Mercado Livre na Argentina.
Amazon começa a cutucar no Brasil
A concorrência acirrada cá no Brasil também desfavorece as ações. Na véspera de outubro, a Amazon lançou seu programa a lojistas mais cobiçoso já lançado no Brasil, mesmo sendo três vezes menor que o Mercado Livre no país. A varejista americana zerou despesas de lojistas brasileiros com tarifas de coleta, entrega e transporte. Também haverá reembolso de percentagem de vendas em até R$ 30 milénio para qualquer resultado comercializado nas regras do programa.
Rodrigo Gastim, exegeta do Itaú BBA, diz que o Mercado Livre pode ter que chegar ao mesmo nível da Amazon – abrindo mão de margens no limitado prazo para proteger sua base de lojistas. A Amazon deve estender a campanha agressiva até 3 de dezembro.
“A viradela na política da Amazon no Brasil sugere que a operação, apesar de pequena comparada com a do Mercado Livre, atingiu lucratividade. Acreditamos que o Mercado Livre não vai deixar se desmoronar pela agressividade da Amazon”, diz Gastim em relatório.
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