Fundos de ações e criptoativos sobem na lista dos investimentos mais buscados
Mesmo com a Selic a 15% ao ano, o bom desempenho da bolsa e das criptomoedas tem feito os investimentos mais arriscados figurarem no topo da lista dos ativos mais buscados. Mas, devido ao cenário mais incerto, os investidores estão mais abertos a delegar suas carteiras para profissionais. Não à toa, o levantamento mensal do buscador Yubb mostrou que os fundos de ações assumiram a liderança do ranking dos investimentos mais procurados em setembro.
No mês de agosto, as ações assumiram liderança da lista posteriormente o Ibovespa fechar o mês com subida de mais de 6%. Em setembro, o principal índice da bolsa continuou no azul, mas a subida foi mais sutil, de 3,4%. As ações, por sua vez, cederam a primeira posição aos fundos de ações e assumiram o segundo lugar. Os investidores, portanto, estão mais dispostos a delegar suas escolhas para os gestores.
Uma outra evidência disso foi a presença dos fundos multimercados na terceira posição do ranking. Os ativos são conhecidos por serem um bom instrumento para os investidores se exporem a riscos, mas com parcimônia, já que eles podem combinar ativos de renda variável com renda fixa.
Na quarta posição, surge outra classe de ativos arriscados: as criptomoedas. Esse tipo de investimento nem apareceu na lista de agosto, mas com o progresso do bitcoin em setembro, ele voltou a figurar na lista dos mais buscados.
Só na quinta colocação surge, finalmente, um ativo de renda fixa. Os Certificados de Repositório Bancário (os famosos CDBs), que reinaram soberanos por meses, continuaram em quinto lugar.
Na sequência, vêm os títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto. Na passagem de agosto para setembro, esses ativos caíram da quarta para a sexta posição.
Em sétimo lugar, aparecem as Letras de Crédito Imobiliário e Letras do Crédito do Agronegócio (LCIs e LCAs), que saíram da sexta para a sétima posição. Já as Letras de câmbio (LCs) e os Recibos de Repositório Bancário (RDBs) vêm em oitavo lugar, também caindo uma posição em relação ao mês anterior.
Quem completa a lista são os fundos de índices negociados em bolsa (ETFs), que se mantiveram na nona posição. Os fundos imobiliários, por sua vez, caíram do oitavo para o décimo lugar.
Os 10 ativos mais buscados em setembro
| 1º | Fundos de ações |
| 2º | Ações livres |
| 3º | Fundos multimercado |
| 4º | Criptoativos |
| 5º | CDB |
| 6º | Tesouro Direto |
| 7º | LCI/LCA |
| 8º | LC/RDB |
| 9º | Fundos de índice |
| 10º | Fundos imobiliários |
Entenda uma vez que funciona cada um dos ativos mais procurados
Porquê o próprio nome sugere, esses fundos têm a maior segmento de sua “cesta” composta por ações escolhidas por aquele gestor.
As ações negociadas na bolsa de valores são uma vez que “pedaços” daquela empresa. Portanto, ao ser acionista de uma companhia, o investidor é possessor de uma pequena segmento dela. As ações podem ser preferenciais (PN) ou ordinárias (ON).
Quem tem ações ordinárias tem recta de voto nas assembleias de acionistas. Normalmente os acionistas recebem um voto por ação para escolher os membros do parecer que supervisionam a gestão. Já quem tem as ações preferenciais, tem maiores direitos sobre os lucros e ativos de uma empresa.
Os fundos multimercados funcionam uma vez que uma “cesta de ativos” que reúne diferentes tipos de papéis dentro dela, uma vez que ações, títulos públicos, dólar, contratos de juros etc. Eles são escolhidos por um gestor profissional, que é remunerado com segmento das taxas que os investidores pagam para ter o seu numerário naquele fundo.
Esses investimentos são um tipo de ativo do dedo e de negociação descentralizada (ou seja, elas não são emitidas por nenhum governo ou banco meão). Além de funcionar uma vez que um “numerário”, podendo ser usado na compra de produtos e serviços, elas também funcionam uma vez que um investimento, uma vez que seu valor de mercado muda de pacto com alguns critérios, sendo o principal deles a oferta e a demanda.
Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) são uma vez que um “empréstimo” do investidor ao banco emitidor daquele ativo. A forma de rentabilidade mais generalidade é atrelada ao CDI (Certificado Repositório Interbancário, taxa que segue de perto a Selic). Os bancos maiores e mais tradicionais geralmente oferecem uma remuneração inferior ou até 100% do CDI para produtos com liquidez, por terem menor risco. Os bancos pequenos e médios, por outro lado, podem remunerar até mais de 120% do CDI. Essa rentabilidade é pré-determinada. Portanto, você sabe o tamanho da parcela que receberá sobre o CDI no momento em que investir.
Há também os CDBs pós-fixados e os que pagam um lucro real supra do IPCA. Nesses dois casos, o investidor costuma transfixar mão de liquidez em troca de uma perspectiva de proveito levemente supra do CDI.
Os títulos públicos negociados pela plataforma on-line do Tesouro Direto zero mais são do que títulos de dívida emitidos pelo governo. Na prática, eles são uma vez que um empréstimo do investidor ao próprio governo brasílico para financiar suas atividades. O governo, por sua vez, vai entregar o valor no porvir, acrescido de juros.
Os títulos do Tesouro podem ser prefixados (em que o rendimento nominal já é determinado na hora da compra), pós-fixados (em que o retorno é atrelado à Selic, seja ela qual for) ou híbrido, com uma parcela pós-fixado indexado ao IPCA (no qual o rendimento acompanha a variação da inflação) mais um componente de lucro real fixo.
As letras de crédito imobiliário (LCIs) e as letras de crédito do agronegócio (LCAs) são títulos de crédito emitidos por instituições financeiras para financiar atividades do setor imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).
As letras de câmbio (LCs) e os Recibos de Repositório Bancário (RDBs) têm uma lógica semelhante à dos CDBs. Mas nesse caso, eles são emitidos por instituições financeiras que não são bancos tradicionais, e normalmente não dão liquidez antes do vencimento. Portanto, o investidor precisa esperar finalizar o prazo para ter seu numerário de volta.
Esses fundos costumam ter gestão passiva e acompanham a formação de um determinado índice negociado na bolsa brasileira ou estrangeira. Esses índices podem ser de ações ou renda fixa. Os ETFs, por sua vez, são negociados em bolsa e podem ser comprados e vendidos uma vez que uma ação, por exemplo. Justamente por ter gestão passiva (ou seja, “exigir menos trabalho do gestor”) eles costumam ter uma taxa de gestão mais barata para os investidores.
10º Fundos imobiliários
Esses fundos funcionam uma vez que uma espécie de “condomínio” de investidores que reúnem seus recursos para impor, juntos, no mercado imobiliário.
O montante pode ser usado na construção ou compra de imóveis, que depois serão alugados ou arrendados e os ganhos obtidos nisso são divididos entre aqueles investidores, respeitando a proporção que cada investidor aplicou. Esses são chamados “fundos de tijolo”.
Há um outro tipo em que o numerário é aplicado em títulos ligados ao mercado imobiliário, uma vez que Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras Hipotecárias (LHs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ou até mesmo em cotas de outros fundos imobiliários. Esses tipos são chamados de “fundos de papel”.
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