Novidade mina de ouro? Terras raras estão em subida e cenário pode trazer oportunidades, mas riscos são altos
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/q/k/9Yd4sLR0mYCrg0PeQYIw/1024px-rareearthoxides.jpg?ssl=1)
A corrida global por terras raras já mobiliza mineradoras e disputas geopolíticas entre potências globais. O movimento desperta o interesse de investidores que buscam o que pode ser “o investimento da dez”. No entanto, o que brilha os olhos, se trata de um setor de superior risco, pouco atingível e que não deve ser encarado uma vez que uma alocação de pequeno prazo, segundo especialistas.
As terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos usados uma vez que matérias-primas de diversos produtos de subida dificuldade, uma vez que telas LED, baterias, smartphones, motores elétricos, ímãs usados em geradores de turbinas eólicas e GPS. A maior secção destes minerais está concentrada na China, que detém 69% da produção e 48% das reservas. De conciliação com relatório da UBS WM assinado pela diretora de macroeconomia para o Brasil do UBS Global Wealth Management, Solange Srour, o país asiático tem uma vantagem competitiva que torna difícil para indústrias de outros países se inserirem.
Desde o início do primeiro governo Trump, essa intervalo entre a China e concorrentes ficou maior. Essa movimentação aumentou o poder de barganha chinês, principalmente sobre os EUA, que é dependente de exportações, diz o relatório.
Foi essa tensão geopolítica que levou Srour a se aprofundar no tema. “As exportações de terras raras foram uma das primeiras que a China bloqueou naquele momento mais tenso, onde se levantou muita tarifa dos dois lados”, contou. “Isso causou problemas, fábricas que tiveram que fechar por falta de insumo em diversos setores, na produção de veículos elétricos, produção de painéis solares, produção de computadores. Realmente podia paralisar uma boa parcela da indústria”.
O Brasil abriga 23% de todas as terras raras já descobertas, segunda maior suplente do mundo, com projetos incipientes em Minas Gerais, Goiás, Bahia e Amazonas. A economista vê espaço, nesse cenário, para atrair capital estrangeiro e ampliar a exploração e até o refino desses minerais cá. “O setor privado vai tentar não permanecer na mão de um único fornecedor. E a gente tem condições naturais uma vez que nenhum outro país. Quanto mais a gente conseguir atender os dois lados sem prejudicar muito a relação com o outro, mais benefícios”, diz.
A demanda por terras raras deve crescer 60% nos próximos 15 anos e chegar a 150 milénio toneladas, ritmo superior ao da oferta, que deve chegar a 110 milénio toneladas no mesmo período, de conciliação com estimativas da Dependência Internacional de Robustez (AIE). Se o Brasil mantiver o ritmo atual de investimentos em mineração, a previsão é que a atividade acrescente R$ 47 bilhões no resultado interno bruto (PIB) do país até 2050. Se entrar no beneficiamento, esse valor pode chegar a R$ 233 bilhões. “Vai depender de uma vez que a gente regular esse setor e também da capacidade de atrair capital extrínseco”, afirma Srour.
Onde estão as oportunidades?
Embora o país tenha grandes companhias de mineração listadas na bolsa, uma vez que a Vale, elas não estão diretamente expostas ao ‘boom’ das terras raras. Já no exterior, predominam empresas muito pequenas — as chamadas “nanocaps” — que possuem baixa liquidez e subida volatilidade, explica Enzo Pacheco, crítico da Empiricus.
Segundo ele, projetos de exploração já existem no Brasil, mas ainda não são amplamente comerciais, além de serem majoritariamente conduzidos por empresas estrangeiras, sem aproximação direto ao investidor pessoa física.
Neste cenário, quem se destaca são as mineradoras canadenses, australianas e algumas companhias dos Estados Unidos, enquanto a China domina o refino desses minerais. Esse controle dá ao país o poder de manipular os preços — basta aumentar a oferta no mercado para inviabilizar concorrentes já que os custos de exploração de terras raras são altos.
A competição com a China é somente um dos riscos do setor. Questões regulatórias e o longo prazo necessário para tirar os projetos do papel e efetivamente gerar os insumos para a venda também pesam contra.
Para efeito de conferência, Pacheco cita o setor petrolífero: quando uma empresa descobre um poço, consegue prezar a produção e buscar financiamento com base nesse ativo. Já no caso das terras raras, é preciso crer que o projeto dará perceptível e que os preços serão favoráveis no porvir, o que torna tudo incerto.
“Se desvendar um poço [de petróleo] e furar, sabe que vai conseguir tantos milhões de barris por dia. Ele consegue virar para o mercado e falar: ‘eu consigo já vender essa produção por um preço X e o banco vai falar ‘ok, você tem toda essa engenharia já montada, eu vou te dar um financiamento porque você tem essa produção e eu consigo ter esse ativo depois por trás’. O mercado de terras raras não. Tem que imaginar que vai conseguir vender lá na frente e que vai chegar lá e o preço do resultado estará muito bom”, comenta Pacheco.
Outro travanca para investidores brasileiros é o aproximação. Muitas companhias estão listadas em bolsas estrangeiras, uma vez que no Canadá, exigindo conta em corretoras locais. Nos EUA, uma das poucas alternativas é a MP Materials (M2PM34), que recebeu recentemente escora do governo Trump e de parcerias estratégicas, uma vez que da Apple. Em troca, o presidente norte-americano quer uma fatia da empresa, uma vez que divulgou a dependência Reuters recentemente.
O conciliação com o governo americano deu um preço mínimo para que a MP Materials consiga ter mais segurança para explorar os insumos, sem perder competitividade, uma vez que no caso do risco de a China encolher os preços, cita Pacheco. No entanto, apesar desse suporte, Pacheco avalia a empresa uma vez que altamente especulativa. Atualmente, os EUA produzem menos de milénio toneladas por ano de terras raras, mas a MP projeta, com o investimento do Departamento de Resguardo, a construção de uma vegetal que possa atingir uma produção de 10 milénio toneladas por ano a partir de 2028. Para ele, trata-se de “comprar um sonho”, ainda que o conciliação com o governo dê certa segurança.
A MP Materials teve seu preço-alvo proeminente recentemente de US$ 85 para US$ 90 pelo banco de investimento americano Jefferies, que possui recomendação de compra para o papel. Segundo o banco, a produção da mina Mountain Pass da MP está atualmente operando próximo de 50% da capacidade, com a governo esperando atingir sua meta de produção anual de tapume de 6 milénio toneladas nos próximos quatro a seis trimestres, com base em melhorias de 10% a 20% por trimestre.
De conciliação com o relatório do banco, a vantagem competitiva da MP foi “fortalecida por melhorias significativas em seu processo de extração e conversão de terras raras” e “as capacidades de reciclagem de ímãs e de processamento de terras raras pesadas devem ampliar ainda mais essa vantagem competitiva“.
Segundo o Jefferies, a demanda por NdPr ({sigla} para os elementos químicos Neodímio e Praseodímio) deve crescer cinco vezes na próxima dez. Esses elementos de terras raras são essenciais na produção de ímãs de superior desempenho, uma vez que os utlizados em veículos elétricos, robótica humanoide e drones — e que estão na mira da empresa agora, segundo o relatório. O Jefferies espera que a empresa firme de um a dois novos contratos de fornecimento por trimestre.
Sem alternativas nacionais, a exposição ao setor passa por investimentos no exterior. Para reduzir riscos, Pacheco recomenda priorizar ETFs globais, que permitem diversificação em companhias de diversos países que estão surfando no ‘boom’ das terras raras, além da própria diluição dos riscos de operação.
Cá, a recomendação é cautela, diversificação e visão de longo prazo já que as minas podem demorar décadas para começarem a apresentar resultados para o bolso do investidor.
A Empiricus sugere que, dentro dos 30% do portfólio alocados no exterior, menos de 5% seja talhado a ETFs de terras raras — mesmo para investidores mais arrojados. Para quem procura ações, a recomendação é ainda mais conservadora: menos de 1% devido aos altos riscos, à falta de liquidez no mercado porvir, à incerteza regulatória e de preço e de ser um setor que ainda “demanda muito desenvolvimento de mercado”.
Pacheco também recomenda para os que querem imaginar a carteira com o segmento, ETFs no mercado americano que permitem variar em diversas empresas que não necessariamente terras, uma vez que também empresas que atuam com outros minerais, uma vez que produtoras de lítio e de cobalto, por exemplo, que também “serão muito importantes para eletrificação de veículos, para a própria questão do IA com data centers demandando cada vez mais pujança”, explica o crítico.
- REMX (VanEck Rare Earth/Strategic Metals) – com 33% da formação de empresas chinesas, 23% nos EUA e 23% na Austrália;
 - SETM (Sprott Critical Materials) – também investe em mineradoras e produtoras de minerais críticos (urânio, cobre, lítio, prata, terras raras), com formação de 36% Canadá, 26% Austrália, 23% EUA, 4% China.
 
O que observar antes de investir
Segundo Pacheco, alguns pontos são fundamentais a serem analisados pelo investidor, uma vez que:
- Resultados recentes das empresas e incremento da receita;
 - Curso dos projetos – cumprimento de prazos e contratos de venda já assinados;
 - Acordos estratégicos com governos ou grandes companhias;
 - Nível de caixa – Cada vez que o caixa “se aproxima do zero, significa que a empresa vai ter que arrumar caixa de qualquer jeito, seja emitindo dívida ou ações e essa diluição vai punir o investidor que entrou antes”, diz Pacheco.
 
Quer fazer melhores escolhas de investimentos?
O Valor One é a plataforma completa do Valor que reúne, em um só lugar, ferramentas de estudo, painéis de fundos, cotações de ações, indicadores fundamentalistas, recomendações de analistas certificados, cursos e um consolidador de carteira inteligente.
Com a credibilidade de quem é referência em economia e finanças no Brasil, o Valor One oferece uma versão gratuita e planos com recursos avançados para você investir melhor.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/q/k/9Yd4sLR0mYCrg0PeQYIw/1024px-rareearthoxides.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/c/j/M5NTXrQWGBBrzUfAgi1g/img-0164-1-.jpg?ssl=1)
                                                                                
                                    
                                    
                                    
                                    
Publicar comentário