Pix Parcelado deve ter sistema que reúne ofertas de crédito a pedido do Banco Mediano
A adesão cada vez maior ao Open Finance – sistema crédulo de troca de informações de clientes entre instituições financeiras – vem acelerando os projetos do Banco Mediano para novas funcionalidades do Pix. Em julho, o BC pediu um estudo à Estrutura de Governança do Open Finance, órgão regulamentado pela mando monetária, com o objetivo de oferecer aos usuários um sistema que reúna mais de uma oferta de Pix Parcelado na lanço final de uma compra on-line.
O pedido procura reunir à função das chamadas instituições iniciadoras de pagamento, responsáveis pela transferência de Pix Automático a partir da permissão do usuário, o padrão de ‘vitrine’ de ofertas. Os iniciadores de pagamento são hoje empresas do ecossistema do Pix que podem realizar movimentações financeiras a partir da permissão do usuário.
Para o Pix Parcelado, a teoria do BC é produzir um sistema que reúna uma gama de ofertas diferentes de parcelamentos em uma única operação, dando vantagem sobre o pagamento com cartão de crédito. Assim, clientes que estiverem prestes a fechar uma compra de um muito ou serviço podem selecionar a modalidade de Pix Parcelado e conferir opções de parcelamento com diferentes condições entre bancos e fintechs.
Com isso, o cliente vai ter aproximação a ofertas com diferentes taxas e até com isenção de juros, além de número de parcelas que podem variar. Não está evidente, porém, se haverá restrições do tipo de operação, pelo menos em um primeiro momento, oferecido que a regulamentação do Pix Parcelado ainda não foi divulgada.
As ofertas de Pix Parcelado devem desabrochar ao usuário de pacto com o número de contas bancárias registradas no Open Finance, desde que estejam conectadas com o iniciador. Ou seja, quanto maior o número de permissões, maior será o número de ofertas nesse sistema.
Segundo o relato de uma nascente a par do tópico ao Valor Investe, o pedido foi feito para que a Estrutura de Governança enxergasse potencial nas iniciadoras do Pix Parcelado porquê ofertantes diretas da modalidade, fora dos grandes bancos.
Ainda conforme essa mesma nascente, o Banco Mediano teria separado em seu pedido os grandes bancos dos iniciadores de pagamento “puros”. Isso porque os principais bancos do país têm autorização do BC para iniciarem transações a partir do Pix Automático ou do Parcelado, mas não devem mostrar uma oferta de um concorrente – é o que o BC espera. Esse sistema faz mais sentido, por outro lado, com as fintechs que operam sistemas de software de pagamento.
“Bancos não devem ter esse tipo de oferta de crédito porque vão mostrar somente sua opção”, diz a nascente. A múltipla oferta de Pix Parcelado pode também chegar nas carteiras digitais de consumidores, porquê Google Pay, Apple Pay e Samsung Pay, via Pix por aproximação.
O órgão de Estrutura de Governança do Open Finance tem até dezembro para apresentar uma proposta ao Banco Mediano. Outras áreas do BC já estariam alinhadas para as discussões envolvendo essa implementação do Pix Parcelado.
A teoria é que o usuário tenha vasto aproximação a ofertas de Pix Parcelado para que ele pague sem sequer entrar nos apps dos bancos. Quando estiver prestes a fechar uma compra em um site de varejo, por exemplo, ele clicará em uma opção de pagamento que passa direto pela instituição iniciadora.
Segundo Leonardo Enrique Silva, diretor da Visa Conecta, iniciadora de pagamento da bandeira de cartão de crédito cá no Brasil, esse sistema de ofertas de Pix Parcelado aparecerá ao cliente também nos sites ou aplicativos de iniciadores.
“A Visa Conecta, no caso, vai mostrar ofertas com condições de vários bancos”, comenta Silva. Se uma compra, por exemplo, tiver um valor de R$ 2.100, o cliente verá quais condições cada banco conectado à iniciação de pagamento da Visa parcela essa operação.
“A teoria é que o Pix Parcelado funcione porquê uma espécie de crediário dentro das instituições financeiras“, afirma Bruno Chan, diretor-executivo da fintech Klavi. O executivo dá pistas de que iniciadores terão papel importante no pagamento de sites de pequenas e médias empresas, ajudando a trazer o consumidor não bancariazado a eles. “A teoria é fazer com que o Pix Parcelado seja o primeiro carnê para brasileiros fora do sistema“, completa Chan.
Chan lembra que brasileiros de classes média e baixa, de C a D, ainda têm menor aproximação ao cartão de crédito. “O Pix Parcelado é muito focado nesse tipo de população. Ele vai ser uma risco de crédito novidade para o público mais carente de produtos, e também para quem tem limites baixos no cartão de crédito“, diz Chan. Segundo pesquisa do Instituto Quaest, 60% dos brasileiros considerados de baixa renda não possuem cartão de crédito.
Procurado o Banco Mediano não respondeu aos questionamentos do Valor Investe.
Regras do Pix Parcelado saem em outubro
As regras oficiais do Pix Parcelado, que devem padronizar a oferta do meio momentâneo de pagamento aos brasileiros, serão publicadas na última semana de outubro, informou o BC na sexta-feira.
Hoje, bancos e fintechs já atuam com o Pix no pagamento de parcelas. No entanto, cada um oferece soluções diferentes para o usuário, o que o BC procura padronizar com a novidade regulamentação. Operações que já estão no mercado e que envolvem pagamento parcelado com o meio momentâneo serão preservadas, diz o BC, desde que não burlem a regulamentação.
Dentro do cronograma do Fórum Pix, órgão criado pelo BC e que reúne entidades financeiras do sistema financeiro e de pagamento, ficou para dezembro a geração de um manual de passo a passo sobre a experiência do usuário do Pix Parcelado a ser seguido.
Até 2026, o BC quer a adoção integral do Pix Parcelado no padrão definido pela regulamentação.
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