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Estudo do BC sugere melhorias nos sistemas de amortização do financiamento imobiliário com uso do IPCA

Estudo do BC sugere melhorias nos sistemas de amortização do financiamento imobiliário com uso do IPCA

​Contratos imobiliários corrigidos pela inflação geram instabilidade nos mutuários, uma vez que, de um lado, há o desenvolvimento nominal das prestações, e, de outro, a renda não aumenta necessariamente na mesma magnitude e periodicidade, o que compromete a renda disponível e aumenta o risco de inadimplência. Essa é uma das conclusões da Nota Técnica 56, produzida pelo Diretor de Regulação do Banco Medial (BC), Gilneu Vivan, que analisa o atual cenário dos contratos imobiliários no país.  

Acesse a Nota Técnica 56 cá​

De concórdia com o estudo, esse efeito é mais grave para os mutuários de baixa renda, que, geralmente, têm menor capacidade de poupança ou espaço no orçamento para aspirar grandes flutuações nas prestações. A diferença da dinâmica  e do descompasso, no limitado prazo, entre a variação da remuneração e a variação das prestações é mais evidente em períodos de subida inflação, podendo originar impactos significativos de comprometimento de renda desses mutuários.  

Proposta 
A nota apresenta uma proposta para ajustar as funções dos sistemas de amortização (Price e Sistema de Amortização Regular – SAC), incluindo um componente que aumenta a amortização, o que diminui a sensibilidade das prestações à inflação.   

Esse componente, adicionado na prestação, absorve os efeitos da inflação do período. Se ele for maior que a inflação, a prestação tende a reduzir nominalmente, e, se a inflação for maior que ele, a prestação aumenta no sumo pela diferença, diluído pelo prazo restante.

Assim, a abordagem proposta reduz significativamente a volatilidade da prestação nominal, e aumenta a previsibilidade da prestação e a segurança do comprometimento de renda, mesmo em períodos de subida inflação. Ou seja, mesmo em contratos corrigidos pela inflação, as prestações nominais apresentam comportamento esperado de concórdia com o sistema de amortização utilizado.   

Financiamento
A publicação da Nota Técnica 56 ocorre em um contexto de mudanças para o crédito imobiliário no país. Na sexta-feira (10/10), o BC e o Recomendação Monetário Vernáculo (CMN) anunciaram alterações no padrão de direcionamento obrigatório dos recursos dos depósitos de poupança.  

Com as medidas, espera-se uma ampliação na licença de financiamentos imobiliários e do chegada ao crédito para compra da mansão própria em condições adequadas, em privativo para famílias de menor renda não contempladas por programas habitacionais, inclusive com a adoção de outros índices de correção além da Taxa Referencial (TR), mantendo-se preservada a robustez das regras de originação dessas operações de crédito. Saiba mais sobre o novo padrão de financiamento de crédito imobiliário . Acesse a Nota Técnica 56 .

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