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Criptos de dólar dominam movimentações de brasileiros no segmento no 1º semestre

Criptos de dólar dominam movimentações de brasileiros no segmento no 1º semestre

Criptos de dólar dominam movimentações de brasileiros no segmento no 1º semestre

Criptos de dólar dominam movimentações de brasileiros no segmento no 1º semestre

As “criptos de dólar” – ou steablecoins – Tether (USDT) e USD Coin (USDC) dominaram as movimentações de brasileiros no setor no primeiro semestre. Somaram R$ 161,4 bilhões, o equivalente a 71% de todo o volume transacionado, zero menos que R$ 227,4 bilhões em criptoativos.

Segundo os dados mais recentes da Receita Federalista, trata-se do mesmo montante transacionado no segundo semestre do ano pretérito. Na confrontação o mesmo período de 2024, houve um aumento de 20%.

O Bitcoin (BTC), por sua vez, respondeu por R$ 24,3 bilhões, ou 10,7% do totalidade. O valor em reais divulgado pela Receita é afetado pela variação cambial, já que é cotado em dólar, e o montante na moeda lugar pode oscilar para mais ou para menos, mesmo que o número de Bitcoins negociados se mantenha inabalável.

Ao longo do primeiro semestre, as plataformas de negociação — as exchanges — brasileiras responderam por 68% do volume, com R$ 154 bilhões movimentados.

As exchanges estrangeiras, acessadas por investidores locais, somaram R$ 28,25 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão operado por pessoas físicas e R$ 26,4 bilhões por pessoas jurídicas.

Já o mercado P2P (peer-to-peer) — em que as negociações ocorrem fora das corretoras — movimentou R$ 45,1 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão veio de PFs e R$ 44,1 bilhões de PJs.

No relatório da Receita, os dados das exchanges nacionais não são discriminados entre pessoas físicas e jurídicas, diferentemente das plataformas estrangeiras e do mercado P2P.

A base da dados de investidores relacionados de janeiro a junho deste ano reflete o processo de ajuste na apuração da Receita. Em dezembro de 2024, foram registrados 6,2 milhões de CPFs e 86,6 milénio CNPJs transacionando criptoativos.

Em janeiro de 2025, os números ainda se mantinham elevados — 6 milhões de CPFs e 95,7 milénio CNPJs. Já em junho, caíram de forma significativa, para 1,3 milhão de pessoas físicas e 24,6 milénio jurídicas.

Aparentemente, essa redução já está ligada às mudanças na Instrução Normativa (IN) 1.888/2019, que passaram a exigir detalhamento por operação e integração mais precisa entre as exchanges e o sistema da Receita Federalista e pode varar duplicidades e emendar registros retroativos que inflavam dados anteriores.

Entre os ativos mais negociados no primeiro semestre, o Tether (USDT) manteve a liderança, com R$ 152,3 bilhões em volume, seguido pelo Bitcoin (BTC), com R$ 24,3 bilhões, e pelo USD Coin (USDC), com R$ 9,1 bilhões.

Na sequência aparecem Ethereum (R$ 7,4 bilhões), Solana (R$ 4,2 bilhões) e XRP (R$ 3,6 bilhões), que completam o grupo dos criptoativos mais negociadas pelos brasileiros entre janeiro e junho.

Importante frisar que os dados utilizados nesta material são provenientes dos relatórios públicos da Receita Federalista sobre transações com criptoativos, com base nas declarações enviadas pelas exchanges e pelos investidores. Os valores podem suportar ajustes retroativos ou revisões decorrentes de retificações.

gettyimages-1344225901 Criptos de dólar dominam movimentações de brasileiros no segmento no 1º semestre
— Foto: Getty Images

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