Sem IPOs, novas ofertas de ações na bolsa já caíram 80% em 2025 até agora, segundo Anbima
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As emissões no mercado de capitais, que levam em conta emissões na renda variável, renda fixa e híbridos, tiveram queda de 3,5% de janeiro a setembro deste ano, em relação ao ano pretérito, somando R$ 528,5 bilhões, perante R$ 547,8 em 2024. No mesmo período, na renda variável, o baque nas emissões — que envolvem IPO (oferta pública inicial na bolsa) e follow-on (ofertas subsequentes) — foi de 80,8%, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais(Anbima), divulgados nesta segunda-feira (20).
Com o IPO sendo um fantasma na bolsa brasileira, o oferecido leva em consideração exclusivamente a oferta de follow-on, que saiu de R$ 21,8 bilhões para R$ 4,2 bilhões no período. A última operação de IPO ocorreu em dezembro de 2021, há quase quatro anos.
Por outro lado, o volume de ofertas de renda fixa no Brasil, ou seja, de emissões no segmento, bateu recorde na mesma estudo temporal, com o maior volume da série histórica, iniciada em 2012. O montante atingiu R$ 487,3 bilhões, perante R$ 485,8 no mesmo período de 2024.
César Mindof, diretor da Anbima, pondera que atualmente o cenário macro “não converge ou se alinha” para um cenário mais positivo para “equity” (participação acionária), com juros altos, ano eleitoral no radar e “baixa atenção do estrangeiro para o Brasil”. Segundo ele, em fala durante a coletiva a jornalistas, esse movimento tem “levado a esse recorde de tempo sem IPO e follow-on reles”.
“Temos que ter uma mudança importante no macro para termos um cenário mais positivo para novas ofertas. Fica difícil expor que no pequeno prazo vamos ter uma janela aquecida para o mercado de capitais de equity”, disse Mindof.
A captação de renda fixa no mercado extrínseco também teve o maior em volume no período desde 2014 sendo que de janeiro até setembro, o volume captado, de US$ 29,2 bilhões, já supera em 45% o valor registrado em todo o ano de 2024, de US$ 20,1 bilhões.
O volume de debêntures incentivadas também subiu e alcançou um patamar recorde, saindo de R$ 96,1 no ano pretérito para R$ 113,6 em 2025 até agora, enquanto o volume de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) avançou 16,8%, de R$ 52,3 bilhões para R$ 61,1 bilhões no comparativo com o ano pretérito.
Já a captação de Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) acompanhou o cenário do mercado de capitais em universal e caiu de R$ 3,1 bilhões para R$ 2,7, uma redução de 12,5%. Vale lembrar que o segmento vivenciou uma vaga de inadimplência em 2024.
Os Fundos Imobiliários (FIIs) também tiveram queda nas captações, saindo de R$ 37,1 bilhões para R$ 34,3 bilhões, redução de 7,6%.
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