Maior banco dos EUA reduz projeção de inflação brasileira com ‘surpresas’ na prévia de outubro
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O J.P. Morgan, maior banco dos Estados Unidos, reduziu sua projeção para o Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Grande (IPCA), inflação solene do Brasil, em 2025 para 4,5%, de 4,7%, depois a “surpresa benigna” com a prévia de outubro e o proclamação de redução no preço da gasolina pela Petrobras. Agora, a projeção do banco está no limite da orquestra para a meta de 3%.
Mais cedo, o IBGE divulgou que o IPCA-15 de outubro subiu 0,18%, aquém da mediana colhida pelo Valor Data de 0,24% e da expectativa do J.P. Morgan, de 0,25%.
“A prévia de outubro mostrou núcleos, serviços subjacentes e industriais subjacentes aquém do esperado”, dizem os economistas Vinicius Moreira e Cassiana Fernandez em relatório. Os núcleos são medidas para suavizar o efeito de itens mais voláteis e, no caso das métricas subjacentes, englobam aqueles itens mais sensíveis ao ciclo econômico. “A formação mostrou surpresas baixistas encorajadoras nas medidas de núcleo”, afirmam Moreira e Fernandez.
Mais uma vez, dizem, os serviços subjacentes subiram muito menos do que o previsto, 0,24%, quase metade da sua expectativa, e os bens industriais subjacentes permaneceram praticamente estáveis. Consequentemente, apontam, a média dos núcleos acompanhados pelo Banco Meão ficou 0,08 ponto percentual aquém da estimativa do banco.
“As principais surpresas em relação à nossa projeção foram em passagens aéreas, eletrodomésticos e despesas pessoais, parcialmente compensadas por uma queda menor do que a esperada nos preços da força elétrica”, dizem Moreira e Fernandez.
Outubro marca o segundo mês sucessivo em que os núcleos se aproximaram da meta de inflação de 3%, segundo os economistas do banco. Com ajuste sazonal, dizem, a média traste trimestral anualizada dos núcleos subiu 3,4% no IPCA-15 de outubro, reduzindo a média dessa métrica no trimestre para 3,7%, a mais baixa desde meados de 2024,.
“Nos últimos seis meses, essa medida ficou em 3,9%, aquém dos 4,3% anteriores, e nos últimos 12 meses, caiu para 4,8%, dois décimos aquém da firmeza universal em torno de 5% desde maio”, afirmam.
Um vista “mais preocupante”, ponderam, foram os serviços intensivos em mão de obra, que aceleraram para 5,9%, da mínima de 4,6% em setembro, também pela média traste trimestral.
Segundo Moreira e Fernandez, muitas das surpresas para ordinário no IPCA-15 de outubro devem se repetir, por metodologia, no índice fechado e, potencialmente, até além dele. Com isso, eles esperam altas para o IPCA de 0,08% em outubro, contra projeção anterior de 0,16%, de 0,11% em novembro (0,2% antes) e 0,63% em dezembro. A projeção para o último mês do ano foi mantida e reflete o aumento típico de término de ano nos preços de alguns víveres e bens, dizem os economistas.
Teor publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.
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