Juros nos EUA caem mais? Veja só o que disse Powell

No transmitido da reunião de setembro, quando o Fed começou a trinchar os juros, a sinalização era de mais um namoro em dezembro, levando a taxa a fechar 2025 em 3,75%. O mercado contava com isso, mas depois a enunciação de Powell, as apostas já tomaram novos rumos.

Até ontem, o CME FedWatch apontava 99,5% de chances de o Fed realizar um novo namoro de 0,25 ponto percentual na reunião dos dias 9 e 10 de dezembro. Nesta tarde, logo depois a entrevista, caiu para 88%.

Powell pontuou que a divergência de votos na reunião de hoje reforça o cenário incerto. Dois membros do Comitê votaram em direções opostas à maioria. O membro indicado pelo presidente Donald Trump, Stephen I. Miran, votou por um namoro de 0,5 ponto percentual. Já Jeffrey R. Schmid votou pela manutenção da taxa.

O presidente do Fed pontuou que, para secção do comitê de política monetária, é hora de “dar um passo detrás”, no atraso monetário. “Acredito que, para secção do comitê, talvez seja hora de dar um passo detrás e ver se realmente existem riscos de baixa para o mercado de trabalho, ou se, de trajo, o prolongamento mais possante que estamos vendo é real”, ele disse.

Ele também declarou que um namoro de juros na reunião de dezembro, uma vez que é antecipado pelo mercado, ainda não está reservado. Segundo o CME Group, que compila dados a partir dos futuros dos Fed funds, a verosimilhança de mais uma redução neste ano caiu para 68,5%, contra 90,5% ontem, antes da coletiva de Powell.

O presidente do Fed destacou que, no momento, há riscos de subida para a inflação e de queda para o serviço. “Se os dois objetivos estão também em risco, você tende a permanecer neutro, porque um exigiria subir juros e o outro reduzir. Nesse sentido, a lógica [do corte de juros] foi de gerenciamento de risco e hoje foi pela mesma lógica”, afirmou.