Por que um contrato entre Lula e Trump mexe com a bolsa e com o seu bolso?
O encontro entre o presidente brasiliano, Luiz Inácio Lula da Silva, e o líder dos Estados Unidos, Donald Trump, neste termo de semana abriu espaço para um novo capítulo nas relações entre os dois países. E o mercado financeiro, que aguardava ansioso por esse momento, deve reagir positivamente. Os líderes acertaram que suas equipes se reunirão em procura de soluções sobre o tarifaço e o gesto pode impulsionar os ativos locais nesta semana. Mas enfim, por que isso mexe tanto com a bolsa (e com o seu bolso)?
Por que o encontro traz otimismo?
O primeiro motivo é que a reunião reduz a incerteza que vinha pesando sobre o envolvente de negócios. Desde que Trump impôs tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, o cenário era nebuloso. Não se sabia se essas taxas continuariam, até quando ou se haveria espaço para negociação.
E uma vez que muito se sabe, o mercado odeia incertezas. Não à toa, a bolsa brasileira caiu 4% desde o proclamação do tarifaço até ele efetivamente entrar em vigor. Ainda assim, os efeitos dele no mercado foram relativamente limitados. Mormente em seguida Trump ter excluído muro de 700 produtos da lista das sobretaxas. No entanto, ainda que a bolsa não tenha sofrido tanto, o cenário incerto colocava os investidores estrangeiros em alerta em relação ao país.
A sinalização de diálogo, portanto, indica que os impasses podem ser resolvidos, o que pode furar espaço não só para retomada das exportações, mas também para uma maior previsibilidade nas relações bilaterais.
- “Mais que amigos, friends”, independentemente da ideologia
Outrossim, a reunião sugere que as relações políticas entre Brasil e Estados Unidos podem ser reconstruídas, independentemente das diferenças ideológicas entre Lula e Trump. Portanto, essa disposição de ambos em negociar passa uma mensagem positiva ao mercado internacional e reforça a percepção de segurança institucional, alguma coisa forçoso para atrair capital estrangeiro.
- E se o envolvente fica menos nebuloso… O gringo vem!
A expectativa de uma revisão das tarifas tende a pacificar pressões sobre o câmbio e sobre a bolsa, porque em meio a um envolvente menos nebuloso, os investidores se sentem mais confortáveis de investir no Brasil.
Portanto, a perspectiva de um contrato mercantil reduz o risco de fuga de capitais e estimula o gosto por ativos locais, principalmente em setores exportadores e na renda variável.
É evidente que existem vários outros fatores para que os investidores apliquem cá. A inaugurar pelo próprio “obrigação de lar” do país: a questão fiscal. Se a percepção de que as contas públicas estão desajustadas continuar, não há contrato que faça o estrangeiro olhar para o Brasil de forma segura.
No entanto, caso a percepção seja de que o governo também está atacando os problemas fiscais, é verosímil que sim, o país continue sendo um dos destinos para os investidores em procura de oportunidades (principalmente em um cenário em que a bolsa está subindo e os juros seguem elevados, o que também atrai investidores para a renda fixa).
- Se o gringo vem, a bolsa sobe, o dólar cai… E você se beneficia
É importante lembrar que a ingressão de mais investidores estrangeiros no país tende a ter um efeito positivo em enxovia sobre a economia.
Primeiro porque a bolsa ganha fôlego. Outrossim, mais dólares entram no país e, portanto, a moeda norte-americana fica mais barata.
Isso ajuda a moderar a inflação, já que muitos produtos e insumos no Brasil são comprados em dólar (uma vez que alguns mantimentos, eletrônicos, medicamentos e até combustíveis, que tendem a afetar a enxovia toda por conta dos fretes). Em última instância, o movimento melhora o poder de compra da população e alivia a inflação.
Quais são os próximos passos?
Segundo o presidente Lula, a primeira reunião técnica para discutir a revisão do tarifaço deve ocorrer já na próxima semana, em Washington, com a presença do ministro da Quinta, Fernando Haddad.
A expectativa é que o encontro defina um cronograma de negociações e possíveis ajustes tarifários. Fontes do Itamaraty indicam que não há setores específicos na mesa, mas o Brasil pediu prioridade para a retirada imediata de secção das sobretaxas. Caso o diálogo avance, o mercado pode precificar a reaproximação uma vez que um catalisador para novas altas na bolsa.
O tarifaço de Trump entrou em vigor no dia 06 de outubro, em seguida meses de tensões políticas e comerciais. Os Estados Unidos decidiram utilizar tarifas de até 50% sobre uma ampla lista de produtos brasileiros, embora muro de 700 itens tenham sido poupados de última hora.
A justificativa solene da Mansão Branca foi de natureza política, em meio a críticas americanas ao Supremo Tribunal Federalista e à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, fatores que agravaram o desgaste entre os países.
Desde portanto, o Brasil vinha tentando furar canais de diálogo, mas sem sucesso. A reunião deste termo de semana foi o primeiro encontro formal entre Lula e Trump para tratar diretamente das tarifas. Apesar de não possuir decisões concretas até o momento, o tom mais amisto oe a promessa de um encontro em breve já são vistos uma vez que um importante passo para reduzir as tensões.
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