BC dos EUA reduz juros para 4% ao ano, mas próximo golpe não está reservado
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O comitê de política monetária (Fomc, na {sigla} em inglês) do Federalista Reserve (Fed, o banco meão dos Estados Unidos) anunciou hoje (29) um golpe de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros do país, que passa para um pausa entre 3,75% a 4%, ao ano.
A redução confirmou as próprias projeções do Fed, publicadas no transmitido da reunião de setembro, ainda que a paralisação de atividades do governo federalista (o chamado shutdown) tenha prejudicado a divulgação de dados macroeconômicos, que balizassem as análises.
Assim uma vez que nas reuniões de julho e setembro, a decisão não foi unânime. Dois membros votaram em direções opostas. O membro indicado pelo presidente Donald Trump, Stephen I. Miran, votou por um golpe de 0,5 ponto percentual. Já Jeffrey R. Schmid votou pela manutenção da taxa.
O Fed anunciou ainda o termo da “redução de balanço” ou “aperto quantitativo”, nos jargões usados nas mesas de operação. Em bom português, a poder monetária vai deixar de recolher de volta os dólares que injetou na economia global no eclodir da pandemia, o que vinha fazendo já desde 2022.
O transmitido aponta que os indicadores disponíveis sugerem que a atividade econômica dos EUA vem crescendo em ritmo moderado. A geração de empregos desacelerou neste ano, e a taxa de desemprego subiu levemente, mas segue baixa. A inflação aumentou desde o início do ano e continua um pouco supra do ideal.
O Fed reforçou o objetivo de inferir supremo ocupação e inflação de 2% no longo prazo, mas reconhece que a incerteza sobre o cenário econômico permanece elevada. Segundo o Fed, os riscos para o mercado de trabalho aumentaram nos últimos meses.
Por termo, o Comitê afirmou que continuará monitorando atentamente os dados econômicos e está pronto para ajustar a política monetária novamente, se surgirem riscos que ameacem suas metas. A avaliação incluirá condições do mercado de trabalho, pressões e expectativas de inflação e desenvolvimentos financeiros e internacionais.
Em entrevista coletiva, depois o final da reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, foi cauto ao comentar um provável novo golpe na última reunião do ano, afirmando que não há decisão tomada. Investidores e agentes de mercado contam com um último golpe de 0,25 ponto percentual, levando a taxa a fechar o ano no pausa de 3,5% a 3,75%.
Powell pontuou que a divergência de votos na reunião de hoje reforça o cenário incerto, uma vez que há riscos de subida para a inflação e de queda para o ocupação.
O BC americano segue sendo pressionado por Trump, desde sua posse em janeiro, para reduzir os juros, enfraquecendo o dólar e impulsionando a atividade econômica no país. Ontem, Trump voltou a criticar o atual presidente do Fed, Jerome Powell, chamando-o de “incompetente” e afirmando que há uma longa lista de pessoas que podem sua função.
Rodrigo Salvador, diretor da empresa de câmbio e soluções financeiras Opensolo, destaca que é a primeira vez na história do Fed que uma decisão de mudança na política monetária é adotada “sem entrada a indicadores vitais, uma vez que inflação e dados de ocupação, já que o shutdown se encontra no seu 29º dia”.
“O dilema do Fed reside em seu duplo procuração: controlar a inflação e fomentar o pleno ocupação”, pontua Salvador. “De um lado, a inflação, embora ainda supra da meta de 2%, mostrou sinais de resfriamento no último relatório. Do outro, o mercado de trabalho dá sinais de fadiga, com um ligeiro aumento na taxa de desemprego e uma queda no ritmo de contratações.”
Do ponto de vista financeiro, Salvador destaca que, nesse contexto de atraso monetário, “a maior economia do mundo está reduzindo o dispêndio de capital, ou seja, deve ter um aumento da liquidez global que irá beneficiar os ativos de risco em universal e as economias emergentes”.
“Para o Brasil e outros mercados emergentes, a decisão do Fed é um catalisador ainda mais potente”, avalia Salvador. “A flexibilização da política monetária americana tende a enfraquecer o dólar, incentivando um fluxo de capital para mercados que oferecem maiores retornos. Com a taxa Selic no patamar de 15% ao ano, o diferencial de juros entre o Brasil e os EUA torna-se extremamente atrativo”.
Claudia Trigueiro, economista do C6 Bank, avalia que “a inflação persistentemente elevada e a pouquidade de dados econômicos atualizados devido à paralisação do governo americano deveriam manter o Fed mais cauto”.
“Até o momento, a poder monetária continua demonstrando uma preocupação maior com o mercado de trabalho do que com a inflação e, por isso, o cenário mais provável é um golpe de juros na próxima reunião”, afirma. “No entanto, as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, durante a coletiva de hoje indicam que um golpe de juros em dezembro não está reservado e que a decisão permanece em lhano.”
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