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Pequenas em tamanho, grandes em potencial: 'small caps' dos EUA podem lucrar com incisão de juros

Pequenas em tamanho, grandes em potencial: 'small caps' dos EUA podem lucrar com incisão de juros

Pequenas em tamanho, grandes em potencial: 'small caps' dos EUA podem lucrar com incisão de juros

Pequenas em tamanho, grandes em potencial: 'small caps' dos EUA podem lucrar com incisão de juros

Em meio às milhares de empresas de tecnologia nas bolsas americanas, famosas, gigantes e valiosas, as small caps (termo que define companhias de reles valor de mercado), mais “esquecidas” pelos investidores, podem esconder um grande tesouro para o investidor brasílio, que aloca segmento do portfólio no exterior, na avaliação da Portolan, gestora norte-americana focada nesse tipo de ação.

Segundo George McCabe, fundador da Portolan, o exaltação em torno da Perceptibilidade Sintético (IA) pode estar ofuscando outras grandes empresas para além das Sete Magníficas, muito porquê as small caps.

Ele pondera também que, neste cenário, há também small caps que estão se beneficiando significativamente do incremento da IA que não são necessariamente a própria tecnologia, mas ligadas à prisão de suprimentos de tecnologia e indústria. No meio disso, há as favorecidas também pelo impacto dos cortes nas taxas de juros por lá e por iniciativas que impulsionam os gastos domésticos nos EUA.

“Acompanhamos small caps envolvidas em lucidez sintético, e acreditamos que existe uma ótima história aí também. Os investidores tendem a se concentrar em temas da tendência — e a IA é um deles, com toda razão. Mas nós também achamos que há uma tese muito poderoso de investimento em IA entre as small caps. Mas há muito mais aliás“, diz ele.

“Small caps” é o termo utilizado no mercado financeiro para definir empresas pequenas. McCabe, explica que normalmente a referência para que uma empresa seja considerada assim no mercado norte-americano é um valor de mercado subordinado a US$ 3 bilhões, enquanto que, para ele, esse número seria inferior de US$ 10 bilhões. Esse limite, porém, muda com o tempo, em razão da inflação e de mudanças estruturais do mercado. Prova disso é que os índices de referência das small caps realizam rebalanceamento e estipulam novos limites.

Diversos índices abarcam esse segmento, mas o principal é o Russell 2000 — mais popular e o que normalmente é utilizado porquê referência. O segundo é o Russell 2500, que inclui empresas de capitalização média e pequena, além do S&P 600, outro índice de referência que foca exclusivamente em small caps do mercado de capitais norte-americano, diz ele.

Por que investir em small caps?

Atualmente, o foco da gestora costuma estar no grupo entre US$ 200 milhões (na base) e US$ 10 bilhões (no topo). Para ele, setores porquê saúde e consumo, que sofreram nos últimos anos, já mostram sinais de melhora e são vistos porquê poderoso oportunidades de compra pela gestora.

O gestor pontua que desde 2022, muitas das ações de saúde começaram a tombar, mas “nascente ano está mais misto”, depois três anos e meio considerados “muito ruins, principalmente para as small caps do setor”. “O que aconteceu em saúde foi que, durante a pandemia, houve um excesso de capital e uma supervalorização. Depois disso, veio uma ressaca prolongada, explica ele.

Muitas dessas small caps são menos lucrativas do que as grandes, pondera o gestor, o que faz sentido, já que são empresas menores, ainda crescendo e com margens de lucro mais baixas. O foco da gestora é justamente procurar companhias que possam expandir suas margens para níveis mais próximos aos das grandes.

Já o setor de consumo, que durante e depois a Covid-19 teve “ótimos resultados”, com os consumidores gastando mais e estímulos econômicos em vigor, nos últimos três anos e meio enfrentaram um período “muito difícil”, enquanto que agora o gestor já enxerga sinais de melhora, ainda que as ações não estejam acompanhando essa reação positiva ainda.

Além deles, duas outras áreas estão no radar se beneficiando mais diretamente do momento atual: tecnologia e notícia (tratada porquê um único grupo) e indústria, que estão passando pelo que o gestor considera o “melhor momento do que vimos nos últimos 10 anos”.

“Algumas ações estão próximas das máximas, mas ainda há muito espaço. Entre elas estão empresas de IA, industriais, aeroespaciais e de resguardo, que também entram na categoria industrial. Nós acreditamos que há uma grande oportunidade porque o aumento do investimento em data centers continua surpreendendo. Há cinco anos, as cinco maiores empresas americanas de computação em nuvem (Amazon, Microsoft, Google, Oracle e Meta) gastavam tapume de US$ 90 bilhões por ano em investimento de IA. Neste ano, a estimativa é de US$ 400 bilhões exclusivamente para elas, e em dois ou três anos pode ultrapassar US$ 1 trilhão”, diz McCabe.

Mas isso não se resume às empresas mais famosas. Outras muitas pequenas empresas estão envolvidas na prisão de suprimentos, porquê no fornecimento de pujança, resfriamento e rede óptica, e que devem estar no radar dos investidores, assim porquê está da gestora, que pontua olhar “tanto para empresas que ainda não participam desse movimento (e cujas ações caíram e ficaram mais baratas), quanto para as pequenas que já estão se beneficiando”.

Cá, porém, não é uma escolha entre uma ou outra e a escolha está em variar o portfólio. Isso porque, neste cenário de tá investimento em data center, por exemplo, os trilhões em investimento devem desaguar tanto entre as grandes empresas, quanto entre as small caps.

“Acredito que há estimativas quanto de cada dólar investido em um data center vai para a Nvidia e quanto vai para outras empresas. A Nvidia é a número um, evidente, mas a prisão de fornecimento se desdobra em muitas companhias menores”, diz.

Uma dimensão em que a gestora tem focado são as empresas EMS (serviços de fabricação eletrônica), que fabricam servidores e dispositivos de rede. “Você não pode simplesmente pegar uma GPU da Nvidia e ligá-lo na tomada. É preciso colocá-lo em um servidor, que precisa de memória e de conexão de rede e de cabos. Esses componentes são fabricados por muitas empresas pequenas e médias”, explica.

E neste jogo em que há ganha-ganha para todo mundo, o gestor acredita que há menos investidores olhando para as companhias menores e que o mercado é “mais ineficiente nesse segmento”, tendo em vista que “não há tantos analistas do lado vendedor (sell side) em Wall Street acompanhando essas empresas”. Mas há um motivo por trás disso, que também envolve o quantia e o valor das empresas.

“Também não há tantos investidores e gestores de portfólio prestando atenção nelas, porque — veja muito — os grandes fundos simplesmente não conseguem investir em uma empresa que vale US$ 1 bilhão porque se um fundo grande precisa investir US$ 500 milhões, ele não pode comprar uma small cap porque acabaria sendo possuidor de metade da empresa com exclusivamente um investimento”, explica McCabe.

O problema neste cenário — em que há preços atrativos nas small caps e tendência de margens de lucro mais altas — é que há pouca liquidez nas empresas inferior de US$ 3 bilhões. Por isso, ele acredita que há uma certa limitação prática dos investidores em olhar para esse universo.

Juros ajudam, mas investimentos internos devem guiar os potenciais

O gestor analisa que parece ter um quadro razoável de cortes de taxas por segmento do Federalista Reserve (Fed, o BC dos EUA) até o próximo ano, com a desaceleração do mercado de trabalho por lá, o que faz McCabe confiar que os cortes nas taxas devem beneficiar certas áreas da economia que são mais sensíveis, porquê automóveis e habitação.

Embora a taxa de juros seja um dos fatores que devem influenciar as ações, outro é porquê a economia está se saindo. “Se as taxas caírem, mas a economia estiver em declínio, isso não seria bom para o mercado de ações porque o mercado realmente se importa com lucros. Se o Fed trinchar as taxas em uma economia fraca, isso não seria bom, mas parece ter uma possibilidade razoável de que o Fed incisão as taxas em uma economia inabalável, o que é muito positivo“, detalha.

Para ele, mais importante que as taxas de juros são as iniciativas de gastos domésticos, que devem estrear a ter um impacto maior nos próximos 12 meses.

“Se olharmos para o PIB do segundo trimestre, tivemos um incremento muito poderoso nos EUA. Estamos acompanhando o incremento no setor industrial e, em privado, o pregão do JP Morgan de um investimento de US$ 1,5 trilhão distribuído em 27 áreas da economia dos EUA. E quando olhamos para o incremento nos próximos anos, muito dele virá dessas áreas, porquê a prisão de suprimentos doméstica e manufatura avançada. Outro é minerais críticos e terras raras, uma dimensão de foco, embora menor em graduação”.

Neste cenário, investimentos em resguardo e aeroespacial, além de geração pujança e tecnologia, porquê a própria IA, devem continuar atraindo investimentos significativos e que passam pela prisão de suprimentos domésticos e por small caps. No entanto, a produção interna por segmento da indústria lugar é quem deve moldar os caminhos do ganha-ganha.

“Logo, as taxas de juros certamente ajudarão, mas mais importante que um incisão é o quantia de investimento entrando na economia americana, segmento dele devido ao foco da Moradia Branca na manufatura doméstica, segmento relacionado às tarifas. O mínimo que se precisa fazer é prometer que haja uma prisão de suprimentos dentro do país para áreas estratégicas, pois os EUA perderam muitas dessas cadeias e precisamos reconstruí-las, o que é muito positivo para as small caps”.

Para ele, há oportunidades multissetoriais para além de tecnologia e notícia, indústria, consumo e saúde: elas também estão em setores mais cíclicos, porquê financeiro, em fintechs, sistemas de pagamento e empresas de softwares financeiros.

gettyimages-1173154436 Pequenas em tamanho, grandes em potencial: 'small caps' dos EUA podem lucrar com incisão de juros
— Foto: Getty Images

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