Vale (VALE3) tem resultado sólido: é hora de comprar as ações?

Destaques do balanço segundo analistas

A maioria dos analistas considerou os resultados registrados pela companhia “sólidos e supra das expectativas”. Um dos principais destaques foi o propagação das receitas e, principalmente do Ebitda.

O Ebitda não sabe, o Ebitda mostra quanto aquela companhia está gerando de lucro se excluir da conta quanto ela paga de juros aos credores, de tributos ao governo e também a desdoiro e amortização — sendo que estas duas últimas se referem a investimentos feitos pela empresa no pretérito, mas que reduzem o lucro paulatinamente. Em outras palavras, é uma medida que mostra o potencial de geração de caixa daquele negócio.

“O Ebitda ajustado da companhia superou as estimativas da MSX e esse desempenho confirma a retomada operacional da Vale, sustentado por volumes saudáveis, margens robustas e disciplina financeira”, afirma Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest. João Daronco, comentador da Suno Research, concorda que os resultados “vieram sólidos e levemente supra do esperado”. Para ele, o Ebitda robusto reflete “maiores volumes, eficiência nos custos e melhores preços tanto no minério quanto no cobre”.

Um outro destaque, na visão da Ativa, foi o segmento de metais para transição energética, que teve “volumes maiores, ganhos de eficiência e preços favoráveis” e, com isso, ajudaram o Ebitda a superar as expectativas. A morada ainda destacou que “a redução contínua da dívida líquida expandida da empresa aumenta as chances de dividendos extraordinários”.

Há, no entanto, um ponto de atenção, segundo João Tonello, comentador do Benndorf Research. Ele afirma que apesar do propagação sólido de receita e Ebitda, que mostra um progressão operacional consistente da empresa, a Vale teve um aumento da dívida, além de uma queda na produção de pelotas. “Isso mantêm o alerta ligado para o próximo trimestre”, afirma.

O sentimento do mercado é de otimismo para a companhia. No entanto, o pregão de hoje pode surpreender. É válido primar que as ADRs (papéis que “espelham” ações brasileiras na bolsa americana) da Vale subiram ontem (30) no pós-mercado, o que sugere que os analistas gostaram do resultado.

Daronco, da Suno, afirma que “não ficaria surpreso se a Vale abrisse o pregão subindo”. Já Tonello observou que, “apesar da tendência positiva, a ação pode ter recuos pontuais em seguida o resultado, oferecido o possante rali recente”, mas ressaltou que o movimento “não muda a trajetória favorável” para o papel.

Tonello, da Benndorf Research, disse que a recomendação é compra. Para ele, os papéis têm espaço para continuarem em subida até R$ 68. Atualmente, a ação é cotada a pouco menos de R$ 64.

Saravalle, da MSX Invest, afirmou que “a Vale segue entre as melhores oportunidades em commodities metálicas para 2026”, destacando “perenidade do ciclo positivo de geração de caixa, com custos sob controle, endividamento decrescente e possibilidade concreta de dividendos extraordinários no quarto trimestre”.