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Bitcoin inicia o mês pressionado pelas incertezas sobre a política monetária dos EUA

Bitcoin inicia o mês pressionado pelas incertezas sobre a política monetária dos EUA

Bitcoin inicia o mês pressionado pelas incertezas sobre a política monetária dos EUA

Bitcoin inicia o mês pressionado pelas incertezas sobre a política monetária dos EUA

Depois a tradição de valorização do “uptober” ser quebrada, o “moonvember” também está longe das apostas dos analistas do mercado de criptoativos. O sobrenome sinaliza que as criptos em novembro “buscam a lua”, mas a aversão a risco deve deixar os investidores com os pés muito no pavimento. O cenário ainda é de pressão dadas as incertezas macroeconômicas e tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Por volta de 12h (horário de Brasília), o Bitcoin (BTC) era negociado na moradia dos US$ 107,8 milénio, com queda de 2,3%, nas últimas 24 horas, segundo dados da plataforma agregadora de preços CoinGecko. No período, o primeira e principal representante do segmento oscilou entre a máxima de US$ 110.600 e a mínima de US$ 106.000.

De conciliação com Guilherme Prado, diretor regional da Bitget no Brasil, o mercado vive um momento de “extrema cautela”, resultado de uma combinação de fatores macro e microeconômicos. “Embora o Federalista Reserve tenha realizado namoro de juros na semana passada, as declarações de Powell e o cenário de inflação persistente mantiveram o mercado em alerta. O namoro foi visto uma vez que insuficiente para pacificar totalmente a crise de liquidez global”, afirma.

Segundo ele, a procura por proteção tem levado investidores a priorizar ativos tradicionais, notadamente o ouro, que renovou máximas, em detrimento do chamado “ouro do dedo” ao qual o Bitcoin era associado.

A pressão também se reflete nas principais altcoins (todas as demais criptos). O Ethereum (ETH) recua murado de 2%, cotado a US$ 3.703, e Solana (SOL) cai em torno de 8%, para US$ 185,20, segundo o CoinGecko. Já XRP e BNB registram quedas próximas de 3,5% e 2%, respectivamente.

“O tom mais prudente do Fed limita o ímpeto comprador”, explica Sarah Uska, comentador de criptoativos do Bitybank. “Apesar do namoro de 0,25 ponto percentual nos juros, o expedido reforçou que os próximos ajustes devem ocorrer de forma gradual, o que mantém o envolvente de incerteza.”

Para Prado, a tendência no limitado prazo é de teste de suportes técnicos. “O BTC deve testar o suporte [preço mínimo] de US$ 105 milénio; se esse nível for rompido, aumenta a verosimilhança de buscar US$ 103 milénio. Já no médio prazo, a manutenção desse piso pode terebrar espaço para uma consolidação antes de novidade tentativa de subida rumo a US$ 115 milénio.”

Relatório da Bitfinex pontua que, apesar de um breve consolação que levou a cotação a US$ 116.500 na semana passada, o ativo continua enfrentando resistência de limitado prazo, pressionado pela realização de lucros de investidores de longo prazo e pela demanda institucional ainda fraca.

Com o índice de pavor e ganância (Fear & Greed Índice) recuando para 36 pontos, o sentimento do investidor volta à zona de cautela, ressalta Uska. O indicador vai de 0 a 100 — quanto mais próximo de 0, maior o pavor (sinal de aversão a risco); quanto mais perto de 100, maior a ganância (sinal de otimismo e tomada de risco).

O foco para a semana está nos dados de tarefa dos EUA e em possíveis mudanças de tom do Federalista Reserve nas próximas comunicações — fatores que podem ditar o rumo dos ativos digitais nos próximos dias.

gettyimages-1337783883 Bitcoin inicia o mês pressionado pelas incertezas sobre a política monetária dos EUA
— Foto: Getty Images

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