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Tesouro Direto: atrelados à inflação foram os mais penalizados em outubro; qual papel comprar?

Tesouro Direto: atrelados à inflação foram os mais penalizados em outubro; qual papel comprar?

Tesouro Direto: atrelados à inflação foram os mais penalizados em outubro; qual papel comprar?

Tesouro Direto: atrelados à inflação foram os mais penalizados em outubro; qual papel comprar?

Entre sinais mistos no cenário doméstico e internacional, outubro foi um mês de consolidação e expectativa para o mercado de títulos públicos. Em seguida um período de poderoso volatilidade, os investidores voltaram a ajustar suas apostas à luz das novas leituras de inflação, atividade econômica e política monetária, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Ainda assim, o mês terminou com um tom mais fixo, embora com diferenças marcantes entre os prazos dos papéis.

No envolvente interno, a expectativa pela manutenção da Selic em 15% ao ano reforçou a percepção de que o ciclo de juros elevados ainda deve se estender. As recentes sinalizações do Banco Mediano indicam que a queda de inflação não é suficiente para antecipar cortes, o que levou o mercado a recalibrar as expectativas para 2026. Ao mesmo tempo, os dados de tarefa e de atividade reacenderam a discussão sobre uma política monetária restritiva por tanto tempo.

Segundo dados preliminares da Anbima, os títulos de pequeno prazo voltaram a se sobresair no mês, principalmente o Tesouro Selic, favorecido pelo envolvente de incerteza. Os prefixados de vencimento mais próximo também mostraram desempenho positivo. Já os papéis atrelados ao IPCA de prazo mais longo seguiram pressionados, refletindo a subida das taxas de mercado e a preferência dos investidores por menor duração.

Em resumo, outubro foi um mês de adaptação e de leitura cautelosa do cenário. O investidor manteve o foco em prazos curtos, enquanto os títulos longos ainda sentiram os efeitos de um mercado que, por ora, segue intrigado de uma viradela rápida na trajetória dos juros.

Pelo segundo mês ininterrupto, as principais perdas do mês ficaram com os títulos atrelados à inflação. Destaque para os papéis com vencimento em 2050, que amargam perdas de mais de 2,55% no mês.

Entre os prefixados, o mês ficou no positivo. Quem mais subiu foi o papel com vencimento em 2028, que ganhou 1,08%.

A marcação a mercado pode trazer muita volatilidade ao investimento em Tesouro Direto. Tanto para o lado do muito, ampliando seu retorno potencial, quanto para o lado negativo, abrindo espaço para prejuízos.

No entanto, essa oscilação só atinge os investidores que resgatam os investimentos antes do termo do prazo “combinado” com o governo. Se levar o título até o seu vencimento, o retorno acordado na hora da compra está guardado.

Qual título escolher em novembro?

Entre as opções do Tesouro Direto, o Tesouro Prefixado com vencimento em janeiro de 2028 vem ganhando destaque porquê aposta estratégica nas carteiras de investimento. O motivo é simples: oferece retorno supra de 13% ao ano, combinando bom rendimento com previsibilidade.

Segundo estudo do Itaú BBA, esse título cumpre três funções essenciais: garante liquidez, o que dá flexibilidade para movimentar os recursos; ajuda a suavizar oscilações mais intensas no desempenho da carteira; e entrega rentabilidade real, mantendo ganhos supra da inflação observada.

Já o Tesouro IPCA+ aparece porquê um complemento importante, principalmente para quem quer se proteger de eventuais choques inflacionários no médio prazo. Além dessa proteção, o papel indexado à inflação também oferece potencial de valorização quando o mercado volta a apostar na melhora da economia doméstica.

Por isso, os especialistas recomendam combinar os dois tipos de títulos. Quando as expectativas de inflação aumentam, os prefixados tendem a permanecer ainda mais atraentes, e o IPCA+ atua porquê um contrapeso defensivo.

No caso dos papéis indexados ao IPCA, a dica é priorizar vencimentos de até cinco anos, que hoje oferecem taxas reais muito competitivas.

Com uma economia aquecida e inflação sob controle, os juros reais seguem em níveis elevados, o que cria um envolvente favorável para quem procura boas oportunidades em renda fixa, tanto em papéis prefixados quanto atrelados à inflação.

gettyimages-498550719 Tesouro Direto: atrelados à inflação foram os mais penalizados em outubro; qual papel comprar?
espera — Foto: Getty Images

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