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Veja porquê investir com Selic mantida em 15% e incerteza sobre juros nos EUA

Veja porquê investir com Selic mantida em 15% e incerteza sobre juros nos EUA

Veja porquê investir com Selic mantida em 15% e incerteza sobre juros nos EUA

Veja porquê investir com Selic mantida em 15% e incerteza sobre juros nos EUA

A cada novidade reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mais próximo parece estar de um galanteio na taxa básica de juros, hoje esperado para o primeiro trimestre de 2026. Enquanto isso, os investidores aproveitam a renda fixa e ensaiam aumentar o ânimo com a bolsa brasileira.

O colegiado decidiu manter a Selic em 15% ao ano nesta quarta-feira (5). A decisão, amplamente esperada, confirma que o Banco Medial ainda prefere não mexer no tabuleiro enquanto os riscos fiscais e externos continuam em cena.

A expectativa é de que a taxa básica de juros encerre 2025 em 15% ao ano. De conformidade com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (3), a estimativa para o termo de 2026 seguiu em 12,25%, com o primeiro galanteio no primeiro trimestre do novo ano, entre janeiro e março.

Na semana passada, o Federalista Reserve (Fed, o banco mediano dos EUA) reduziu as taxas de juros pela segunda vez neste ano, para o pausa de 3,75% a 4%, seguindo o esperado. Mas o tom mais conservador adotado pelo presidente da autonomia em coletiva fez com que secção do mercado deixasse de sonhar com mais um galanteio na última reunião do ano, que acontecerá em dezembro.

Diante da queda dos juros americanos, a manutenção da Selic em patamar tão ressaltado mantém o Brasil porquê destaque mundial no quesito juros reais. Isso continua atraindo capital estrangeiro para ativos de renda fixa, mas também levanta a pergunta que todo investidor se faz: onde impor agora, com um galanteio no horizonte?

A resposta não é única. O cenário atual permite boas oportunidades, mas exige um olhar solícito sobre prazos e indexadores. Mesmo com a Selic paragem, as estratégias precisam de movimento, o que inclui também a renda variável. A recomendação universal é lastrar segurança e ousadia, combinando renda fixa de subida qualidade com exposições graduais em bolsa.

“No momento a renda fixa segue muito vantajosa, principalmente os papéis pós-fixados e os que acompanham a inflação, e para quem quer aproveitar algumas ações baratas na bolsa antes dos cortes da Selic, vale debutar a montar posição aos poucos”, recomenda o planejador financeiro com a certificação CFP e perito em investimentos, Jeff Patzlaff.

Com o renda brasílico no maior nível dos últimos 20 anos, os títulos pós-fixados continuam sendo a opção mais direta para quem quer aproveitar sem decorrer grandes riscos. Tesouro Selic e os Certificados de Repositório Bancário (CDBs) atrelados ao CDI ainda são os portos mais seguros nessa travessia.

“Por mais que a gente tenha essa expectativa de queda de juros, o mercado está projetando, seja em janeiro, seja em março, praticamente mais cinco ou seus meses com uma taxa de juros nesse patamar. Logo, eventualmente, deixar entre 40% e 50% da posição em pós-fixados é muito interessante, até porque o CDI ou a Selic são os indexadores que têm maior liquidez em confrontação ao IPCA ou às taxas prefixadas”, explica Nicolas Gass, encarregado da superfície de alocação de investimentos e sócio da GT Capital.

Já os títulos indexados à inflação, porquê Tesouro IPCA+, oferecem proteção suplementar contra eventuais oscilações de preços. São ideais para quem pensa no médio e longo prazo e não quer ver o poder de compra corroído. Os prefixados, por outro lado, exigem mais tato. Com a incerteza sobre quando começará o ciclo de cortes, travar uma taxa agora pode ser aventuroso.

“Se você trava uma taxa de 15% e a Selic tombar, você ganhará supra do mercado, mas há um risco, mesmo que improvável, de o Banco Medial aumentar a taxa. E os atrelados a inflação são o melhor investimento para o longo prazo. Por isso, nos dois casos, o indicado é sempre seguir as expectativas futuras para os juros”, afirma Gass.

Atualmente, os títulos públicos atrelados ao IPCA pagam ao investidor mais de 7% de renda real supra da inflação. Os prefixados têm retornos de muro de 13%. Ambos apresentam um risco maior e eventualmente causam perdas, caso sejam resgatados antes do termo do prazo de vencimento.

Quanto aos CDBs, o ideal é o investidor olhar com carinho para os de limitado prazo. “Tem títulos pagando 107% do CDI, ou seja, vai lucrar 7% a mais do que o CDI. E mesmo que cortem os juros no primórdio do ano que vem, as reduções não vão ser feitas aos montes. O investidor ainda vai ter um tempo para lucrar nesses ativos”, diz o diretor de estudo na Zero Markets Brasil, Marcos Rossio.

Se o roteiro dos economistas se desenrolar porquê o esperado, a renda fixa atrelada ao CDI ou à Selic deve perder um pouco do cintilação, finalmente, juros menores significam pagamentos mais magros. Já os títulos indexados à inflação podem roubar a cena: com a taxa básica em queda, esses papéis tendem a valorizar, principalmente para quem tiver paciência de esperar até o vencimento. E, entre os isentos de Imposto de Renda, caso das debêntures incentivadas, Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliários (LCIs), o retorno pode ser ainda melhor.

“Você consegue LCI e LCA pagando pouco mais de 10%, onde você garante 1% ao mês líquido (sem desconto do IR) por três anos. Se o investidor impor agora e os juros caírem no porvir, o valor desse título tende a subir no mercado”, conta Rossio.

Isso acontece porque, quando as taxas de juros caem, os títulos antigos que pagam juros maiores ficam mais valorizados, finalmente, eles rendem mais do que os novos. Logo, mesmo que o investidor resolva vender o título antes do vencimento, pode ultimar ganhando um lucro suplementar, já que ele tem em mãos um papel que paga mais do que o atual.

Bolsa: oportunidades em meio à cautela

Com a Selic mantida em 15%, o dispêndio do crédito continua cocuruto, o que ainda limita o fôlego de setores mais sensíveis da bolsa, porquê varejo e construção. Mesmo assim, a expectativa de juros em queda já gerou um otimismo entre os agentes porquê um todo.

Para os analistas, quando tiver mais simples quando os juros vão tombar, seja em janeiro, seja em março, a expectativa é de que haja um novo movimento de otimismo nos mercados, sobretudo para empresas com caixa robusto, boa geração de fluxo de caixa e pouca subordinação de financiamento. Setores porquê pujança, saneamento e bancos seguem entre os preferidos dos estrategistas.

“Se a gente olha para a dinâmica de renda variável, a gente vê que 2025 foi um ano super positivo para a bolsa, que bateu os 150 milénio pontos recentemente. Logo também faz sentido aumentar um pouquinho as posições antes do galanteio”, diz Gass.

O comentador da GT Capital orienta que o investidor comece a pensar no ano eleitoral desde já, que vai prometer bastante volatilidade. Para isso, deve procurar empresas que estejam preparadas caso o ciclo de baixa de juros seja postergado. Companhias que são robustas o suficiente para passar por uma crise.

“Quem tinha alocação de uma maneira diversificada, seja em multimercado, seja em fundos de ações, ou ações de indumentária, acabou surfando uma boa subida, uma boa recuperação dos ativos de risco antes da queda de juros prometida”, completa.

Mas o otimismo pode pegar o caminho oposto em um ano eleitoral. Para Rossio, se o risco estiver dentro do perfil do investidor, o momento também é de prestar atenção nos movimentos da bolsa. “Caso tenha uma queda nos juros no limitado prazo, a bolsa tende a subir mais ainda. É o momento de aproveitar muito a renda fixa e ir aos pouquinhos na renda variável.”

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— Foto: Getty Images

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