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Ouro segue possante, mas não sozinho: outros metais brilham em 2025. Vale investir?

Ouro segue possante, mas não sozinho: outros metais brilham em 2025. Vale investir?

Ouro segue possante, mas não sozinho: outros metais brilham em 2025. Vale investir?

Ouro segue possante, mas não sozinho: outros metais brilham em 2025. Vale investir?

O ouro vem registrando uma expressiva valorização em 2025, acumulando subida de mais de 2% somente em outubro e mais de 40% no ano. O movimento reflete uma combinação de fatores: compras crescentes do metal por bancos centrais, esgotamento dos títulos norte-americanos (Treasuries), intensificação dos riscos geopolíticos e procura por ativos de proteção e descorrelação nas carteiras. Mas, neste cenário, o ouro não brilha sozinho. Outros metais também registram subida no ano, sustentados por déficits estruturais de oferta — principalmente cobre, prata e platina.

Segmento dos fatores que impulsionam o ouro está ligada à demanda dos bancos centrais, que seguem indicando intenção de ampliar suas reservas do metal. Outrossim, nos últimos dois meses, a demanda por ETFs de ouro (Exchange Traded Funds, ou fundos negociados em bolsa) também aumentou. Esses fundos precisam manter lastro — ou seja, comprar contratos que representam o metal — o que aumenta a pressão sobre o preço.

Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, a atual valorização “muito expressiva em pouco tempo” e o vestimenta de o ouro ter o melhor desempenho entre classes de ativos não são movimentos típicos. Pelo contrário: segundo ela, o ouro costuma ter um papel mais estrutural do que tático nas carteiras: serve uma vez que proteção e ativo descorrelacionado, e não para conquistar grandes ganhos.

Na carteira dos investidores, o ouro é um investimento mútuo, que se move de forma independente do mercado de ações. Dissemelhante de ativos tradicionais, ele não gera fluxo de caixa, não paga dividendos e é difícil de calcular em termos de valor justo, o famoso “valuation”.

“Não chega a ser um bitcoin em termos de dificuldade, mas é um tipo de ativo que se movimenta por oferta e demanda”, explica a estrategista. “Isso torna mais difícil rastrear ou recomendar com base em fundamentos.

Ainda assim, Zogbi reforça que ter uma pequena exposição ao ouro faz sentido para quem procura proteção de carteira, sobretudo para investidores que têm ações na carteira. Para investidores arrojados, ela recomenda alocar até 5% do portfólio no metal. Já para perfis conservadores, o ouro não é indicado.

Outros metais em destaque

Neste cenário de subida, segundo a Nomad, outros metais ganharam espaço. A prata, por exemplo, vem ganhando protagonismo ao combinar o papel de ativo de refúgio com uso crescente em painéis solares e tecnologias verdes. O metal já avançou 57% do início de 2025 até o dia 5 deste mês.

O cobre, que já subiu murado de 21%, mantém sua posição uma vez que termômetro da economia global, pressionado pela demanda da eletrificação e por gargalos de produção.

a platina, que teve ganhos de 64% em 2025, se beneficia da substituição do paládio (que subiu 54%) em catalisadores automotivos e do progressão da economia do hidrogênio.

A geopolítica e os juros devem continuar reforçando o apelo pelo ouro. Zogbi comenta que a demanda deve continuar possante diante da incerteza das relações entre países e das guerras em curso, que elevam a procura por segurança.

Outrossim, a expectativa que o Federalista Reserve (o BC dos EUA) reduza os juros dos Estados Unidos pelo menos mais uma vez — independente se o golpe for em dezembro ou se permanecer para 2026 — diminui a atratividade dos Treasures e aumenta a tendência de procura por alternativos, uma vez que o ouro e ativos em outras moedas fortes (euro, iene, franco suíço). No entanto, todas essas economias também oferecem juros baixos, o que limita as opções.

Porém, Zogbi alerta para dois fatores de risco no limitado prazo:

  • O primeiro é o próprio preço do ouro: com a valorização recente, bancos centrais podem reduzir suas compras para manter o percentual de reservas desejado. Na prática, uma vez que o valor de mercado do ouro subiu muito, o peso do ativo nas carteiras oficiais também aumentou, o que exige rebalanceamento;
  • O segundo fator está na demanda por joias, que ainda responde por murado de 40% do consumo global do metal, diz Zogbi. Embora o segmento de luxo seja relativamente inelástico, ou seja, tem pouca sensibilidade ao preço, apesar de o consumo também tende a desacelerar quando os preços sobem demais.

Por outro lado, a oferta dos metais é difícil de expandir. A mineração é um processo lento e multíplice, o que favorece novas altas.

Outrossim, há também a relação inversa entre ouro e dólar. À medida que bancos centrais buscam reduzir a exposição à moeda norte-americana, aumentam suas posições em ouro. O incidente da guerra na Ucrânia reforçou essa tendência: os EUA usaram o dólar uma vez que utensílio política ao bloquear as reservas russas, o que acendeu um alerta nas autoridades monetárias de outros países.

Soma-se a isso o vestimenta de que a projeção para as commodities metálicas está mais ligada ao ciclo econômico que, no momento, a tendência é de um propagação menos depressa nas economias mundiais. Assim, metais com uso industrial mais intenso tendem a seguir o ritmo da economia, enquanto o ouro se mantém uma vez que refúgio.

“A tendência agora é de um propagação global mais lento”, diz Zogbi. “A China enfrenta dificuldades no setor imobiliário e de construção social, o que afeta metais uma vez que o aço. Nos Estados Unidos, também há sinais de desaceleração.”

Assim, a prata se assemelha ao ouro em seu papel de proteção, mas tem maior obediência do ciclo econômico, já que também é usada na indústria.

O metal deve seguir beneficiado pela transição energética e pela infraestrutura virente, enquanto o cobre deve se valorizar no longo prazo e a platina também, com aplicações crescentes em carros elétricos e movidos a hidrogênio.

Zogbi avalia que somente uma melhora significativa nas relações geopolíticas poderia frear a subida dos metais — cenário que, por enquanto, não é o mais provável.

Entre as principais formas de exposição, estão:

  • Mercado horizonte – que permite apostar na subida ou queda dos metais, mas é menos conseguível ao investidor pessoa física;
  • ETFs somente focados em ouro, prata ou platina, ou ainda ETFs de commodities metálicas, negociados em bolsas americanas;
  • Ações e ETFs de mineradoras – oferecem exposição indireta, via empresas do setor;
  • Compra física de ouro, que possui alguns adendos, uma vez que a liquidez, já que o tempo de transformar o ativo novamente em verba é mais difícil e há premência de um intermediário na negociação.

Os ETFs investem em metais fisicamente ou em certificados de metais, com exceção do ETF de cobre, que investe em futuros de cobre. Confira a lista dos ETFs no mercado americano:

  • Ouro: GLD, IAU, SGOL;
  • Prata: SLV, SIVR;
  • Cobre: CPER;
  • Platina: PPLT;
  • Paládio: PALL.
prata Ouro segue possante, mas não sozinho: outros metais brilham em 2025. Vale investir?
prata — Foto: Getty Images

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