Vantagem de Lula sobre adversários diminui. Entenda por que isso importa para o investidor
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a liderança em todos os cenários de 1º e 2º turnos, mas sua vantagem em relação aos adversários diminuiu, de contrato com pesquisa Genial/ Quaest divulgada nesta quinta-feira (13).
Lula tem entre 31% e 39% das intenções de voto, nos dez cenários de 1º vez testados na pesquisa. Entre os adversários, os nomes mais competitivos são o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); do deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP); do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Na pesquisa, foi testado pela primeira vez o nome de Renan Santos, um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL) e presidente do Missão, novo partido político que teve o registro validado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na semana passada.
Por que isso importa para o investidor?
Quando existem sinais de uma crescente desaprovação ao governo atual, o gosto por investimentos de risco pode permanecer maior no Brasil. Isso porque aumenta a expectativa de uma verosímil troca de governo e, na visão de muitos investidores, a manutenção da atual gestão pode valer menor comprometimento com a responsabilidade fiscal.
Ou por outra, há a percepção de que, com a popularidade em queda, o governo pode se sentir mais pressionado a adotar medidas de ajuste nas contas públicas, priorizando menos políticas de incitamento ou de caráter eleitoral. Por isso o mercado financeiro também acompanha de perto esse tipo de levantamento.
O que mais mostrou a pesquisa
O cenário mais inexorável do 1º vez é entre Lula e Bolsonaro, com uma diferença de cinco pontos entre eles. O presidente tem 32% das intenções de voto e o ex-presidente, 27%. Bolsonaro, no entanto, está inelegível até 2030, por duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e foi sentenciado pelo Supremo Tribunal Federalista por tentativa de golpe de Estado, podendo ser recluso até o termo do ano.
Eduardo Bolsonaro, rebento do ex-presidente, tem entre 15% e 27% das intenções de voto, dependendo do cenário de 1º vez. Dos seis testes com o nome de Eduardo, o menor percentual é registrado quando outros nomes da direita são incluídos também, porquê Ratinho Junior, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Já o melhor percentual aparece no cenário em que além Eduardo, somente Renan Santos (Missão) representa o campo conservador.
No cenário com Michelle Bolsonaro, Lula tem 31% das intenções de voto e a esposa de Bolsonaro, 18%.
Tarcísio de Freitas registra entre 16% e 21% das intenções de voto, nos três cenários testados com o nome dele. Em uma das simulações, Lula tem 35%, Tarcísio aparece com 16%, seguido por Ciro Gomes (PSDB) com 12%, Romeu Zema com 5% e Ronaldo Caiado com 4%. Em outra simulação, o presidente aparece com 38%, seguido por Tarcísio, com 20% e Eduardo Bolsonaro, com 18%. No outro cenário testado com o governador de São Paulo, Lula tem 39%, Tarcísio registra 21%, Caiado tem 7% e Renan Santos, 3%.
O governador do Paraná tem entre 7% e 18%,nos cenários simulados com o nome dele no 1º vez. O pior desempenho é na simulação em que também aparece Jair Bolsonaro. E o melhor é quando os candidatos da direita são Eduardo, com 22%, e ele, com 18%. Lula aparece com 36% nessa simulação.
Não é verosímil fazer comparações dos resultados de primeiro vez com as pesquisas anteriores por ter diferenças entre os cenários testados.
O levantamento ouviu 2.004 entrevistados entre a quinta-feira da semana passada (6) e domingo (9) e tem margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.
Em um eventual 2º vez, Lula aparece em empate técnico com Bolsonaro, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais da pesquisa. O presidente tem 42% e o ex-presidente, 39%. A vantagem de Lula sobre Bolsonaro era de 13 pontos em setembro, foi para dez em outubro e agora caiu para três pontos.
Em aos outros cenários de 2º vez, a vantagem de Lula também foi reduzida em relação a setembro e outubro, com o prolongamento dos adversários.
Na disputa contra Tarcísio, Ratinho Junior e Ciro Gomes, Lula tem uma diferença de cinco pontos em relação aos adversários. No cenário com Tarcísio, o presidente tem 41% e o governador de São Paulo, 36%. Lula aparece com 40% na simulação com Ratinho Junior, que tem 35%. Já na disputa contra Ciro, o presidente tem 38% e o candidato do PSDB, 33%.
Lula tem uma diferença de sete pontos, contra Zema e Caiado. O presidente registra 43% na disputa contra o governador de Minas, que tem 36%. Já no cenário com o governador de Goiás, Lula aparece com 42% e Caiado com 35%..
Contra Michelle, Lula tem vantagem de nove pontos. O presidente registra 44% e a ex-primeira-dama, 35%.
No cenário contra Eduardo Bolsonaro, a diferença em obséquio de Lula é de dez pontos. O presidente tem 43% e o deputado, 33%.
Na disputa contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), Lula venceria por uma diferença de 13 pontos, com 41% a 28%.
O cenário mais favorável para Lula é contra Renan Santos, com 17 pontos de vantagem. O presidente tem 42% e Renan, 25%.
O desempenho de Lula piorou também na pesquisa espontânea, em que o entrevistado diz em quem pretende votar sem ver a relação de nomes. O presidente ainda é o nome mais citado, mas o percentual caiu de 19%, em outubro, para 14%. O segundo nome mais citado continua sendo Jair Bolsonaro, que repetiu os 6% registrados nos dois levantamentos anteriores. Tarcísio, em terceiro, oscilou de 1% para 2%. O resultado que mais se destaca nessa modalidade ainda são os indecisos, que nesse mês chegaram a 72% (na presença de 69% há um mês).
Eduardo Bolsonaro é o nome mais rejeitado pelos entrevistados e 67% disseram que o conhecem e não votariam nele. Michelle tem a segunda maior repudiação, de 61%, seguida por Bolsonaro, com 60% e Ciro Gomes, com 57%. Lula é rejeitado por 53% e Tarcísio, por 40%. A repudiação de Ratinho Junior chega a 37%, Zema tem repudiação de 35% e Caiado, de 34%.
Lula e Bolsonaro nas urnas
O espeque a uma eventual candidatura de Bolsonaro à Presidência em 2026 aumentou. Em outubro, 76% achavam que o ex-presidente deveria desistir de tentar um novo procuração e estribar outro nome. Agora, caiu para 67%. Na rodada anterior da pesquisa, 18% opinaram pela manutenção da candidatura de Bolsonaro e agora esse grupo aumentou para 26% dos entrevistados.
A fatia do eleitorado que acha que o presidente Lula não deveria tentar um novo procuração em 2026 foi de 56% para 59%. Aqueles que defendem uma novidade candidatura foram de 42% para 38%.
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