Tesouro Direto: taxas têm ligeiro subida depois despencada da semana

A decisão de juros americano importa para o mercado brasílio por pretexto da atratividade da renda fixa dos Estados Unidos. Em caso de queda nos retornos por lá, a pressão pelos títulos públicos por cá diminui.

Ontem, o Tesouro colocou à venda 24 milhões de títulos prefixados e de 7,5 milhões da mesma modalidade, com pagamento de juros semestrais. Esse foi o maior leilão desde março em termos financeiros (se for integralmente absolvido pelo mercado) e, pelo risco medido, o maior desde dezembro de 2020.

Ao colocar um grande volume de papéis no mercado e conseguir demanda robusta, ou seja, vender tudo ou quase tudo com facilidade, o Tesouro sinaliza crédito e reduz a percepção de risco fiscal no pequeno prazo. Isso tende a tranquilizar a pressão sobre as taxas dos próprios títulos prefixados negociados no mercado secundário, que caem à medida que os preços sobem.

Assim, por volta das 12h09, a taxa dos atrelados ao IPCA com vencimento de agosto de 2029 despencava de 7,89%, do fechamento da véspera, para 7,68%. O renda do título para maio de 2050 cedia de 6,90% a 6,79%.

Assim uma vez que nos atrelados à inflação, as taxas prefixadas de pequeno prazo concentram o movimento de queda hoje, com os papéis com vencimento em 2028 despencando para 12,83%, em seu menor nível desde novembro do ano pretérito.