LiveBC #47: Pix 5 anos – a Inovação que Redefiniu o Quantia no Brasil
Novembro de 2020. Há cinco anos, os brasileiros viam nascer o Pix, um instrumento que transformaria a forma uma vez que fazemos nossas transações financeiras. De lá para cá, muita coisa mudou, e o serviço, criado pelo Banco Mediano (BC), se transformou em um dos principais meios de pagamento do país, além de vitrine do Brasil para o mundo.
Na LiveBC da última terça-feira (11/11), o Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Solução do BC, Renato Dias de Brito Gomes, comentou diversos aspectos sobre o limitado, mas já intenso, período de vida do Pix. Leia inferior alguns dos pontos principais do programa. Assista à LiveBC na íntegra cá.
Funcionalidades
Lançado em novembro de 2020, o Pix tinha duas opções inicialmente: transferências entre pessoas e pagamentos com QR Code. Nos anos seguintes, houve expansão de funcionalidades. Entre elas, chegaram Pix Cobrança, Pix Saque e Pix Troco e Pix Agendado. Mais recentemente, tivemos o Pix por Aproximação e o Pix Automático. Em breve, o BC irá lançar o Mecanismo Próprio de Reembolso (MED) 2.0.
O diretor do BC explicou em detalhes o funcionamento do Pix por Aproximação e do Pix Automático.
“O Pix por Aproximação já pode ser feito essencialmente por meio de todos os credenciadores [uma instituição regulada que habilita estabelecimentos comerciais a aceitar pagamentos com cartões] de maior volume. Até o momento, ele pode ser utilizado por quem usa um celular Android, seja por meio de uma carteira do dedo ou do aplicativo do banco do usuário. Ele está funcionando muito muito e tende a continuar crescendo, pois é uma selecção muito confortável e muito barata para os lojistas", disse Renato Dias de Brito Gomes, Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Solução do BC.
O cenário também é positivo para o Pix Automático, disse Renato Gomes: “Ele é a solução do débito automático trazida para o Pix. Qualquer participante do Pix pode oferecer esse resultado às pessoas jurídicas, não importa onde esteja a conta do pagador. Não é mais necessário conta em vários bancos, uma vez que acontecia no sistema convencional de débito automático”, explicou.
Ainda segundo o diretor, o Pix Automático gerou muita competição no sistema bancário, porque o débito automático deixou de ser uma regalia de alguns bancos, e fomentou muita competição na economia real também, porque antigamente unicamente empresas grandes [concessionárias de energia elétrica e cadeias de varejo] podiam fazer convênios para receber por débito automático. “Esse é um resultado que trouxe muita praticidade para as empresas e gerou concorrência em vários mercados”, afirmou.
Gomes também destacou a parceria do Pix com o Open Finance: “Durante esta trajetória, houve uma grande integração com o Open Finance, materializado, de forma mais explícita, na possibilidade de se iniciar pagamentos do Pix via Open Finance, o que tem dinamizados muito o negócio eletrônico em universal”.
Números superlativos
Os números relativos ao Pix são impressionantes, uma vez que frisou o diretor: “O desenvolvimento é notável. Em 2021, tivemos 9,4 bilhões de transações no Pix com muro de R$5 trilhões movimentados. Ano pretérito, foram 63 bilhões de transações e R$26,4 trilhões movimentados. Para se ter uma teoria, o Resultado Interno Bruto (PIB) do Brasil, em 2024, foi de aproximadamente R$11 trilhões. Isso equivale a 2,5 PIBs movimentados via Pix. É um volume fantástico”.
De convenção com ele, a velocidade da adoção tão massiva do Pix realmente surpreendeu: “Acho que isso aconteceu porque o Pix permitiu novos modelos de negócios, que as pessoas empreendessem de maneiras que antes não estavam no radar. Houve uma dinamização de uma série de atividades, o que fez com que a velocidade de adoção fosse maior do que a esperada”.
Hoje, são quase 170 milhões de pessoas usando o Pix no Brasil: “É essencialmente quase todo adulto no país. E já chegamos a mais de 20 milhões de empresas [utilizando o serviço]”, disse do diretor.
Troca
Para Gomes, o meio de pagamento que mais foi substituído pelo Pix foi o quantia em espécie, o que, na sua opinião, foi bom para todos os atores envolvidos no sistema de pagamento no Brasil.
“A logística de distribuição do quantia é muito custosa, não unicamente para o tipo, que tinha que ter sempre quantia físico consigo, ir ao caixa automático, mas para os bancos também, que tinham custos com carros-fortes e distribuição”, relembrou.
O número de saques em caixa automático no terceiro trimestre de 2020 foi de R$1 bilhão. No terceiro trimestre de 2024, esse número foi de R$660 milhões, uma redução de 35%: “Isso torna a vida de todo mundo muito mais fácil”.
Inclusão financeira
Gomes lembrou que o Pix incluiu milhares de pessoas no sistema financeiro: “Muita gente não usava as contas que tinha. Ou unicamente recebia o salário, sacava tudo e só utilizava quantia. Depois do Pix, as pessoas perceberam a conveniência de se remunerar as contas pelo celular e mudaram esse comportamento, passando, de indumentária, a usar suas contas”, disse.
De convenção com ele, isso permitiu às instituições oferecer seguros, investimentos, crédito e vários outros serviços a essa parcela da população: “O Pix acabou sendo também uma grande oportunidade para as instituições financeiras”, afirmou.
O diretor exemplificou a inclusão financeira proporcionada pelo Pix tendo uma vez que base o número de usuários ativos, quem realizou um pagamento do dedo e/ou uma operação de crédito nos últimos três meses, no Sistema Financeiro Vernáculo (SFN).
“Entre junho de 2018 e dezembro de 2023, para pessoas físicas, passamos de 77 milhões de usuários ativos para 152 milhões. Para pessoa jurídica, que inclui microempreendedor individual (MEI), o número passou de 3,5 milhões para quase 12 milhões. Esse é o volume de inclusão financeira que o Pix trouxe” afirmou.
Gomes explicou que esse desenvolvimento do número de usuários ativos no SFN foi bastante concentrado nas fintechs, que viram um aumento de seus usuários ativos de aproximadamente 5.000%. Nos bancos, esse desenvolvimento, segundo ele, também foi grande, da ordem de 80%.
O diretor lembrou ainda que o Pix contribuiu para a redução de tarifas no sistema financeiro, incentivou a formalização, reduziu a inadimplência, facilitou a emissão de nota fiscal e o recolhimento de tributos e proporcionou custos menores às pessoas jurídicas: “Houve um tremendo fomento à digitalização do varejo, um fomento à formalização”.
“Cidadania econômica”
“O Pix, por ser essa infraestrutura pública, que dá paridade de condições a todos os participantes do Sistema de Pagamentos Brasiliano (SPB), permite ao país dar um salto de eficiência. A gente passa a se comportar de uma maneira muito menos custosa e muito mais inclusiva no que se refere a pagamentos depois do Pix”, destacou.
Para ele, o Pix tornou-se uma utensílio de “cidadania econômica”, por trazer “todo mundo” para dentro do sistema financeiro: “O Pix tem sido uma trajetória de muito sucesso, de muita entrega para a população”.
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