Ibovespa sobe 1,70% e bate recorde com subida generalizada e bom humor no mercado
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O Ibovespa registrou subida de 1,70%, aos 158.554 pontos, novo recorde histórico de fechamento nominal do principal índice da bolsa de valores. O embalo foi provocado pelo maior gosto por risco no exterior e bom humor no mercado em bolsas globais. Por cá, a leitura de investidores é de que o início do ciclo de queda da Selic está mais próximo, apesar de o IPCA-15 de novembro ter vindo ligeiramente supra do esperado. Nos Estados Unidos, agentes do mercado financeiro estão mais otimistas com um novo galanteio de juros americanos pelo BC dos EUA, o Federalista Reserve (Fed).
O caminho do Ibovespa rumo à estreia nos 158 milénio pontos foi sustentado em segmento pela firme subida de blue chips (ações de maior liquidez) uma vez que Vale (VALE3), cujos papéis subiram 1,49%. Ou por outra, os grandes bancos registraram fortes altas: os bancões foram liderados pelas ações preferenciais do Bradesco (BBDC4; com recta de preferência a dividendos), sob subida de 3%. Os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4) registraram ganhos de 2,36%.
O investidor reforçou a aposta de que a combinação de inflação em desaceleração e expectativa de início de galanteio de juros, cá e nos EUA, abre espaço para reprecificação de ativos de risco. Assim, o clima é de calma na sessão.
Segundo Otávio Araújo, consultor sênior da Zero Markets Brasil, a subida é relativamente espalhada, com setores cíclicos domésticos e empresas de commodities andando juntos, o que reforça a percepção de um rali mais estrutural de bolsa neste término de ano, embalado por revisão de cenário de inflação, consolação nas curvas de juros futuros e um exterior mais construtivo para emergentes.
Ao término do pregão, a maioria (62) das 82 ações do Ibovespa fecharam no campo positivo, segundo dados do Valor One.
Inflação no teto da meta
A prévia da inflação solene mostrou subida de 0,20% em novembro, supra da mediana das projeções, mas com desaceleração no amontoado em 12 meses, de 4,94% para 4,50%, segundo o IBGE.
O indicador encostou no teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Meão, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para insignificante. Em 2025 até novembro, a inflação acumulada é de 4,15%.
A leitura do IPCA-15 ganhou ainda mais relevância depois de declarações recentes do diretor de Política Monetária do Banco Meão, Nilton David, de que a próxima modificação na taxa básica de juros será de redução. “A questão é só quando”, afirmou.
Para Claudia Mulato, economista do C6 Bank, os dados do IPCA-15 não mudam a projeção de que a taxa Selic deve ser mantida em 15% na última reunião do Copom, em 10 de dezembro. “Acreditamos que o ciclo de cortes começará somente em março do ano que vem, com os juros terminando 2026 em 13%”, afirma.
Sara Paixão, comentador de macroeconomia da InvestSmart XP, também acredita que o BC deve adotar uma postura mais dura no próximo encontro do comitê. “Vemos espaço para galanteio de juros somente no próximo ano”, avalia.
No exterior, os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estados Unidos somaram 216 milénio na semana encerrada em 22 de novembro, segundo o Departamento do Trabalho. O número veio aquém da leitura revisada da semana anterior, de 222 milénio, e também aquém do consenso de 225 milénio pedidos.
Os dados reforçam a leitura de um mercado de trabalho ainda resiliente, mas sem sinais de aceleração, o que mantém abertas as apostas de galanteio de juros pelo Fed nos próximos meses.
Ainda no exterior, o Livro Bege, divulgado pelo Fed nesta quarta, mostrou que o consumidor de baixa e média renda nos Estados Unidos está com bolso mais apertado para compras. Ao mesmo tempo, houve aumento no número de demissões em graduação no país, enquanto mais empresas começaram a enregelar novas contratações entre outubro e novembro.
Ontem, as bolsas de Novidade York fecharam em subida em meio às especulações sobre a sucessão no comando do Fed. Rumores apontam que Kevin Hassett, mentor econômico da Vivenda Branca, seria o nome mais cotado para substituir Jerome Powell.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou à CNBC que o presidente Donald Trump pode anunciar o novo presidente do banco meão antes do Natal. Embalados por essa perspectiva, os futuros dos índices americanos operam em potente subida nesta manhã.
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