ASA vê crédito privado porquê laranja espremida e reduz exposição à bolsa posteriormente rali
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A máxima de “comprar ao som dos canhões e vender ao som dos violinos” dita o ritmo da alocação do ASA neste término de 2025. Nas últimas semanas, com a melhora dos humores do mercado, a mansão decidiu tirar o pé do acelerador.
Na renda fixa, a instituição não vê razões para decorrer riscos no crédito privado, que a equipe considera uma “laranja já espremida” (no sentido de estar muito explorado) com retornos altos com títulos do Tesouro IPCA+.
- O mercado de crédito privado no Brasil viveu um boom em 2024, mas os spreads (a diferença das taxas desses títulos para títulos equivalentes no Tesouro) caíram demais com a enxurrada de verba (demanda) nesse mercado.
Para a equipe, a laranja já foi espremida, ou seja, há menos oportunidades nesse mercado, o que deve exigir mais seletividade.
“Achamos que as questões [macro] podem se resolver, mas ainda vemos nuvens no horizonte. Por isso, reduzimos um pouco o risco [da carteira] recentemente e colocamos lucro no bolso. Ficamos mais cautelosos, embora ainda construtivos”, detalhou Charles Ferraz, responsável global de investimentos do ASA.
- Já na bolsa americana, a avaliação de Ferraz é que os investidores mudaram a chave para o otimismo muito rápido, agindo porquê se os problemas macroeconômicos estivessem resolvidos.
Embora com exposição menor a ações, a alocação em bolsa brasileira ainda é sustentada por uma visão tática.
Neste sentido, ressalta que o investidor estrangeiro (o maior comprador de bolsa brasileira atualmente) ainda está com o posicionamento cá aquém das posições no S&P 500 – no jargão do mercado financeiro: está underweight em Brasil.
Mas a elevação dos múltiplos em Novidade York espalhou a percepção de que as bolsas americanas estão caras, engatilhando uma procura por retornos mundo afora que pode beneficiar o mercado brasílio.
Essa rotação de portfólio global em procura de ativos mais baratos impulsiona em peculiar o fluxo de recursos para bolsas emergentes. “Se o estrangeiro resolver aumentar minimamente a exposição cá, de 1% para 1,2%, isso gera um movimento comprador muito poderoso para os nossos ativos”, acrescenta.
A decisão veio de uma tática de elevação dos riscos no portfólio do ASA, que viu uma janela de ganhos quando ruídos fiscais afetaram o mercado entre julho e agosto.
“Naquele momento, diminuímos nossa alocação em títulos pós-fixados e aumentamos em NTN-B (Tesouro IPCA+), em fundos multimercados e na bolsa diretamente. Aproveitamos que os prêmios de risco abriram [aumentou a diferença entre os retornos desses ativos em relação ao Tesouro Selic] muito naquele momento de incerteza”, explicou Rogério Freitas, responsável por investimentos no ASA.
- Para o investidor que procura calibrar a carteira para 2026, o ASA deu sinais claros de que mantém os fundos multimercados, a bolsa e os títulos do Tesouro atrelados ao IPCA entre suas preferências.
Os fundos multimercados são a classe favorita da instituição financeira no momento pela capacidade de gerar ganhos descorrelacionados dos movimentos dos mercados. Quer proferir, são veículos que conseguem extrair retornos nos mercados de juros, moedas e com diferentes estratégias nas bolsas ao mesmo tempo.
Já as NTN-Bs e as ações continuam na carteira porque se contrabalanceiam num momento em que ambas as classes estão com retornos elevados.
A primeira, protege a carteira contra a inflação, já a segunda deve surfar novas ondas com a queda de juros futuros adiante.
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