PIB desacelera e cresce 0,1% no 3º tri: uma vez que oferecido pode mexer com dólar, juros e bolsa?
O Resultado Interno Bruto (PIB) brasiliano, indicador mais importante de prolongamento da economia, subiu 0,1% no terceiro trimestre de 2025, segundo o Instituto Brasílico de Greografia e Estatística (IBGE).
A economia mostrou, portanto, uma desaceleração em relação ao segundo trimestre do ano, quando registrou prolongamento de 0,3% (o número foi revisado de 0,4% para 0,3%). Já no primeiro trimestre, o prolongamento foi de 1,4%.
O número veio inferior da expectativa mediana das 70 instituições ouvidas pelo Valor Data, que apontava para um prolongamento de 0,2% no trimestre.
Na conferência anual, o PIB cresceu 1,8% no terceiro trimstre frente ao mesmo período de 2024. Nos 12 meses até agora, a subida foi de 2,7%. O PIB totalizou R$ 3,2 trilhões no terceiro trimestre de 2025.
Segundo o IBGE, pela ótica da produção, houve resultados positivos na Agropecuária (que cresceu 0,4%) e na Indústria (que subiu 0,8%). Já o setor dos Serviços teve subida de 0,1% e, de conciliação com a entidade, não mostrou variação significativa.
No que o mercado está de olho?
O PIB é o principal indicador da atividade econômica do país. Assim, ele mostra o quão potente está a economia e, consequentemente, o quanto há de pressão inflacionária no cenário atual.
Portanto, uma desaceleração do PIB significa que a economia está menos aquecida. Isso indica que há espaço para que o Banco Medial volte a trinchar os juros.
Dados recentes de inflação, inclusive, também mostram esse desaquecimento. O Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Vasto (IPCA) subiu 0,09% em outubro e alcançou a menor taxa para o mês desde 1998, quando atingiu 0,02%.
Ainda assim, a maior secção das apostas do mercado é de que um galanteio na Selic só aconteça no ano que vem. De todo modo, a expectativa dos investidores é de que na reunião da próxima semana o Banco Medial traga um expedido mais lento, sem sinalizar que os juros devem permanecer altos por muito tempo.
Uma vez que o PIB impacta o meu bolso e a bolsa?
Uma vez que uma atividade mais fraca pode incentivar que o Banco Medial galanteio os juros, ainda que não agora, a rentabilidade dos ativos de renda fixa também pode tombar. Por fim, muitos deles têm seus rendimentos atrelados à Selic.
Por outro lado, se a renda fixa perde atratividade, é provável esperar que a bolsa ganhe. Primeiro porque, com juros menores, o crédito fica mais barato e as empresas podem investir e crescer, movimentando a economia, o que favorece companhias que dependem de investimentos e consumo. Aliás, os investidores podem voltar a se malparar no mercado acionário a término de conseguir ganhos maiores.
E ainda existe um ponto que pode jogar em prol do mercado brasiliano: a expectativa é de que os Estados Unidos também continuem cortando os juros. Assim, investidores estrangeiros podem buscar oportunidades escondidas em outros mercados, uma vez que os emergentes. Assim, com mais dólares entrando cá, a moeda norte-americana cai frente ao real.
Portanto, um PIB menos aquecido pode valer:
- Juros menores em breve
- Mais atratividade para a bolsa
- Mais estrangeiros chegando e, portanto, dólar menor
A “pedra no meio do caminho”, no entanto, continua sendo a questão fiscal. O governo até anunciou medidas para tentar lastrar suas contas e o Orçamento de 2026 segue em discussão no Congresso. Ainda assim,as contas públicas ainda estão longe de estarem saudáveis, na visão do mercado. E esse desequilíbrio pode alongar investidores.
No término, resta escoltar uma vez que uma economia mais fraca vai repercutir no dia a dia e no mercado. Por um lado, a expectativa de juros menores pode animar tanto consumidores quanto investidores. Por outro, sinais de desaquecimento podem conflagrar alertas em áreas essenciais, uma vez que ofício e renda, que têm impacto direto no bolso da população.
Na Indústria, a subida de 0,8% foi explicada pelo desempenho positivo das Indústrias de Extrativas (que cresceram 1,7%), da Construção (com subida de 1,3%) e nas Indústrias de Transformação (que subiu 0,3%). Já a atividade de Eletricidade e gás, chuva, esgoto, atividades de gestão de resíduos caiu 1,0%.
Nos Serviços, cresceram: Transporte, armazenagem e correio (subida de 2,7%), Informação e informação (progressão de 1,5%), Atividades imobiliárias (que subiu 0,8%), Transacção (que avançou 0,4%), Governo, resguardo, saúde e ensino públicas e seguridade social (com subida de 0,4%) e Outras atividades de serviços (com progressão de 0,2%). Por outro lado, asc Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados caíram 1,0%.
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias teve variação positiva de 0,1%, a Despesa de Consumo do Governo cresceu 1,3% e a Formação Bruta de Capital Fixo obteve subida de 0,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No setor extrínseco, houve progressão nas Exportações de Bens e Serviços (que subiram 3,3%) e nas Importações de Bens e Serviços (que avançaram 0,3%) em relação ao segundo trimestre de 2025.
Frente a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 1,8% no terceiro trimestre de 2025. A subida do Valor Adicionado a preços básicos foi de 1,9% e dos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios foi de 1,4%. A Agropecuária cresceu 10,1% na base anual.
A Indústria teve subida de 1,7%. Entre suas atividades, as Indústrias extrativas apresentaram o melhor resultado no volume do valor adicionado (subida de 11,9%), por conta do aumento da extração de petróleo e gás. A Construção também cresceu (2,0%), desempenho evidenciado pelo aumento da ocupação e da tamanho salarial real.
Por outro lado, houve queda nas Indústrias de transformação (que recuou 0,6%), principalmente pela retração na fabricação de coque e derivados de petróleo; produtos de metal, bebidas e produtos de madeira. Já a Eletricidade e gás, chuva, esgoto, atividades de gestão de resíduos caiu 1,0%, influenciada pelas bandeiras tarifárias que se mantiveram vermelhas por todo o trimestre.
O valor adicionado de Serviços avançou 1,3% diante de o mesmo período de 2024, com resultados positivos em Informação e informação (5,3%), Transporte, armazenagem e correio (4,2%), Atividades imobiliárias (2,0%), Outras atividades de serviços (1,1%), Transacção (0,9%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%) e Governo, resguardo, saúde e ensino públicas e seguridade social (0,3%).
A Despesa de Consumo das Famílias subiu pela 18ª vez, com subida de 0,4%. O progressão foi reforçado pelos aumentos da tamanho salarial real, das transferências governamentais de renda e do crédito para as famílias. Já a Despesa de Consumo do Governo cresceu 1,8%.
A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 2,3% no terceiro trimestre de 2025, com as altas na Construção, na importação de bens de capital e no desenvolvimento de software, apesar da queda na produção de bens de capital.
No setor extrínseco, as Exportações de Bens e Serviços subiu 7,2% e as Importações de Bens e Serviços avançou 2,2%. Entre as exportações, os melhores resultados foram da extração de petróleo e gás; veículos automotores; agropecuária; e celulose. Nas importações, os destaques foram: extração de minerais não-metálicos; produtos químicos; outros equipamentos de transportes; e máquinas e equipamentos.
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