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Juros do empréstimo pessoal atingem maior nível em quase três décadas

Juros do empréstimo pessoal atingem maior nível em quase três décadas

Juros do empréstimo pessoal atingem maior nível em quase três décadas

Juros do empréstimo pessoal atingem maior nível em quase três décadas

Levantamento do Procon-SP aponta que os juros do empréstimo pessoal atingiram em 2025 o maior nível da série histórica iniciada em 1997, em um cenário marcado pela taxa básica — a Selic — elevada e por fortes diferenças entre as instituições financeiras.

Segundo a entidade, a taxa média anualizada dessa modalidade chegou a 8,13%, refletindo tanto o ciclo de aperto monetário quanto mudanças estruturais no mercado de crédito.

Em dezembro, considerando contratos de 12 parcelas, a taxa média mensal alcançou 8,35% ao mês. Em 2024, a média foi de 7,91%.

Para o Procon-SP, o movimento também está relacionado ao redirecionamento do crédito depois a limitação dos juros do cheque próprio, imposta pelo Banco Meão em 2019, o que acabou pressionando os custos do empréstimo pessoal.

O estudo labareda atenção para a ampla disparidade entre bancos. Enquanto a taxa média mensal do Banco do Brasil ficou em 6,58%, a do Santander chegou a 9,99%, uma diferença superior a 51%. “As taxas de juros continuam altas e apresentam grandes diferenças entre as instituições, principalmente no empréstimo pessoal”, destacam os especialistas do Procon-SP.

No cheque próprio, por sua vez, os juros permaneceram praticamente estáveis em 2025. A taxa média foi de 7,97% ao mês, muito próxima à de 2024, com todas as instituições encerrando o ano no teto permitido pelo Banco Meão, de 8% ao mês para pessoas físicas.

O Procon-SP ressalta que o comportamento dos juros ao longo do ano esteve diretamente ligado à política monetária. Em 2025, o Copom elevou a Selic de 12,25% para 15%, em resposta a expectativas de inflação supra da meta, câmbio pressionado, mercado de trabalho aquecido e riscos fiscais e externos.

Além da taxa básica, custos operacionais, trouxa tributária, inadimplência e margens de lucro — que compõem o spread bancário — seguem pesando sobre o crédito ao consumidor.

Diante desse cenário, o órgão orienta que o consumidor tenha cautela ao recorrer a empréstimos, compare as condições oferecidas pelas instituições e utilize o crédito exclusivamente em situações de real premência, porquê forma de evitar o endividamento excessivo.

Comparativo da taxa de juros do empréstimo pessoal – 2025

Bancos Taxa média anual
Banco do Brasil 6,58%
Bradesco 8,79%
Caixa 6,70%
Itaú 9,49%
Safra 7,25%
Santander 9,99%

gettyimages-1323554443 Juros do empréstimo pessoal atingem maior nível em quase três décadas
— Foto: Getty Images

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