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Orçamento no Brasil, operação da PF e juros maiores no Japão mexem com a bolsa

Orçamento no Brasil, operação da PF e juros maiores no Japão mexem com a bolsa

A semana se encerra com o mercado repercutindo o aumento de juros no Japão enquanto aguarda os dados do sentimento do consumidor nos Estados Unidos. Por cá, o Congresso vota o Orçamento de 2026, o que pode mexer com a bolsa, já que a questão fiscal continua sendo uma das principais preocupações do mercado financeiro. De quebra, os investidores ainda ficam de olho na operação da Polícia Federalista que apura desvios de verbas públicas

O Congresso vota hoje o Orçamento de 2026. O mercado acompanha a decisão porque a situação fiscal pesa nas expectativas dos investidores. Enfim, contas públicas equilibradas tendem a atrair capital, sobretudo estrangeiro. Já a fragilidade fiscal afasta recursos, pressiona o dólar e pode derrubar a bolsa.

Ontem (18), o ministro da Quinta, Fernando Haddad, disse que medidas fora do Orçamento podem elogiar a arrecadação em 2026. Segundo ele, a equipe ainda não calculou o impacto do projeto contra o devedor contumaz, mas o valor pode gratificar perdas de receita. A Quinta mira R$ 30 bilhões com o namoro de benefícios fiscais e o aumento de tributos sobre JCP, apostas e fintechs. No Congresso, a estimativa é menor, de R$ 22,4 bilhões.

O cenário fiscal de 2026 é mais difícil. A LDO prevê superávit de 0,25% do PIB, o equivalente a R$ 34,3 bilhões. Pelo tórax fiscal, a meta será cumprida caso o governo atinja déficit zero.

O mercado ainda segue atilado à operação deflagrada pela Polícia Federalista nesta sexta-feira (19), que apura o ramal de recursos públicos de cotas parlamentares. A ação envolve mandados de procura e inquietação contra os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, do PL, no Região Federalista e no Rio de Janeiro. Segundo a PF, o esquema teria exposto com a atuação coordenada de agentes políticos, servidores e particulares para desviar e ocultar verba pública, o que pode aumentar a incerteza no pregão.

A operação ocorre em um momento em que o mercado já tem sido afetado pelo cenário eleitoral, o que pode lucrar contornos maiores agora.

É importante lembrar que, recentemente, sinais de maior aprovação ao governo atual têm aumentado a volalitidade e acendido um alerta nos investidores.Isso porque diminui a expectativa de uma provável troca de governo e, na visão de muitos investidores, a manutenção da atual gestão pode valer menor comprometimento com a responsabilidade fiscal.

Posteriormente uma pausa de quase um ano, o Banco do Japão (BoJ) voltou a apoucar sua política monetária na madrugada desta sexta-feira (19). A poder monetária elevou sua meta para a taxa básica de juros de 0,5% para 0,75% ao ano. Com esse aumento, o primeiro do Banco do Japão desde janeiro, os custos de empréstimo sobem ao maior nível desde 1995.

Essa subida dos juros no Japão (assim uma vez que acontece em outros países desenvolvidos) pode afetar o Brasil ao reduzir o fluxo de capital para mercados emergentes. Com rendimentos maiores em economias consideradas mais seguras, investidores podem reduzir suas posições em países considerados mais arriscados, o que pode pressionar o câmbio e elogiar o dólar.

Nos EUA, às 12h de Brasília será divulgado o sentimento do consumidor. Porquê o mercado segue atilado aos próximos passos do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano norte-americano), que ainda não sinalizou com perspicuidade o rumo dos juros, dados que indiquem o quão aquecida está a economia são acompanhados com atenção.

Os investidores apostam em novos cortes de juros por lá, já que alguns indicadores apontam desaceleração da atividade. Ainda assim, o cenário segue incerto, o que mantém os mercados em cautela.

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