Desafios financeiros nas redes sociais ajudam brasileiros a poupar e fechar 2025 no azul
Em um ano em que a febre entre os aplicativos foi o Gym Rats (ratos de ateneu, na tradução literal), que usa da competição em grupo para impulsionar o aumento nos treinos, os desafios voltaram a fazer segmento da rotina dos brasileiros para impulsionar também outros planos, uma vez que os financeiros. Eles ajudaram a poupar mais e até a dar um gás ainda maior nos investimentos de 2025.
A educadora financeira Pamela Margarida foi uma das que utilizou o Instagram para motivar os seguidores — majoritariamente empreendedoras — a guardarem quantia por meio de um duelo de 48 depósitos semanais, com a meta de juntar R$ 10 milénio.
A teoria surgiu depois que ela própria realizou uma viagem em janeiro deste ano e recebeu muitas perguntas sobre a organização financeira para isso. Enquanto quem é CLT recebe 13º salário no termo de ano e possui recta às férias remuneradas, o empreendedor, para ter essa folga, precisa de um planejamento financeiro para arcar com essas despesas.
“Não ter 13º implica não conseguir viajar em janeiro e ter um final de ano menos festivo por falta de recurso financeiro. Sempre que eu mostrava a viagem, as pessoas ficavam me perguntando uma vez que que eu me programei para ir, uma vez que tive quantia. As pessoas falavam que é o sonho delas, porque o meu público tem um recorte social: a maioria das empreendedoras são mulheres de baixa renda, que faturam pouco. Essas pessoas também querem realizar sonhos, e a viagem é um deles.”
Os depósitos semanais foram divididos justamente pensando em um público que lida com entradas e saídas semanais de caixa. Margarida estabeleceu uma tábua com 48 valores crescentes, variando de R$ 8 a mais de R$ 400.
O duelo era maleável e apropriado à veras de cada participante: as empreendedoras deveriam explorar o movimento de caixa da semana e selecionar o valor que poderiam zelar dentro das opções disponíveis, sem seguir uma sequência obrigatória. Essa abordagem levou em conta as semanas de maior e menor faturamento e o papel dela era de “pastorear”, incentivando o grupo semanalmente.
Segundo ela, a repercussão do projeto foi tão boa que as participantes viraram multiplicadoras. Por outro lado, também houve quem, ao longo do duelo, foi desanimando por não conseguir satisfazer à risca. Nesse cenário, ela criou uma espécie de repescagem e ampliou o prazo do termo do duelo para janeiro, ressaltando que o importante era a perenidade.
“Eu fiz vários conteúdos nesse sentido. ‘Se você pulou uma semana ou ficou três sem fazer, volte’. Eu também tive que ‘reformatar’ o duelo já que nem todas conseguiram finalizar em dezembro.”Ela explica que mesmo quem não atingiu a meta de R$ 10 milénio conseguiu formar uma suplente que nunca havia tido antes.
Nahra Borges, servidora pública, também resolveu gerar um duelo com colegas de todo o Brasil que participavam de um outro grupo de Whatsapp de mulheres investidoras. A teoria era que cada uma, mensalmente, preenchesse uma lista com a meta mensal. Antes disso, ela conta que fez um questionário inicial para entender para qual objetivo cada uma estava poupando, “de forma que a integrante do duelo conseguisse refletir sobre a meta”.
De janeiro a dezembro, as participantes do “Bora Investir 2025” iam atualizando a lista no início do mês (com a meta a ser cumprida) e no termo do mês (com o comprovante de investimento). Não haviam metas fechadas e os investimentos dependiam do perfil de cada uma, além das condições do que foi verosímil poupar no mês. Nas atualizações, cada uma apontava quanto guardaria, para que tipo de investimento e algumas detalhavam até o intuito daquele quantia: seja repor a suplente de emergência, encetar uma previdência privada ou aumentar os investimentos em ações.
“A meta ocasião veio para não deixar ninguém de fora e para que as pessoas não pensem que para investir, precisa de muito quantia. Algumas pessoas colocavam metas muito altas e não conseguiam satisfazer, e eu comentava: às vezes é melhor uma meta menor que você consiga satisfazer, do que uma meta muito grande que você não vai conseguir obter e vai te gerar um sentimento de frustração.”
Borges complementa que o objetivo é mostrar a preço da tenacidade e que “independente do valor, o importante é encetar e ver aquele montante se transformando naquela meta.”
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