Pagou as dívidas e o 13º salário ainda sobrou? Saiba onde investir
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A última parcela do 13º salário deve ser depositada hoje na conta de tapume de 95 milhões de trabalhadores e, somada à primeira parcela, vai injetar R$ 370 bilhões na economia brasileira leste ano, segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Para quem conseguiu manter as contas em dia, não caiu na tentação de gastar tudo com presentes de Natal e está com secção do quantia sobrando, o momento pode ser uma boa oportunidade para dar passos mais estruturados na organização financeira: investir.
Com a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 15% ao ano e a sinalização do Banco Meão de que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado, o cenário favorece aplicações conservadoras. “É um dos momentos mais desafiadores e, paradoxalmente, mais oportunos dos últimos 20 anos para quem investe em renda fixa”, afirma o educador financeiro Everton Barros.
A seguir, ele aponta caminhos possíveis para diferentes situações financeiras.
Sem dívidas, mas ainda sem suplente de emergência
Para quem não tem dívidas, mas também não construiu uma suplente de emergência, a recomendação é priorizar liquidez e segurança. Segundo Barros, o ideal é formar um colchão equivalente a três a seis meses de despesas mensais antes de buscar alternativas mais sofisticadas.
Nesse caso, Tesouro Selic e CDBs com liquidez diária aparecem uma vez que as opções mais indicadas. O Tesouro Selic é considerado o investimento mais seguro do país, por ter garantia do governo federalista, e rende próximo a 100% da Selic. Já os CDBs de liquidez diária costumam remunerar entre 100% e 110% do CDI e contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 milénio por CPF e por instituição.
Com suplente formada, é hora de variar
Quem já possui uma suplente de emergência pode usar o 13º salário para variar os investimentos. Títulos atrelados ao IPCA são indicados para objetivos de longo prazo, uma vez que aposentadoria ou compra de imóvel, pois protegem o poder de compra ao longo do tempo.
Outra selecção são CDBs de bancos médios, com prazos entre dois e três anos, que podem oferecer até 115% do CDI ou taxas prefixadas supra de 16% ao ano. “A renda fixa brasileira segue entregando retornos elevados, supra da inflação, diante da expectativa de juros altos por mais tempo”, diz Barros.
O educador financeiro alerta, no entanto, para a tributação. A renda fixa segue a tábua regressiva do Imposto de Renda, que começa em 22,5% para aplicações de até seis meses e cai para 15% em prazos superiores a dois anos. “Quanto maior o prazo, menor o imposto. Planejar muito ajuda a aumentar a rentabilidade líquida”, afirma. Também é importante considerar taxas de governo ou custódia, que podem reduzir o proveito final.
E desvelo com as armadilhas de proveito fácil. “Desconfie de qualquer investimento que prometa retorno consistente supra de 3% ao mês”, alerta Barros.
Investir também é investir em si
Barros reforça que investir não se resume a aplicações financeiras. Segmento do quantia extra pode ser direcionada à capacitação profissional, uma vez que cursos e especializações. “Esse tipo de investimento gera retorno porvir em forma de renda maior ou melhores oportunidades, transformando um gasto em um ativo”, explica.
Para quem já tem suplente e um valor mais significativo disponível, a sugestão é dividir os recursos: 50% em investimentos de médio prazo, 20% para objetivos específicos e 30% em desenvolvimento pessoal ou profissional.
Com dívidas, a prioridade é quitá-las
Já para quem ainda tem dívidas, mormente as mais caras, uma vez que rotativo do cartão de crédito ou cheque peculiar, a recomendação é clara: usar o 13º salário para quitá-las antes de pensar em investir. “Não existe emprego que compense os juros dessas modalidades”, afirma Barros.
Segundo ele, uma dívida de R$ 5 milénio no rotativo pode gerar tapume de R$ 1.850 em juros em somente 30 dias, enquanto o mesmo valor aplicado no Tesouro Selic renderia aproximadamente R$ 62 no período. “A diferença mostra por que quitar dívidas caras deve ser sempre a prioridade absoluta”, conclui.
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