Vendas no varejo voltam a cair em novembro. Como mexe com meu bolso?
Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9) As vendas no comércio varejista caíram 0,4% em novembro ante outubro, conforme apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9).
O indicador veio abaixo da mediana das 26 projeções colhidas pelo Valor Data, que apontava que as vendas no varejo restrito deveriam ter caído 0,1% em novembro ante outubro. O intervalo das estimativas ia de uma queda de 1,0% a um avanço de 0,5%.
Já na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 4,7% em relação a novembro de 2023. Segundo o IBGE, esta foi a 18ª taxa consecutiva no campo positivo. O acumulado no ano chegou a 5,0%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 4,6%.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 1,8% na comparação mensal.
Já em comparação com novembro do ano passado, o varejo ampliado teve alta de 2,1%, acumulando no ano alta de 4,4% ante o mesmo período de 2023 e de 4,0% em 12 meses.
Por que esse dado importa para a sua vida?
Os indicadores de atividade são importantes para os investidores porque trazem uma pista sobre a força da economia brasileira e, claro, o quanto isso pode pressionar a inflação. Afinal, quanto mais forte está a atividade (o que é ótimo para o país e os trabalhadores), maior é a pressão sobre a inflação e, consequentemente sobre os juros. O contrário, no entanto, também é verdadeiro. Se a economia dá sinais de arrefecimento, as pressões inflacionárias ficam menores também.
Atualmente, o Brasil passa por um momento de preocupações com a inflação. Não à toa, o Banco Central voltou a subir a Selic e já sinalizou que a alta não deve parar tão cedo.
Isso porque a taxa básica de juros é o instrumento que o Banco Central tem para controlar a inflação. Quando há uma alta dos preços, a autoridade monetária pode subir os juros para encarecer o crédito às pessoas e empresas e, dessa forma, conter o consumo e frear a inflação. O mesmo acontece no cenário oposto. Se a alta dos preços está sob controle, a autoridade monetária pode cortar os juros (ou seja, “baratear o dinheiro”) para incentivar que as pessoas e empresas voltem a gastar sem que isso comprometa o bolso delas, já que a alta dos preços está sob controle. Portanto, é um estímulo para a economia aquecer.
O que subiu e o que caiu?
Segundo o IBGE, cinco das oito atividades recuam na comparação com outubro. Móveis e eletrodomésticos caíram 2,8%; Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria tiveram queda de 2,2%; Livros, jornais, revistas e papelaria caíram 1,5%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico registraram recuo de 1,0% e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram uma leve queda de 0,1%. Já Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação subiram 3,5%; Combustíveis e lubrificantes tiveram alta de 1,5% e Tecidos, vestuário e calçados avançaram 1,4%.
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