Bolsas de NY caem forte após dados de emprego mais fortes do que o esperado
Relatório payroll aumentou a perspectiva de que o banco central americano deve encerrar o ciclo de corte de juros, levando as taxas dos títulos públicos para o maior nível em mais de um ano Os principais índices de ações das bolsas de Nova York caem forte nesta sexta-feira (10), após dados bem mais aquecidos do que o esperado sobre o mercado de trabalho americano, divulgados no relatório payroll.
Às 12h20 o índice que concentra ações industriais, o Dow Jones, caía 1,37%. Já o indicador das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500, recuava 1,52%. Por fim, o índice que reúne ações de tecnologia, o da bolsa Nasdaq, desvalorizava 1,92%.
Os Estados Unidos criaram 256 mil vagas de empregos em dezembro, segundo o relatório. O valor ficou bem acima das expectativas: analistas esperavam que fossem criadas 160 mil vagas no último mês de 2024. O resultado representa uma forte aceleração em relação ao número de 212 mil vagas abertas em novembro. A taxa de desemprego diminuiu levemente em relação ao mês anterior, para 4,1%, abaixo das expectativas de estabilidade em 4,2%.
Após a divulgação do dado, as taxas dos títulos públicos americanos subiram para o maior nível desde novembro de 2023, o valor de 4,77%, o que pressiona ativos de risco, como o mercado de ações. O dólar sobe firme globalmente.
Antes do payroll, 93% dos investidores apostavam que o banco central americano (Federal Reserve, o Fed) pausaria o ciclo de corte das taxas. Depois da divulgação, o número subiu para 97%.
Embora pareça contraditório, dados fortes de emprego preocupam o Fed. Isso porque quando o mercado de trabalho está aquecido, significa que existe demanda de mão de obra por parte das empresas. E se as empresas estão buscando trabalhadores, elas tendem a aumentar o salário para atrair esses novos funcionários. O resultado disso é mais inflação, justamente o que o Fed quer conter. Como resultado, os juros devem se manter elevados por mais tempo.
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