Bitcoin se recupera, retoma os US$ 95 mil e reduz perdas na semana

Enquanto mercado aguarda posse do novo governo Trump, dados macroeconômicos trazem dúvidas quanto ao corte de juros nos EUA Depois de registrar uma perda de 8% em apenas três dias, o bitcoin voltou a operar em campo positivo, retomando o patamar dos US$ 95 mil e reduzindo a desvalorização para 4%, nos últimos sete dias.
Por volta de 17h30 (horário de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado valia US$ 95 mil, alta de 4%, nas últimas 24 horas. A máxima do período foi de US$ 95.800 e a mínima de US$ 91.200, segundo a plataforma agregadora de dados CoinGecko.
O movimento se descorrelaciona com as bolsas de Nova York, que registram queda significativa, repercutindo dados econômicos americanos, divulgados hoje, que pode comprometer a política de afrouxamento dos juros.
Os Estados Unidos criaram 256 mil vagas de empregos em dezembro, segundo o relatório do Bureau of Labor Statistics (BLS), conhecido como ‘payroll’. O valor ficou bem acima das expectativas: analistas esperavam que fossem criadas 160 mil vagas no último mês de 2024.
“O bitcoin começou o ano de 2025 em uma tendência positiva, cujo clímax do movimento foi registrado na última segunda-feira, mas desde então assumiu um padrão de baixa dos preços”, observa Pedro Fontes, analista do MB Research.
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Segundo Fontes, outros dados macro, divulgados durante a semana, reforçaram o “contexto de atividade econômica aquecida um mercado de trabalho saudável”. “Os dados reacenderam uma perspectiva de dificuldade para a inflação se dirigir à meta do Federal Reserve, o que naturalmente diminui a expectativa de corte de juros para o ano, e por conseguinte prejudica ativos como bolsa e criptomoedas no curto prazo.”
“A menor probabilidade de cortes nas taxas do Fed, devido a dados de emprego mais fortes e riscos inflacionários, pode dar o tom do desempenho de ativos de risco no curto a médio prazo, mas a narrativa pode mudar, direcionando-se para histórias de crescimento impulsionadas por inteligência artificial”, pontua Fábio Plein, diretor regional da Coinbase. “Até lá, no entanto, os mercados podem experimentar mais volatilidade devido a uma maior dispersão de expectativas sobre as taxas de juros.”
Para os próximos dias, até o dia 20, uma maior volatilidade pode ser observada, já que investidores e agente de mercados aguardam a posse de Donald Trump na presidência dos EUA e o sinais se irá cumprir as promessas de campanha, favorecendo o mercado cripto.
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