BBB 25: Quanto rende prêmio de R$ 3 bi em poupança, Tesouro, fundos e dividendos?

Simulação mostra que o vencedor pode ter uma renda mensal de R$ 8,7 mil a R$ 27 mil neste ano Muitas pessoas sonham, mas apenas 24 pessoas conseguiram entrar para o Big Brother Brasil (BBB) 25. O grupo formado por 12 duplas vai disputar um prêmio máximo de R$ 3 milhões neste ano.
E conseguirá o vencedor ou vencedora do BBB 25 viver só do dinheiro do prêmio?
A resposta para isso depende, claro, do estilo de vida e de gastos de cada um. Mas os R$ 3 milhões aplicados em produtos de investimentos podem render de R$ 8,7 mil a R$ 27 mil por mês neste ano. Parada na poupança, essa grana viraria uma mesada de quase R$ 19 mil.
As simulações para aplicação desse dinheiro foram feitas pelo professor de finanças Michael Viriato, assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor. A pedido do Valor Investe, o especialista simulou quanto renderiam os R$ 3 milhões a que pode chegar o prêmio deste BBB em oito produtos de investimentos diferentes.
Além da opção pela poupança, Viriato considerou cenários nos quais o participante vencedor investiria todo o dinheiro ganho em:
CDB (Certificado de Depósito Bancário), título de dívida emitido por bancos, que renda 105% do CDI (taxa que segue de perto o juro oficial do mercado, Selic);
Tesouro Selic, títulos do Tesouro Direto que acompanham a taxa básica de juros, chamada Selic;
Fundo DI ou algum produto indexado ao CDI;
Tesouro IPCA+, títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação medida pelo IPCA mais uma taxa de juros;
Imóveis, cujo rendimento mensal seria conseguido com o aluguel da propriedade após a aquisição do bem;
Fundos imobiliários, que são aqueles que investem em propriedades, recebíveis ou títulos de crédito do setor imobiliário. Neste caso, consideram-se apenas os ganhos de dividendos pagos por esses fundos – e não a valorização da cota do fundo; e
Ações que pagam dividendos, assim todo o rendimento viria desses proventos, e não da negociação dos papéis em bolsa.
Renda mensal do prêmio de R$ 3 milhões do BBB25 em cada aplicação
*considerando a alíquota de imposto de renda de 20% após um ano de aplicação
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Os retornos
Segundo a simulação, as taxas de retorno líquido (ou seja, acima da inflação e já descontado o imposto de renda) esperado para esses produtos varia de 0,29% até 0,87% ao mês.
Os aluguéis de imóveis são a opção menos rentável, enquanto os dividendos pagos pelos fundos imobiliários são a opção mais rentável da simulação – lembrando que os retornos dependem das premissas escolhidas.
Nesses casos das aplicações cujo retorno depende de dividendos, trata-se de um exercício com base em dados históricos, não havendo garantia de retorno em aplicações de renda variável.
Conforme as contas, o investidor teria uma renda mensal de no mínimo R$ 8,7 mil, que seria a renda de aluguel dos imóveis. O patrimônio formado pelo investidor, com base no valor do imóvel e sua eventual valorização no tempo, foi desconsiderado neste cenário.
Se optasse pela poupança, o participante vitorioso ganharia R$ 18.970,96 por mês, sem precisar fazer nada com o dinheiro. E na opção com maior rendimento, a dos fundos imobiliários, embolsaria R$ 27 mil por mês.
Nestes cenários simulados por Viriato, o investidor só resgata o rendimento da aplicação, deixando o montante principal de R$ 3 milhões intacto em apenas uma das opções de investimento para continuar garantindo a renda.
Outro fator importante a ser considerado na simulação é que apenas a poupança, o CDB, o fundo DI e os títulos do Tesouro são produtos de renda fixa. Ou seja, neles, o investidor sabe que terá ganhos ao menos nominais e não “perderá dinheiro” caso deixe o montante aplicado até o prazo de vencimento.
Mesmo assim, até esses ativos de renda fixa carregam o risco inerente – mesmo que por vezes baixo – de calote do emissor. Por isso, embora o risco seja menor que na renda variável, também é preciso ter cuidado .
A fim de responder a questão central desta reportagem, no entanto, os cenários não preveem essa diversificação dos investimentos – o que na realidade poderia acarretar em mais risco.
Fundos imobiliários e ações são aplicações de renda variável, e oferecem riscos maiores de perdas no meio do caminho ou até chances de ganhos mais expressivos que previsto, por isso, o campeão do BBB 24 precisaria acompanhar mais de perto esses investimento e ir ajustando sua carteira conforme for preciso.
Observações
No mercado financeiro, as variáveis não são fixas ou imutáveis, elas evoluem a cada dia e podem mudar de uma hora para outra, porque dependem de muitos fatores. Pondo de forma simples, estão ligadas a: decisões de autoridades monetárias (os bancos centrais), de políticas fiscais e tributárias, da geopolítica, além de “humores” e expectativas nos mercados.
Então segura aí que precisamos fazer uma série de observações.
Para efeitos de cálculo, em todos esses cenários, o professor Viriato considerou a Selic em 13,25% ao ano (patamar que a taxa básica alcançará em fevereiro, de acordo com a projeção do Banco Central) e o IPCA em 6% ao ano em 2025.
Além disso, a alíquota de imposto de renda muda de um produto para outro e a depender do tempo que se segura cada aplicação.
Geralmente, no prazo de um ano, a alíquota desce até os 20% sobre os rendimentos, e foi esta que o professor Viriato considerou para os cálculos de rendimentos líquidos (já descontadas taxas e imposto de renda), uma vez que as simulações não preveem a venda dos ativos nem resgate dos investimentos.
Para os aluguéis a alíquota de imposto de renda varia e pode chegar a 27,5% sobre o valor cobrado. E a eventual variação de preço do imóvel não foi considerada.
No caso de imóveis, dos fundos imobiliários e dos investimentos em ações, também não foram considerados os retornos com a valorização desses ativos no mercado. E o motivo é o mesmo de cima: para embolsar esse tipo de ganho, seria preciso vendê-los. Com isso, eles deixariam de funcionar como uma fonte de renda mensal.
Entenda os diferentes produtos do mercado financeiro
Poupança
A poupança oferece hoje um ganho de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a taxa referencial (TR, que hoje é 1,2%).
Esse rendimento, no entanto, varia de acordo com a Selic. A regra prevê que quando a taxa chega em até 8,5%, o rendimento fica em 70% dos juros básicos mais a taxa referencial. Mas, se o juro básico ultrapassar 8,5%, como é o caso agora, o rendimento passa a ser de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, regra conhecida como “poupança velha”.
Uma das vantagens da poupança é a liquidez, já que o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento, e a isenção de imposto de renda.
CDB
Os CDBs funcionam como um “empréstimo” do investidor ao banco emissor daquele papel. A rentabilidade mais comum é atrelada ao rendimento do CDI.
Os bancos maiores e mais tradicionais normalmente oferecem uma remuneração abaixo ou no máximo igual a 100% do CDI para produtos com liquidez, por terem menor risco. Já os bancos pequenos e médios podem pagar até mais de 120% do CDI. Essa rentabilidade é pré-determinada. Portanto, você sabe o tamanho da parcela que receberá sobre o CDI no momento em que investir.
Há também os CDBs pós-fixados e os que pagam um juro real acima do IPCA. Nesses dois casos, o investidor costuma abrir mão de liquidez em troca de uma perspectiva de ganho levemente acima do CDI. São os CDBs que aparecem ao lado de “IPCA+8%”, por exemplo.
Tesouro Selic e Tesouro IPCA
O título NTN-B, também conhecido como Tesouro IPCA+, é um título público que rende o mesmo que a inflação mais juros acordados na hora da compra. Atualmente ele está rendendo 5,65% ao ano acima do IPCA.
Especialistas consideram que ele um produto híbrido, por “misturar” um rendimento prefixado com pós-fixado. Isso porque o investidor já sabe exatamente quanto vai ganhar com os juros (prefixado), mas não sabe quanto ganhará com a variação da inflação, já que ela muda ao longo do tempo (pós-fixado).
Assim como nos fundos, o imposto de renda das NTN-Bs é cobrado segundo a tabela regressiva.
Fundo DI
Para garantir um rendimento igual ao CDI, o investidor pode aplicar em um chamado fundo DI sem taxas.
O rendimento dele tende a ser maior do que o da poupança, já que segue a taxa básica de juros. O “problema” neste caso é o imposto de renda e a taxa de administração do fundo (considerada de 0,5% ao ano neste caso). Os lucros que os investidores têm com esses fundos sofrem esses descontos.
O pagamento de imposto de renda é feito no momento do resgate e segue a tabela regressiva, ou seja, a alíquota fica menor conforme o investidor deixa o dinheiro parado lá.
A porcentagem do IR vai de 22,5% para prazos menores, até 15% para prazos maiores.
Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários são investimentos que reúnem recursos de vários cotistas para aplicar no mercado imobiliário. É como se fosse um “condomínio de investidores”. O dinheiro deles pode ser usado para construir ou comprar imóveis e o valor do aluguel ou venda futura é dividido para os cotistas proporcionalmente à quantidade que eles aplicaram. Ou seja, é o rendimento daquele produto.
Há também modalidades de fundos imobiliários em que em vez de comprar ou construir imóveis, os cotistas investem em ativos do mercado financeiro relacionados ao mercado imobiliário, como certificados de recebíveis (CRI), letras de crédito imobiliário (LCI) e letras hipotecárias.
Nestes casos, os fundos podem distribuir dividendos, porque esses papéis na carteira do fundo remuneram periodicamente os detentores desses títulos (o fundo, no caso), e o fundo distribui esses proventos entre seus cotistas.
Atualmente, os rendimentos em fundos imobiliários não são tributados pelo imposto de renda.
Dividendos de ações
Os dividendos nada mais são do que uma parcela do lucro da empresa que é distribuída aos seus acionistas. Eles são pagos por ação. Portanto, quanto mais papéis de uma companhia o investidor tem, mais ele ganha com dividendos.
Por enquanto, os dividendos são livres de imposto de renda no Brasil, mas o assunto está sendo discutido na reforma tributária.
Apesar da isenção, o investidor precisa lembrar que tem custos para investir nas ações, como a taxa de corretagem, o Imposto Sobre Serviço (ISS) e a taxa de custódia.
Além disso, pessoas físicas que têm lucro de mais de R$ 20 mil em um mês com a venda de ações também pagam imposto de renda de 15% sobre o ganho de capital (excluindo as operações de day-trade)
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BBB25
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E conseguirá o vencedor ou vencedora do BBB 25 viver só do dinheiro do prêmio?
A resposta para isso depende, claro, do estilo de vida e de gastos de cada um. Mas os R$ 3 milhões aplicados em produtos de investimentos podem render de R$ 8,7 mil a R$ 27 mil por mês neste ano. Parada na poupança, essa grana viraria uma mesada de quase R$ 19 mil.
As simulações para aplicação desse dinheiro foram feitas pelo professor de finanças Michael Viriato, assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor. A pedido do Valor Investe, o especialista simulou quanto renderiam os R$ 3 milhões a que pode chegar o prêmio deste BBB em oito produtos de investimentos diferentes.
Além da opção pela poupança, Viriato considerou cenários nos quais o participante vencedor investiria todo o dinheiro ganho em:
CDB (Certificado de Depósito Bancário), título de dívida emitido por bancos, que renda 105% do CDI (taxa que segue de perto o juro oficial do mercado, Selic);
Tesouro Selic, títulos do Tesouro Direto que acompanham a taxa básica de juros, chamada Selic;
Fundo DI ou algum produto indexado ao CDI;
Tesouro IPCA+, títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação medida pelo IPCA mais uma taxa de juros;
Imóveis, cujo rendimento mensal seria conseguido com o aluguel da propriedade após a aquisição do bem;
Fundos imobiliários, que são aqueles que investem em propriedades, recebíveis ou títulos de crédito do setor imobiliário. Neste caso, consideram-se apenas os ganhos de dividendos pagos por esses fundos – e não a valorização da cota do fundo; e
Ações que pagam dividendos, assim todo o rendimento viria desses proventos, e não da negociação dos papéis em bolsa.
Renda mensal do prêmio de R$ 3 milhões do BBB25 em cada aplicação
*considerando a alíquota de imposto de renda de 20% após um ano de aplicação
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Os retornos
Segundo a simulação, as taxas de retorno líquido (ou seja, acima da inflação e já descontado o imposto de renda) esperado para esses produtos varia de 0,29% até 0,87% ao mês.
Os aluguéis de imóveis são a opção menos rentável, enquanto os dividendos pagos pelos fundos imobiliários são a opção mais rentável da simulação – lembrando que os retornos dependem das premissas escolhidas.
Nesses casos das aplicações cujo retorno depende de dividendos, trata-se de um exercício com base em dados históricos, não havendo garantia de retorno em aplicações de renda variável.
Conforme as contas, o investidor teria uma renda mensal de no mínimo R$ 8,7 mil, que seria a renda de aluguel dos imóveis. O patrimônio formado pelo investidor, com base no valor do imóvel e sua eventual valorização no tempo, foi desconsiderado neste cenário.
Se optasse pela poupança, o participante vitorioso ganharia R$ 18.970,96 por mês, sem precisar fazer nada com o dinheiro. E na opção com maior rendimento, a dos fundos imobiliários, embolsaria R$ 27 mil por mês.
Nestes cenários simulados por Viriato, o investidor só resgata o rendimento da aplicação, deixando o montante principal de R$ 3 milhões intacto em apenas uma das opções de investimento para continuar garantindo a renda.
Outro fator importante a ser considerado na simulação é que apenas a poupança, o CDB, o fundo DI e os títulos do Tesouro são produtos de renda fixa. Ou seja, neles, o investidor sabe que terá ganhos ao menos nominais e não “perderá dinheiro” caso deixe o montante aplicado até o prazo de vencimento.
Mesmo assim, até esses ativos de renda fixa carregam o risco inerente – mesmo que por vezes baixo – de calote do emissor. Por isso, embora o risco seja menor que na renda variável, também é preciso ter cuidado .
A fim de responder a questão central desta reportagem, no entanto, os cenários não preveem essa diversificação dos investimentos – o que na realidade poderia acarretar em mais risco.
Fundos imobiliários e ações são aplicações de renda variável, e oferecem riscos maiores de perdas no meio do caminho ou até chances de ganhos mais expressivos que previsto, por isso, o campeão do BBB 24 precisaria acompanhar mais de perto esses investimento e ir ajustando sua carteira conforme for preciso.
Observações
No mercado financeiro, as variáveis não são fixas ou imutáveis, elas evoluem a cada dia e podem mudar de uma hora para outra, porque dependem de muitos fatores. Pondo de forma simples, estão ligadas a: decisões de autoridades monetárias (os bancos centrais), de políticas fiscais e tributárias, da geopolítica, além de “humores” e expectativas nos mercados.
Então segura aí que precisamos fazer uma série de observações.
Para efeitos de cálculo, em todos esses cenários, o professor Viriato considerou a Selic em 13,25% ao ano (patamar que a taxa básica alcançará em fevereiro, de acordo com a projeção do Banco Central) e o IPCA em 6% ao ano em 2025.
Além disso, a alíquota de imposto de renda muda de um produto para outro e a depender do tempo que se segura cada aplicação.
Geralmente, no prazo de um ano, a alíquota desce até os 20% sobre os rendimentos, e foi esta que o professor Viriato considerou para os cálculos de rendimentos líquidos (já descontadas taxas e imposto de renda), uma vez que as simulações não preveem a venda dos ativos nem resgate dos investimentos.
Para os aluguéis a alíquota de imposto de renda varia e pode chegar a 27,5% sobre o valor cobrado. E a eventual variação de preço do imóvel não foi considerada.
No caso de imóveis, dos fundos imobiliários e dos investimentos em ações, também não foram considerados os retornos com a valorização desses ativos no mercado. E o motivo é o mesmo de cima: para embolsar esse tipo de ganho, seria preciso vendê-los. Com isso, eles deixariam de funcionar como uma fonte de renda mensal.
Entenda os diferentes produtos do mercado financeiro
Poupança
A poupança oferece hoje um ganho de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a taxa referencial (TR, que hoje é 1,2%).
Esse rendimento, no entanto, varia de acordo com a Selic. A regra prevê que quando a taxa chega em até 8,5%, o rendimento fica em 70% dos juros básicos mais a taxa referencial. Mas, se o juro básico ultrapassar 8,5%, como é o caso agora, o rendimento passa a ser de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, regra conhecida como “poupança velha”.
Uma das vantagens da poupança é a liquidez, já que o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento, e a isenção de imposto de renda.
CDB
Os CDBs funcionam como um “empréstimo” do investidor ao banco emissor daquele papel. A rentabilidade mais comum é atrelada ao rendimento do CDI.
Os bancos maiores e mais tradicionais normalmente oferecem uma remuneração abaixo ou no máximo igual a 100% do CDI para produtos com liquidez, por terem menor risco. Já os bancos pequenos e médios podem pagar até mais de 120% do CDI. Essa rentabilidade é pré-determinada. Portanto, você sabe o tamanho da parcela que receberá sobre o CDI no momento em que investir.
Há também os CDBs pós-fixados e os que pagam um juro real acima do IPCA. Nesses dois casos, o investidor costuma abrir mão de liquidez em troca de uma perspectiva de ganho levemente acima do CDI. São os CDBs que aparecem ao lado de “IPCA+8%”, por exemplo.
Tesouro Selic e Tesouro IPCA
O título NTN-B, também conhecido como Tesouro IPCA+, é um título público que rende o mesmo que a inflação mais juros acordados na hora da compra. Atualmente ele está rendendo 5,65% ao ano acima do IPCA.
Especialistas consideram que ele um produto híbrido, por “misturar” um rendimento prefixado com pós-fixado. Isso porque o investidor já sabe exatamente quanto vai ganhar com os juros (prefixado), mas não sabe quanto ganhará com a variação da inflação, já que ela muda ao longo do tempo (pós-fixado).
Assim como nos fundos, o imposto de renda das NTN-Bs é cobrado segundo a tabela regressiva.
Fundo DI
Para garantir um rendimento igual ao CDI, o investidor pode aplicar em um chamado fundo DI sem taxas.
O rendimento dele tende a ser maior do que o da poupança, já que segue a taxa básica de juros. O “problema” neste caso é o imposto de renda e a taxa de administração do fundo (considerada de 0,5% ao ano neste caso). Os lucros que os investidores têm com esses fundos sofrem esses descontos.
O pagamento de imposto de renda é feito no momento do resgate e segue a tabela regressiva, ou seja, a alíquota fica menor conforme o investidor deixa o dinheiro parado lá.
A porcentagem do IR vai de 22,5% para prazos menores, até 15% para prazos maiores.
Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários são investimentos que reúnem recursos de vários cotistas para aplicar no mercado imobiliário. É como se fosse um “condomínio de investidores”. O dinheiro deles pode ser usado para construir ou comprar imóveis e o valor do aluguel ou venda futura é dividido para os cotistas proporcionalmente à quantidade que eles aplicaram. Ou seja, é o rendimento daquele produto.
Há também modalidades de fundos imobiliários em que em vez de comprar ou construir imóveis, os cotistas investem em ativos do mercado financeiro relacionados ao mercado imobiliário, como certificados de recebíveis (CRI), letras de crédito imobiliário (LCI) e letras hipotecárias.
Nestes casos, os fundos podem distribuir dividendos, porque esses papéis na carteira do fundo remuneram periodicamente os detentores desses títulos (o fundo, no caso), e o fundo distribui esses proventos entre seus cotistas.
Atualmente, os rendimentos em fundos imobiliários não são tributados pelo imposto de renda.
Dividendos de ações
Os dividendos nada mais são do que uma parcela do lucro da empresa que é distribuída aos seus acionistas. Eles são pagos por ação. Portanto, quanto mais papéis de uma companhia o investidor tem, mais ele ganha com dividendos.
Por enquanto, os dividendos são livres de imposto de renda no Brasil, mas o assunto está sendo discutido na reforma tributária.
Apesar da isenção, o investidor precisa lembrar que tem custos para investir nas ações, como a taxa de corretagem, o Imposto Sobre Serviço (ISS) e a taxa de custódia.
Além disso, pessoas físicas que têm lucro de mais de R$ 20 mil em um mês com a venda de ações também pagam imposto de renda de 15% sobre o ganho de capital (excluindo as operações de day-trade)
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