Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) desabam após Jefferies cortar preços-alvo

Por volta das 13h, a ação da Raízen era cotada a R$ 1,93, com queda de 5,39%. Já as ações da Cosan caíam 3,41%, a R$ 7,92.

Nesta segunda, o banco Jefferies cortou o preço-alvo para as ações da Cosan de R$ 11,50 para R$ 9,40 — mantendo recomendação neutra. No caso da controlada Raízen, o banco reduziu o preço-alvo do papel de R$ 4,70 para R$ 4, com mesma recomendação.

Segundo o banco, a venda da participação da Cosan na Vale, embora com uma grande perda, permite reduzir o endividamento ao nível da holding em cerca de 40%. “A medida faz mais sentido quando se considera a atualização operacional fraca do quarto trimestre de 2024 da Raizen, principal geradora de dívida da Cosan. A desalavancagem da estrutura é crucial tanto para a Raizen quanto para a Cosan, e esperamos mais progressos no curto prazo”, comentam os analistas Alejandro Anibal e Pedro Baptista.

A venda pela Cosan da sua fatia de participação na mineradora gerou aproximadamente R$ 9,1 bilhões em caixa, mas cristalizou uma perda de cerca de 40%, segundo o Jefferies. Para o banco, isso demonstra o pragmatismo da gestão em lidar com a situação de endividamento do grupo, pois a redução da dívida da Cosan no nível da holding proporciona um espaço financeiro bem-vindo para permitir que as subsidiárias listadas Raízen e Rumo diminuam seu próprio endividamento, e potencialmente busquem saídas parciais em veículos não listados, particularmente a distribuidora de gás natural Compass e a fabricante de lubrificantes Moove.

Com informações do Valor PRO, serviço de notícia em tempo real do Valor Econômico.