Dólar fecha em queda e registra a maior sequência de perdas em quase 20 anos

Ao final dos negócios a moeda americana caía 0,36% a R$ 5,82. É sua 11ª queda consecutiva, a maior sequência de perdas desde março de 2005. Lá fora, o dólar avança 0,55% contra uma cesta de moedas de outros países desenvolvidos, enquanto cai 1,22% diante de o peso mexicano e sobe 0,75% contra o rand sul-africano.

Trump anunciou no sábado (1º) uma taxação de 25% a produtos importantes do Canadá e México e reforçou os 10% já anunciados previamente sobre os produtos chineses. O republicano ainda voltou a adotar um tom mais “cominador” e deu a entender que as tarifas podem subir, se for necessário. Em resposta, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou tarifas de 25% aos produtos americanos.

O economista-chefe da Suno, Gustavo Sung, aponta que mesmo com o dilação das tarifas mexicanas o mercado continua apreensivo em relação à guerra mercantil e políticas protecionistas. “Esse cenário tende a fortalecer o dólar, já que as perspectivas sobre a inflação nos EUA são maiores, assim porquê a dos juros por lá. Mas uma retórica mais conciliadora e negociações na mesa para que não haja tarifas beneficiam moedas porquê o real”.