Tesouro Direto: taxas sobem com Galípolo e dados no radar; comprar ou não?

Fica no radar também as falas do presidente do BC, Gabriel Galípolo. Mais cedo, o presidente Lula afirmou que o superintendente da autonomia precisa de “tempo” para consertar os juros. A certeza foi feita em entrevista concedida ao vivo para a Rádio Quotidiano FM, de Macapá (AP).

“Não é verosímil dar um cavalo de pau em um navio porquê o Brasil”, disse. “Precisamos ir ajustando as coisas, e tenho certeza que o Galípolo vai consertar os juros.”

Na semana passada, Lula já tinha afirmado que “o Banco Médio não pode dar um cavalo de pau de uma hora para a outra”, referindo-se à trajetória de altas da Selic.

O papel prefixado mais limitado, com vencimento em 2028, pagava 14,91%. Entre os atrelados ao índice de preços, o títulos com vencimento em 2029 se distanciava mais dos 8%.

Os patamares atuais dos títulos públicos tem sido recomendado pelos analistas que veem o Tesouro IPCA porquê boa opção não só em termos de retornos, mas para proteger a carteira contra o aumento dos preços. No caso dos prefixados, a teoria é ter cautela em um cenário de subida da Selic, já que o investidor pode concluir lucrando menos do que a taxa básica de juros em qualquer momento.

Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa manifestar que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa.

Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a emprego até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.