Preço das passagens aéreas cai pela primeira vez em quatro anos. Veja maiores quedas
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Posteriormente três anos consecutivos de elevação nos preços das passagens aéreas, os valores voltaram, finalmente, a diminuir. O dispêndio médio dos voos para destinos dentro do Brasil caiu 7% nos últimos 12 meses até janeiro, enquanto o preço médio para lugares no exterior ficou 5% mais barato nesse pausa, segundo uma pesquisa do buscador de voos Viajala. Porém, os custos ainda altos estão fazendo as pessoas procurarem viagens mais curtas e com mais antecedência.
A rota vernáculo que ficou mais barata nesse pausa foi de São Paulo a Belo Horizonte. O dispêndio de ida e volta diminuiu, em média, 34%, de R$ 536 para R$ 354. Um trajeto que também registrou uma redução boa foi entre São Paulo e Belém, das quais dispêndio diminuiu em média 32%, de R$ 1.142 para R$ 777 nesse período. Ainda, o preço da viagem de São Paulo a Brasília caiu em média 32%, de R$ 614 para R$ 418 nos últimos 12 meses.
Entre as rotas internacionais, a que mais caiu de dispêndio foi entre Florianópolis e Buenos Aires. O dispêndio diminuiu 22%, de R$ 1.704 para R$ 1.330. O trajeto de São Paulo a Madrid caiu 15%, de R$ 4.642 para R$ 3.938. Já a viagem entre Recife e Lisboa caiu 13%, de R$ 5.698 para R$ 4.964.
Apesar de ser uma boa notícia, os brasileiros ainda estão distantes de sentir um real impacto dessa subtracção no seu bolso. Além do dispêndio ter minguado pouco, questões uma vez que a inflação dos víveres, que impacta no preço dos restaurantes, e o dólar sobranceiro elevam os gastos das viagens de férias além das passagens também.
Nesse envolvente, os brasileiros estão planejando as viagens com mais antecedência e passando menos tempo viajando. A antecedência média da procura da passagem, isso é, o pausa entre a procura pela passagem e a viagem, aumentou 8%, de 74 para 80 dias (quase três meses), para passagens nacionais, e 2,5%, de 159 para 163 dias (quase seis meses), para as internacionais.
A duração média das viagens nacionais caiu 13%, de 15 para 13 dias, enquanto a das viagens internacionais ficou sólido, em 21 dias.
“Ainda que estejamos experimentando essa ligeiro queda nos valores, vivemos anos de altas muito mais expressivas principalmente nos voos nacionais, que se acumularam e pressionam o orçamento dos brasileiros até agora”, afirma Felipe Alarcón, diretor mercantil do Viajala.
Essas altas frequentes no pretérito podem ser responsáveis por uma redução na procura por passagens aéreas no Brasil, na estudo do executivo. Até 2023, quase 60% das buscas de passagens na plataforma correspondiam a destinos no país. Porém, em 2024, esse número caiu para 53%, enquanto a procura por viagens ao exterior aumentou.
A queda no preço mais expressiva acaba esbarrando na pouca concorrência entre as companhias aéreas, na avaliação de Alarcón. Nos últimos cinco anos, o país viveu uma série de crises entre as empresas do setor, uma vez que a saída da Avianca, em 2019, a curta duração da ITA, da Itapemerim, em 2022, e a suspensão da sucursal 123 Milhas, em 2023, que diminuíram o número de negócios no mercado alheado.
“Em 2025, a provável fusão entre a Azul e a Gol vai deixar o Brasil com somente duas empresas operando voos nacionais, um número discrepante em relação ao tamanho do país”, diz.
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