Taxa de desemprego fica em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro. O que isso significa?
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A taxa de desocupação do Brasil ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, segundo a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (27). A taxa se iguala ao do trimestre encerrado em janeiro de 2014, o menor da série.
Segundo o IBGE, a taxa variou 0,3 ponto percentual frente ao trimestre de agosto a outubro de 2024 (quando foi de 6,2%) e caiu 1,1 ponto percentual perante o trimestre traste de novembro de 2023 a janeiro de 2024 (quando a taxa era de 7,6%).
Quando o desemprego está em patamares mais baixos há um (óbvio) lado positivo nisso. Por fim, menos pessoas estão desocupadas e, portanto, sem renda. No entanto, isso é alguma coisa que tem preocupado o Banco Médio.
Embora pareça contraditório, a força do ocupação tem sido uma das preocupações mais latentes da poder monetária devido à inflação que isso pode trazer.
Se o mercado de trabalho mais aquecido pode trazer mais inflação para o país, isso significa que os juros podem permanecer mais altos. Por fim, a Selic, taxa básica de juros no Brasil, é o instrumento que o Banco Médio tem para controlar a inflação. Portanto, se há mais pressão inflacionária, a poder monetária tende a deixar os juros altos a termo de “encarecer” o numerário. Portanto, os empréstimos e financiamentos (tanto dos consumidores porquê das empresas) ficam mais caros. Com isso, há menos consumo, menos numerário em circulação e os preços tendem a voltar a desabar. Assim, a inflação entra nos eixos novamente.
No momento atual, o Banco Médio não só voltou a aumentar a Selic, porquê também acelerou o ritmo de altas e já projetou pelo menos mais uma novidade subida de um ponto percentual. E tudo isso se deve justamente à preocupação com a inflação.
Por isso, os dados de ocupação ficam mais no radar do que nunca, para que o mercado tente se antecipar, a partir deles, a saudação da força dessas pressões inflacionárias e o quão mais a Selic pode subir.
A população desocupada chegou a 7,2 milhões e cresceu 5,3% na conferência com o trimestre de agosto a outubro de 2024.
A população ocupada é de 103,0 milhões e, segundo o IBGE, recuou 0,6% (menos 641 milénio pessoas) no trimestre e aumentou 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano.
A taxa composta de subutilização é de 15,5% e mostrou firmeza no trimestre, mas teve queda de 2,0 ponto percntual no ano. Segundo o IBGE, a população subutilizada é de 18,1 milhões e também ficou firme no trimestre, mas recuou 11,0% no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas é de 4,7 milhões e caiu nas duas comparações: 8,3% no trimestre (menos 428 milénio pessoas) e 10,8% no ano (menos 569 milénio pessoas). A população fora da força de trabalho atingiu 66,8 milhões e aumentou 1,0% (mais 640 milénio pessoas) no trimestre e apresentou firmeza no ano.
A população desalentada foi de 3,2 milhões e cresceu 4,8% no trimestre (mais 147 milénio pessoas) e teve redução de 10,9% (menos 389 milénio pessoas) no ano.
Segundo o IBGE, o número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 39,3 milhões. Houve firmeza no trimestre e subida de 3,6% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado foi de 13,9 milhões e caiu no trimestre (menos 553 milénio pessoas) e cresceu no ano (mais 436 milénio pessoas).
O número de empregados no setor público chegou a 12,5 milhões e mostrou redução de 2,8% no trimestre e expansão de 2,9% (mais 352 milénio pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 25,8 milhões e ficou firme no trimestre e no ano. Já o número de trabalhadores domésticos é de 5,8 milhões e diminuiu 2,4% no trimestre e mostrou firmeza no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,3% da população ocupada, atingindo 39,5 milhões de trabalhadores informais, contra 38,9% (ou 40,3 milhões) no trimestre encerrado em outubro e 39,0% (ou 39,2 milhões) no trimestre de novembro 2023 a janeiro de 2024.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.343) cresceu 1,4% no trimestre e 3,7% no ano. A volume de rendimento real habitual (R$ 339,5 bilhões) ficou firme no trimestre e aumentou 6,2% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano.
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