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Porquê a subida de 3,4% do PIB em 2024 mexe com meus investimentos?

Porquê a subida de 3,4% do PIB em 2024 mexe com meus investimentos?

Porquê a subida de 3,4% do PIB em 2024 mexe com meus investimentos?

Porquê a subida de 3,4% do PIB em 2024 mexe com meus investimentos?

O Resultado Interno Bruto (PIB) brasiliano, indicador mais importante de desenvolvimento da economia, subiu 3,4% em 2024, segundo o Instituto Brasiliano de Greografia e Estatística (IBGE). Dentre os segmentos, a Indústria teve desenvolvimento de 3,3% e os Serviços cresceram 3,7%. Já a Agropecuária recuou 3,2%.

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024, de pacto com o IBGE. Já o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com progressão real de 3,0% frente ao ano anterior. A taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB e cresceu em relação a 2023, quando havia sido de 16,4%. A taxa de poupança, por outro lado, ficou em 14,5% em 2024, na presença de 15% em 2023.

Frente ao terceiro trimestre de 2024, o PIB variou 0,2%. Houve variações positivas na Indústria (com subida de 0,3%) e nos Serviços (com progressão 0,1%). Já a Agropecuária recuou 2,3%.

No que o mercado está de olho?

O PIB é o principal indicador de atividade do país. Portanto, ele mostra o quão poderoso está a economia e o quanto há de pressão inflacionária no cenário atual. Enfim, uma atividade econômica aquecida pode valer que mais pessoas estão trabalhando (o que é, obviamente, um ponto positivo) e, consequentemente, ganhando e gastando quantia. E, uma vez que muito se sabe, uma economia pujante tende a vir acompanhada também de mais inflação, que é justamente o que tem preocupado o Banco Meão.

O PIB, portanto, é mais um dos itens que o BC avalia para tomar suas decisões monetárias e sentenciar se haverá mais aumento ou até cortes nos juros.

É muito verdade que em janeiro o IPCA subiu “somente” 0,16% e mostrou um notório refrigério, tendo em vista que em dezembro ele subiu 0,52%. No entanto, segmento dessa desaceleração foi explicada pelo bônus de Itaipu, que barateou as contas de eletricidade em janeiro. Portanto, não é movimento que parece sustentável. Não à toa, o IPCA-15 (sabido uma vez que “prévia da inflação”) voltou a aligeirar em fevereiro.

Porquê isso mexe com a bolsa e com a Selic?

Uma atividade poderoso, portanto, pode incentivar o Banco Meão a lançar mão de mais juros para que isso não se converta em mais inflação.

E, se os juros ficam maiores, a rentabilidade dos ativos de renda fixa também fica. Enfim, muitos deles têm seus rendimentos atrelados à Selic.

Por outro lado, se a renda fixa ganha força, é provável esperar que a bolsa saia perdendo, já que os investidores podem preferir se manter em ativos mais seguros (e que, ainda por cima, estão rendendo mais) do que se arriscarem no mercado acionário.

Porquê se não bastasse isso tudo, há ainda um agravante em todo esse cenário: a questão fiscal. O mercado segue preocupado com a saúde das contas públicas, mesmo posteriormente o governo ter divulgado em novembro um pacote de medidas para sofrear os gastos públicos e aumentar a arrecadação (medidas estas que, diga-se de passagem, foram consideradas insuficientes pelo mercado) .

E, uma vez que muito se sabe, se a saúde das contas públicas não está em dia, isso tende a distanciar investidores, mormente os estrangeiros, que podem temer um calote.

Portanto, agora é esperar para ver uma vez que serão os efeitos de uma economia mais poderoso no mercado. Por um lado, uma atividade robusta pode animar por mostrar que o país está economicamente muito. Por outro, as pressões inflacionárias que isso pode trazer podem trazer mais cautela.

A queda de 3,2% no setor da Agropecuária foi justificada pelo fraco desempenho da Lavradio, que acabou se sobrepondo a imposto positiva da Pecuária, Produção Florestal e Pesca, segundo o IBGE.

Ainda de pacto com o instituto, os efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes o que ocasionou quedas em suas estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (que teve recuo de 4,6%) e o milho (que caiu 12,5%).

Na Indústria, o destaque positivo foi a Construção, que teve subida de 4,3%. O progressão, segundo o IBGE, foi reforçado pelo desenvolvimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito.

Houve também subida nas Indústrias de Transformação (que avançaram 3,8%), que foram puxadas, principalmente, pela subida na fabricação da indústria automotiva e de equipamentos de transporte; das máquinas e equipamentos elétricos, dos produtos alimentícios e dos móveis.

Por término, cresceram também a Eletricidade e gás, chuva, esgoto, atividades de gestão de resíduos (com progressão de 3,6%), influenciados pelo aumento das temperaturas médias do ano, e as Indústrias Extrativas (com subida de 0,5%).

Todas as atividades que compõem os Serviços tiveram progressão. Informação e informação subiu 6,2%; Outras atividades de serviços tiveram subida de 5,3%; o Transacção cresceu 3,8%; as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados subiram 3,7% as Atividades imobiliárias avançaram 3,3%; o Transporte, armazenagem e correio teve subida de 1,9% e a Gestão, resguardo, saúde e ensino públicas e seguridade social subiu 1,8%.

Pela ótica das demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 7,3%. O aumento se deve aos avanços da produção interna e da importação de bens de capital, além da expansão da Construção e do Desenvolvimento de Software.

A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 4,8% em relação ao ano anterior, puxada principalmente pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda.

Já a Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,9%.

No setor extrínseco, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,9%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 14,7%. Segundo o IBGE, os destaques da tarifa de importações foram: produtos químicos; máquinas e aparelhos elétricos; veículos automotores; máquinas e equipamentos e serviços.

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renda PIB Brasil salário — Foto: Getty Images

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