Resgate dos fundos aumenta em fevereiro e renda fixa tem debandada
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Os cotistas dos fundos de investimentos resgataram R$ 44,1 bilhões, descontando as aplicações, em fevereiro. A retirada foi muito maior do que a de janeiro, de somente R$ 16,9 milhões. A debandada continuou nos fundos multimercados, mas a maior mudança foi na renda fixa, que registrou saída também, apontam os dados disponíveis no site da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Em fevereiro, a debandada mais alarmante continuou nos fundos multimercados, que puxaram a saída do setor porquê um todo. Os saques dessas aplicações alcançaram R$ 24,5 bilhões, posteriormente resgates de R$ 22,5 bilhões no mês anterior. As retiradas dos multimercados estão acontecendo em meio à subida de juros, à aversão aos investimentos de maior risco e às remunerações decepcionantes dessa classe nos anos anteriores.
Porém, alguns fundos multimercados passaram a remunerar melhor os investidores no término de 2024. Alguns analistas esperam que esses fundos recuperem os retornos em 2025, mas ainda é cedo para expor se é mesmo o momento da viradela. Os profissionais aconselham investir nos multimercados pensando em prazos maiores, de três anos ou mais.
A segunda maior debandada aconteceu nos fundos de renda fixa. Esses produtos registraram resgate de R$ 9,8 bilhões em fevereiro, posteriormente as aplicações alcançarem R$ 39,5 bilhões em janeiro. Principalmente os fundos de crédito privado, que investem em debêntures e outros papéis emitidos por companhias, reduziram as remunerações em relação aos meses anteriores, o que contribuiu para a fuga dos investidores.
Os gestores estão mais seletivos desde que caíram as taxas dos títulos emitidos pelas companhias. Elas foram deprimidas à medida que o mercado normalizou depois da crise da Americanas e atraiu investidores em volume.
Também, os gestores estão mais criteriosos porque as companhias estão com as suas dívidas turbinadas pelos juros altos, o que aumenta o risco de calote para os investidores dos papéis. Neste momento, o recomendação dos analistas é aumentar a seletividade na hora de escolher os fundos de renda fixa para comprar.
Porém, a expectativa é que eles continuem capitaneando as aplicações da indústria porquê um todo, em meio aos juros altos e à aversão aos investimentos de maior risco. A previsão é que eles paguem mais que o CDI (que anda colado na Selic, neste momento em 13,25% ao ano) em 2025.
Em fevereiro, também sofreram resgate os fundos de ações, de R$ 8,3 bilhões, posteriormente a retirada de R$ 9,8 bilhões no mês anterior. Ainda registraram saída os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), de R$ 1,3 bilhão, os ETFs, fundos comprados em bolsa que acompanham um indicador de mercado, também de R$ 1,3 bilhão, e os fundos de previdência, de R$ 434 milhões.
No entanto, entraram R$ 1,4, bilhão nos Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e R$ 157,9 milhões nos fundos cambiais.
No aglomerado do ano, os cotistas dos fundos de investimentos resgataram R$ 35,7 bilhões, descontando as aplicações. Os fundos multimercados seguem liderando a debandada da indústria, com retirada de R$ 42,4 bilhões. Ainda registram saída os fundos de ações, de R$ 17,5 bilhões, os FIDCs, de R$ 11,4 bilhões, os fundos de previdência, de R$ 936,9 milhões, e os fundos cambiais, de R$ 641,5 milhões.
Na contramão, os fundos de renda fixa capitaneiam as aplicações, com aporte de R$ 32,2 bilhões. Ainda entraram R$ 4 bilhões nos FIPs e R$ 825,8 milhões nos ETFs.
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