Bolsas da Europa fecham em possante queda, em seguida pregão de novas tarifas de Trump

O índice que reúne ações de diversos países da região, o Stoxx 600, perdeu 1,70% a 536,90 pontos, o DAX da Alemanha caiu 1,3%, o FTSE 100 de Londres recuou 1,2% e o CAC 40 de Paris desvalorizou 1,3%.

O índice que mede a volatilidade do mercado de ações europeu subiu quase 3%, aos 24,374 pontos, atingindo o maior valor desde agosto do ano pretérito.

Além da novidade taxação ao Canadá, o presidente americano Donald Trump também afirmou que irá aumentar “substancialmente” as taxas sobre automóveis a partir de abril se o país vizinho não recuasse sobre as tarifas impostas aos EUA em retaliação.

As incertezas em relação às taxas geram um sentimento negativo entre investidores, que precisam atualizar seus modelos de risco sem saber ao evidente o que será, de roupa, concretizado. Recentemente, Trump recuou e adiou em um mês tarifas que seriam impostas ao Canadá e ao México. Antes, citou sua vontade de impor tarifas à União Europeia ‘em breve’.

Ontem (10), as bolsas europeias já tinham sido contaminadas pela queda generalizada do mercado em meio ao temor dos investidores de que a agenda tarifária e de cortes de gastos públicos do governo americano possa afetar o desenvolvimento econômico dos EUA.

O Stoxx 600 começou o ano possante, mas já caiu 4,74% desde seu pico, no dia 3 de março, à medida que a preocupação com a economia americana tem pesado sobre os ativos. Ainda assim, o índice de ações de referência da Europa sai na frente e ainda acumula subida de 5,68% no ano, enquanto o S&P 500 tem queda de 5,20% e o Nasdaq, de 9,80%

Teor publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.